Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

terça-feira, 31 de julho de 2012

Caminhos da Agroecologia e do Consumo Responsável


Caminhos da Agroecologia e do Consumo Responsável





5ª feira – 19h00 – RDA69 (Regueirão dos Anjos, 69 | Metro Anjos)

intercâmbio * experiências * jantar popular * debate * redes e alianças

Iniciativas que partilham uma “identidade agroecológica” estão em grande expansão na Europa e por todo o mundo. Entre essas iniciativas constam, por exemplo, comunas rurais, hortas urbanas, projectos de permacultura, guardiões de sementes, CSA, cooperativas de consumo e iniciativas de transiçãoEm grande medida, essas iniciativas partilham os valores e linguagens dos movimentos agrários e ecológicos do Sul Global e de movimentos sociais anti-capitalistas.

O encontro visa oferecer um espaço para partilha de experiências e convergência de distintas iniciativas que partilham os valores da agroecologia.

Programa:
19h00 – Apresentação de iniciativas:
  • La Garbancita Ecológica (Madrid) | Pilar Galindo
  • CAAS/Projecto 270 (Lisboa/Costa da Caparica) | Nuno Belchior
  • Horta Comunitária da Damaia (Amadora) | Rui Ruivo
  • Hortas pela Diversidade (Portugal) | Lanka Horstink
  • CSA-Freudenthal (Kassel, Alemanha) | Gualter Barbas Baptista
20h30 – Jantar popular com discussão aberta sobre os projectos apresentados
21h30 – Debate sobre o movimento e redes de agroecologia

As iniciativas apresentadas:
La Garbancita Ecológica é uma cooperativa sem fins lucrativos, para a promoção do consumo responsável agroecológico, autogestionado e popular. Após uma década de experiência, os Grupos Autogestionados de Consumo (GAKs) criaram em 2007 este projecto de economia social como uma logística própria que assegura os direitos dos agricultores e consumidores ecológicos. O nosso nome expressa os nossos traços de identidade:http://www.lagarbancitaecologica.org/garbancita/index.php/quienes-somos

Um conjunto de pessoas da Assembleia Popular da Graça e Arredores e do grupo de Transição Anjos-Graça decidiu envolver-se no projecto chamado Coletivo de Apoio à Agricultura Sustentável(CAAS) promovido e dinamizado pelo Projecto 270 na Costa da Caparica. A partir de Outubro, um grupo de 12 núcleos familiares irá receber semanalmente legumes biológicos produzidos pelo Projecto 270. Desde as escolhas das sementeiras até ao produto final da sua alimentação,o processo segueuma lógica de participação directa, consciente, activa e de abatimento dos custos para produtos melhores do que os encontrados no mercado convencional.

Rede das Hortas pela Diversidade nasce no seio da Campanha Europeia pelas Sementes Livres, como o seu braço prático. A luta do movimento europeu pela libertação das sementes também tem sido travada no campo, recuperando a prática milenar de preservar e trocar sementes. A Campanha procura ligar em rede todas as hortas que promovam princípios de preservação do ecossistema, da defesa das sementes tradicionais e da agrobiodiversidade e ainda a colaboração e solidariedade entre hortelões. As Hortas pela Diversidade propõem-se a trocar informação, sementes e conhecimentos entre hortas dentro e fora da rede, a organizar eventos e oficinas em torno das temáticas da alimentação, variedades tradicionais, gastronomia local, agrobiodiversidade e soberania alimentar.

As Hortas em espaços urbanos são uma forma de utilização de espaços verdes que se vêm tornando cada vez mais frequente no mundo. A Horta Comunitária da Damaia, criada num espaço público degradado, agrega duas tipologias de horta urbana. Por um lado, a horta procura constituir um recurso no provimento de alimentos fundamentais para a alimentação dos moradores tendo, assim, um elevado carácter social e de inter-ajuda. Por outro lado, pretende constituir-se como um espaço de partilha de conhecimentos entre gerações, recorrendo a práticas agrícolas tradicionais e articulando-as com ideias inovadoras.

O projecto de CSA-Freudenthal (Community Supported Agriculture, ou Agricultura Apoiada pela Comunidadeé um projecto com uma comunidade de aproximadamente 60 pessoas queà semelhança de dezenas que têm surgido na Alemanha e outros países, procuram promover uma agricultura ecológica e solidária, através da redução do hiato entre consumidores e produtores e da partilha do risco por toda a comunidade. O planeamento da produção e dos custos é feito em conjunto, em base das necessidades da comunidadeHá uma contribuição monetária mensal para os custos do projecto, que é feita de acordo com as possibilidades de cada membro da comunidade.Duas vezes por semana os vegetais frescos são entregues no espaço colectivo para serem recolhidos por cada um.



Organização:
Organizadores

Nosso verão de verdade climática



Veja tambem: Aspectos envolvidos nas mudança climatica  e efeitos positivos e negativos  a curto e medio prazo.

Alô, alô, Juventudeeeee! Curso Tecnico de Agroecologia!!!


Estamos lançando um edital para 200 vagas do curso técnico de
agroecologia. Pedimos que divulguem da forma que puderem nos seus meios
de comunicação. O jovem que souber através de você vai lhe agradecer
muito. Mais informações no site www.serta.org.br.

Desde já nossos agradecimentos

Abdalaziz de Moura

Ana Primavesi - Ifoam


Pioneira da agroecologia receberá prêmio mundial

Agência Estado

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A modéstia permeia as declarações da engenheira agrônoma Ana Primavesi quando ela se refere ao One World Award - o principal prêmio da agricultura orgânica mundial, conferido pela International Federation of Organic Agriculture Movements (Ifoam). Neste ano, foi ela a escolhida para receber a homenagem, na Alemanha.

"Eles distribuem o prêmio entre os vários continentes. Agora, foi a vez da América do Sul", comenta uma das precursoras do movimento orgânico no Brasil. "Estão me premiando por toda parte... Não sei para que isso", acrescenta, quase encabulada.

E ouve, em seguida, que a homenagem que receberá no dia 14 de setembro, com a participação de mais de mil pessoas, entre elas a vencedora do prêmio Nobel Alternativo da Paz, a indiana Vandana Shiva, é mais do que merecida, pelo trabalho que vem fazendo, há 65 anos, pela agricultura ecológica, auxiliando lavradores a tornarem suas terras produtivas e limpas, em harmonia com o ambiente, eliminando o uso de agrotóxicos e adubos químicos.

"Pois é... Pelo jeito...", sorri Ana Primavesi, que arremata: "Dizem que eu inventei a agricultura orgânica. Conscientemente, não. A gente sempre trabalhou dessa forma".

Impactos positivos

Instituído em 2008, o One World Award é conferido a cada dois anos a ativistas da agricultura orgânica no mundo. São pessoas cujo trabalho impacte positivamente a vida dos produtores rurais.

Em 2008, quem ganhou o prêmio foi o veterinário e professor alemão Engelhard Boehncke, por suas práticas e estudos em relação à criação orgânica de animais. Há dois anos, foi a vez do indiano pioneiro em agricultura orgânica Bhaskar Salvar, que, logo no início da década de 1950, contrapôs-se à
Revolução Verde - que inaugurou o uso de adubos sintéticos e agrotóxicos nas lavouras -, ensinando agroecologia aos produtores, com o uso de fertilizantes orgânicos, a manutenção da vida no solo e o fortalecimento das plantas por meio de um ambiente equilibrado.

Neste ano, Ana Primavesi será a agraciada. Aos 92 anos, austríaca naturalizada brasileira, formada pela Universidade Rural de Viena, é Ph.D. em Ciências Agronômicas e especializada em vida dos solos. Publicou vários artigos científicos e livros sobre o assunto, mas um deles, Manejo Ecológico do Solo (Editora Nobel, 552 páginas, reeditado mais de 20 vezes), é uma das bíblias da produção orgânica e leitura obrigatória nas faculdades de Agronomia do País.

A obra é citada no livro Plantas Doentes pelo Uso de Agrotóxicos, de Francis Chaboussou, no qual prova que pragas e doenças não atacam plantas cujos sistemas estejam equilibrados. E que são os adubos químicos e os agrotóxicos que atraem os parasitas, gerando um ciclo de dependência, com nefastas consequências para o planeta.

Preservação

Desde 1947, quando iniciou sua vida profissional, e por meio de aulas na Universidade Federal de Santa Maria (RS), Ana Primavesi vem batendo na tecla da preservação da vida no solo. Em aulas, palestras, conferências, debates, assistências técnicas diretas aos produtores rurais e a suas associações, a engenheira agrônoma repete frases que se tornaram mantras.

E quem as coloca em prática vê os resultados na produção, na preservação e na saúde de quem planta e de quem consome os alimentos agroecológicos: "O segredo da vida é o solo, porque do solo dependem as plantas, a água, o clima e nossa vida. Tudo está interligado. Não existe ser humano sadio se o solo não for sadio e as plantas, nutridas."

Observação

Tanto que a primeira coisa que ensina aos agricultores que a procuram é olhar para a terra. "Se o solo tem uma boa estrutura, o agricultor tem grande chance de modificá-lo e convertê-lo para a agricultura orgânica", diz. "Terra com boa estrutura forma grumos, que nada mais são que o entrelaçamento de microrganismos que conferem vida ao solo e saúde às plantas, além de permitirem a infiltração da água. Em solos compactados e sem vida, água vira enxurrada e provoca erosão."

Ana Primavesi lembra que uma planta precisa de no mínimo 45 nutrientes para se desenvolver e produzir de formasaudável. "A agricultura convencional dá, no máximo, 15 desses nutrientes para as plantas. E nem sempre esses 15 nutrientes são integralmente ministrados às lavouras convencionais", diz.
O resultado são plantas deficientes nutricionalmente e frágeis aos ataques de pragas e doenças, dependentes, portanto, do uso de agrotóxicos.

É justamente a maneira de devolver esses nutrientes ao solo que Ana Primavesi ensina aos agricultores. Ela lembra de agricultores na cidade de Diamantina, em Minas Gerais, que há cerca de 15 anos a procuraram porque já não conseguiam produzir com o pacote convencional.

"Eles estavam a desanimados, quase falindo, porque a cada ano a terra respondia menos às adubações", conta. "Começamos a melhorar o solo e a qualidade dos nutrientes, passando a aplicar adubações orgânicas", continua. "Demorou uns quatro a cinco anos, mas agora eles produzem com fartura. Há uns anos voltei lá e vi como estavam felizes com a produção orgânica", conta Ana, ressaltando que a recompensa sempre vem. "O problema é que ela não é rápida, e muitos desistem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Urgente: Reserva Okapi

okapi-from-RRF

Emergency help needed as Okapi Wildlife Reserve destroyed

Posted on: 05.07.12 
Urgent appeal launched following a murderous raid by poachers
An urgent appeal has been launched in response to the recent brutal attack on the Okapi Wildlife Reserve headquarters – the Epulu Breeding and Research Station – in the Congo Basin.
A group of armed bandits or poachers attacked and killed at least seven staff members, some with extreme and inhumane cruelty, with others taken hostage from the UNESCO World Heritage site. Many remain unaccounted for.
All park infrastructure was destroyed and the 13 okapi*, a rare forest species from the giraffe family, were slaughtered. Epulu plays a pivotal role in the future survival of the okapi and is central in managing stock for global conservation breeding programmes of the species.
Photo: Jeph Tsaramu
Photo: Jeph Tsaramu
The day after the destruction of the Epulu HQ, UNESCO met with the Director of Okapi Wildlife Reserve as well as the Director General of the country’s protected areas authority (Institut Congolais pour la Conservation de la Nature), to assess the situation and define the immediate response needs.
Fauna & Flora International have joined with UNESCO, partners in the Rapid Response Facility (RRF) initiative, to call for support amongst the global community in donating funds to rebuild demolished infrastructure, replace destroyed equipment and provide urgent support to the families of murdered park staff.
Photo: Jeph Tsaramu
Photo: Jeph Tsaramu
Fauna & Flora International Deputy Chief Executive Ros Aveling has launched a call for support, asking for urgent donations. “Please support this appeal in any way you can. The conservation front line can be a lonely, challenging place and the courageous people trying to re-establish wildlife protection in the wake of this trauma will be heartened by support from around the world.”
For more information please email rrf@fauna-flora.org
* Post Script: Tuesday 10 July, 2012 Initial reports advising 13 okapi were killed in this raid have now been updated by staff in the field. We can now confirm 15 okapi were killed.
Credit: Aliyo Droma/ICCN Epulu
Credit: Aliyo Droma/ICCN Epulu



Em: http://www.fauna-flora.org

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Carbofuran e os leões do Kenia


Kenya’s lions on the brink of extinction: three more lions poisoned in Masai Mara

FOR IMMEDIATE RELEASE
13 May 2010
Kenya’s lions on the brink of extinction: three more lions poisoned in Masai Mara
Conservationists have warned that Kenya’s lion population is in danger of becoming extinct within a few years if nothing is done to stem a wave of poisonings that have already left at least eight of the charismatic predators dead in recent weeks.
In the latest incident, the carcasses of two lionesses and a young male were found late last month near Lemek, apparently killed in retaliation for attacking domestic cattle. In their investigation, the Kenya Wildlife Service (KWS) arrested a local cattle herder who admitted he had used a pesticide to poison the lions along with his neighbours.
The suspect showed investigators a container with the remains of the poison he had used to lace a cow carcass that the lions ultimately ate. The container had traces of a pink powder that the authorities suspect is a form of carbofuran – a deadly pesticide commonly used in the horticultural industry.  KWS has sent samples of both the lion carcasses and the pink substance for toxicological tests to confirm what it was that killed the predators.
KWS took the suspect to the police but despite the evidence and his admission of guilt, he was released shortly after. According to anonymous sources, a local politician intervened on his behalf.
This incident brings to 8 the number of confirmed lions poisonings in recent weeks across southern Kenya; the other five occurring near the Amboseli National Park.
In their National Conservation and Management strategy for Lions and Hyenas, the Kenya Wildlife Service estimates that only 1,970 lions remain across the country, and said  “poisoning is perhaps the greatest threat to predators and scavenging birds”.
KWS confirms that 2010 has started off badly for lions – in addition to 8 confirmed poisonings, more than 10 other lions have been killed in other circumstances; A lion was shot in or near Buffalo Springs Reserve, Samburu District, by local police, while others have been speared near Amboseli  National Park
The situation is now so serious that the conservationist and chairman of WildlifeDirect Dr Richard Leakey has again called for the government to take action.
“The future of tourism in Kenya is at risk if dangerous pesticides like Carbofuran (sold locally as Furadan) remain on the market. Time and again, we’ve seen these substances used to slaughter our national heritage and destroy one of our greatest economic assets.  Yet the authorities continually fail to follow up cases of abuse and prosecute the culprits. The Kenyan government must show that it is serious and take swift action to ban deadly pesticides like Furadan and enforce the law.
“If we fail to put a stop to poisonings, our lions could go extinct in a matter of years; a catastrophic loss for anyone who cares about our national heritage, but also a devastating blow to the tourism industry that currently brings in hundreds of millions of dollars to our economy. ”
Carbofuran is the active ingredient in pesticides most widely used to kill wildlife such as lions and leopards. It is also used to kill fish and birds for human consumption. Carbofuran is a neurotoxin that is deadly to fish, birds, cats and even humans. Kenyan conservationists are calling on the Ministry of Agriculture to ban the pesticide due to it’s environmental impacts. It is not permitted for use in the European Union where authorization for its’ use was withdrawn in 2007. Nor can it be used in the USA where it is produced due to a recent decision by the Environmental Protection Agency (EPA) that revoked all tolerance for carbofuran residues on food. This means that carbofuran residues must not be found on locally produced and imported food items. The decision was implemented on the 31st December 2009.These decisions could affect Kenyan food exports if the product remains in use on export crops. In addition, Canada’s Pest Management Regulatory Agency recently conducted the risk and value assessments for carbofuran and its end-uses on food and feed crops and also recommends a ban of the product.  Conservationists in USA have conducted an online petition and gathered more than 80,000 signatures urging the Kenyan Government to do the same.
After incidents of lion poisoning in Kenya became public in 2008, the manufacturers of Furadan, FMC withdrew Furadan from Kenyan shelves. However, the product is still not officially banned and can be found in some agro-vet stores. The active ingredient, carbofuran, is still available in other over-the-counter pesticides.
WildlifeDirect is a conservation charity registered in USA and Kenya, and based in Nairobi. We enable conservationists at the front lines to tell their stories and raise awarthe eness about their work through over 80 blogs from the field on website platformhttp://wildlifedirect.org. The Chairman of WildlifeDirect is Dr. Richard Leakey and the Executive Director is Dr. Paula Kahumbu. Visit http://wildlifedirect.org for more information
Furadan: WildlifeDirect is campaigning for the de-registration or total ban on the active ingredient of Furadan, carbofuran in Kenya due to the threats it poses to users, consumers and wildlife. This pesticide threatens the survival of lions, vultures, fish species and many other mammals and birds In Kenya. Furadan is produced in USA by FMC and is sold locally by Juanco SPS as an agricultural insecticide. For more information on our campaign against wildlife poisoning visit http://stopwildlifepoisoning.wildlifedirect.org
KWS is the government body responsible for wildlife conservation in Kenya.  For more information visit http://www.kws.org
For other photographs or more information please contact Paula Kahumbupaula@wildlifedirect.org, or call 0722685106, or 020 2602463

Crescer mais gordo em uma dieta Transgênica



17 de julho de 2012 - 07:15

Ratos sendo alimentados com transgênicos comem mais e crescem mais gordos
do que aqueles em uma dieta não-transgênica.


Palavras-chave: dietas, alimentos, transgênicos, Obesidade

Por: Arild S. Foss

Como parte do estudo, um grupo de ratos foram alimentados com milho que
tinham sido geneticamente modificado para resistência a pragas.

Uma vez que os alimentos geneticamente modificados (GM) começaram a
aparecer nas lojas no início dos anos noventa, grandes quantidades foram
vendidas para consumo humano - sem quaisquer efeitos nocivos, tanto quanto
sabemos. Mas há um risco de um impacto a longo prazo?

Um projecto de investigação internacional está a estudar os efeitos dos
alimentos transgênicos, estudando o impacto em ratos, camundongos, porcos
e salmão. O amplo estudo inclui pesquisadores da Hungria, Áustria,
Irlanda, Turquia, Austrália e Noruega.

"Estamos tentando identificar quais os indicadores que temos de medir, a
fim de explorar os efeitos não intencionais de alimentos geneticamente
modificados", explica o professor Åshild Krogdahl da Escola Norueguesa de
Ciências Veterinárias.

"As descobertas podem nos dar alguma compreensão dos potenciais efeitos
para estas espécies animais, bem como para os seres humanos."

Ratos mais gordos

Como parte do projeto, um grupo de ratos foram alimentados com milho, que
tinham sido geneticamente modificado para resistência a pragas. Durante um
período de 90 dias eles se tornaram um pouco mais gordos que o grupo
controle de ratos alimentados com milho não-GM. O mesmo efeito ocorreu
onde os ratos foram alimentados com peixes que, por sua vez, comera milho
GM.

"Se o mesmo efeito se aplica aos seres humanos, como teria impacto sobre
as pessoas que comem esse tipo de milho ao longo de vários anos, ou até
mesmo comer carne de animais alimentados com esse milho?", Pergunta ele.

"Eu não quero parecer alarmista, mas é um fenômeno interessante e vale a
pena explorar mais."

Microestrutura diferente

Ao examinar os efeitos sobre o salmão, os pesquisadores encontraram
diferenças distintas entre os peixes sendo alimentados com alimentos GM e
aqueles com uma dieta não-GM.

"Quando alimentados com não-GM, os peixes não aparentaram grandes
mudanças, todos estavam dentro da faixa normal e os peixes pareciam
saudáveis", diz Krogdahl.

"Mas os que se alimentavam de milho GM foram ligeiramente maiores, eles
comeram um pouco mais, os seus intestinos tinham uma microestrutura
diferente, eles eram menos capazes de digerir proteínas, e houve algumas
alterações no seu sistema imunológico. As amostras de sangue também
mostraram alguma mudança no sangue. "

Vasta gama de órgãos

Estas alterações sutis foram observados em uma ampla variedade de órgãos,
incluindo os órgãos digestivos, fígado, rins, pâncreas, glândulas adrenais
e órgãos reprodutivos.

Krogdahl aponta que não há nada de intrinsecamente incomum sobre
alterações fisiológicas após o consumo de alimentos, pois isso acontece
com os alimentos não-transgênicos também. A questão é se as mudanças com
uma dieta GM poderia ser de uma categoria diferente - potencialmente
causar danos a longo prazo.

Da mesma forma que examinaram os intestinos de salmão após o consumo de
alimentos GM, os pesquisadores também analisaram os intestinos de ratos
que comeram o salmão. Os ratos comeram ligeiramente mais e cresceram mais
rapidamente bem como foram levemente afetados no sistema imunológico do
que os seus homólogos GM-livres.

Genes de GM transferidos para o tecido

No entanto, um importante argumento pró-GM foi refutado pela pesquisa.

"A alegação freqüente tem sido a de que novos genes introduzidos em
alimentos geneticamente modificados são inofensivos desde que todos os
genes são quebrados nos intestinos. Mas os nossos resultados mostram que
os genes podem ser transferidos através da parede intestinal para a
corrente sanguínea; foram encontrados no sangue do tecido muscular, e no
fígado em segmentos suficientemente grandes para serem identificados",
explica Krogdahl.

"O impacto biológico dessa transferência de genes é desconhecido."

Leia a história completa em norueguês em forskning.no
http://www.forskning.no/artikler/2012/juli/327547

> O link abaixo dá acesso à matéria da Science Nordic, baseada num
> estudo que demonstrou que ratos alimentados com transgênicos comiam
> mais em relação aos alimentados com não-transgênicos e apresentavam
> alterações em órgãos como fígado, rins, pâncreas, glândulas renais e
> órgãos reprodutivos.
>
> http://sciencenordic.com/growing-fatter-gm-diet

Wall Street: a origem


... O nome da rua deriva do fato que durante o século XVII, constituiu o limite norte de Nova Amsterdam. Lá, os holandeses tinham construído uma parede da madeira e lama em 1652. A parede significou uma defesa contra possíveis ataques dos índios de Lenape, de colonizadores da Nova Inglaterra e dos Ingleses, mas de fato foi usada para manter os escravos negros da colônia. A parede foi demolida pelos Ingleses em 1699. No fim do século XVIII, os intermediários financeiros e especulatórios se encontraram para negociar informalmente junto a um plátano de Wall Street. Esta foi a origem do mercado conservado em estoque do comércio de Nova Iorque.
Wall Street Journal, nomeado em referência à rua, é um jornal de uma companhia internacional influente, publicado diariamente na cidade de Nova Iorque. Durante anos, teve a maior circulação dos jornais nos EUA, mas hoje é o segundo. Seu proprietário é a Dow Jones & Company.

VALE A PENA LER DE NOVO: "A ÉTICA É A ESTÉTICA DO FUTURO"

Quem colocou esta frase em circulação, atribuindo-a a Lênin, foi o genial cineasta Jean-Luc Godard, na década de 1960. Dado aos chistes e ao non sense, Godard pode ter sido ele próprio o autor. Pouco importa. O fato é que sintetiza bem a visão de mundo da juventude mais idealista do século passado.

Em 1968 e nos anos seguintes, tivemos as primaveras de Paris e de Praga, o repúdio universal à intervenção dos EUA no Vietnã, a resistência às ditaduras em todos os quadrantes, movimentos os mais diversos em defesa da justiça social e dos direitos das minorias, bem como a revolução de costumes conhecida como contracultura. Ventos de mudança varreram o planeta. Foi um impulso generoso, solidário, irmanando os melhores seres humanos na busca de um futuro digno para a humanidade.

Houve, portanto, um tempo em que muitos acreditaram piamente na iminência de uma sociedade na qual os relacionamentos entre os seres humanos, de tão éticos e gratificantes, iriam se tornar a realização da estética no cotidiano. Não precisaríamos mais da arte para sonhar acordados com uma beleza inexistente na vida real. O paraíso seria agora.







http://youtu.be/R6yZXh2ukAU






Depois, claro, veio a reação. E as flores foram sendo, uma a uma, arrancadas.

O capitalismo triunfante moldou o planeta à sua imagem e semelhança: competitividade, ganância, desigualdade, parasitismo, guerras inúteis, agressões insensatas ao meio ambiente, consumismo exacerbado, condenação de vastos contingentes humanos ao desemprego crônico e à miséria aviltante, degradação do pensamento, da arte e dos padrões morais.

Carlos Heitor Cony, que busca afoitamente outros privilégios mas foi privilegiado com dotes de grande escritor, escreveu em 1974 um romance profético, Pilatos. Mostra como seria um mundo em que os homens não tivessem nenhuma motivação idealista, sentimento nobre ou limites morais. Todas as suas ações visariam apenas à satisfação de apetites e de necessidades primárias.

Era um inferno mais assustador que o descrito nas religiões. E tinha tudo a ver com aquele Brasil dos yuppies enriquecidos pelo milagre econômico e das massas anestesiadas pelo tricampeonato de futebol.

Os personagens desumanizados de Pilatos lembram – até demais! – os arautos da extrema-direita remanescente da ditadura militar e os novos discípulos que formou. Infestam a internet, descaracterizaram o Orkut, tornam cada discussão política desgastante e estressante, fazendo do rancor e do retrocesso sua bandeira. O que parecia exagero literário virou triste realidade.

Há indivíduos que conspiram dia e noite para arrastar o Brasil a uma nova ditadura.

Há indivíduos capazes de escrever entusiasticamente em defesa de filmes que fazem apologia da truculência e da tortura.

Há indivíduos que se regozijam quando cidadãos exemplares são flagrados em situações equívocas, como se a grandeza do rabino Henry Sobel pudesse ser empanada pela cleptomania e a do padre Júlio Lancelotti, por ter cedido a uma chantagem sórdida.

Demonstram ódio homicida pelos rivais ideológicos, a ponto de se aproveitarem de suas debilidades humanas – quem não as tem? – para instigarem seu linchamento moral. Como Átila e Gengis Khan, só vêem os inimigos como obstáculos a serem suprimidos.

Seus textos são um deserto de ideais. Não contêm nenhum sonho, nenhuma esperança, nada que sinalize um mundo melhor. Apenas a defesa encarniçada do status quo capitalista e o combate encarniçado aos que, bem ou mal, propõem alternativas













São contra governos, partidos e pessoas. Abominam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E não têm, sequer, a honestidade de seus congêneres da Espanha, adeptos de Franco, que assumiam abertamente os valores obscurantistas que professavam, ao urrarem “abaixo a inteligência, viva a morte!”.

Este artigo foi escrito há quase dois anos mas, infelizmente, permanece atual. Resolvi republicá-lo por dois motivos: 1) como uma  homenagem  aos linchadores de Cesare Battisti, cuja pequenez, desonestidade e sordidez me viram o estômago; e 2) porque me caiu a ficha de que a distopia do Cony que citei, "Pilatos", encontrou sua mais perfeita expressão televisiva... no Big Brother Brasil.





Em: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2011/02/vale-pena-ler-de-novo-etica-e-estetica.html

domingo, 29 de julho de 2012

Entropia produz a ordem e cria nanoestruturas complexas


Entropia produz a ordem e cria nanoestruturas complexas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/07/2012
Entropia produz a ordem e cria nanoestruturas complexas
A entropia cuida de organizar as nanopartículas em cristais regulares, cristais líquidos, cristais plásticos ou vidros. [Imagem: Pablo Damasceno et al./Science]
Auto-organização
O cientista brasileiro Pablo Damasceno é o principal autor de um estudo publicado no exemplar desta semana da revista Science que promete mudar o jogo no campo da nanotecnologia e da nanofabricação.
Cada vez em maiores apuros para manter o ritmo da miniaturização, sobretudo no campo da eletrônica, a indústria deposita suas esperanças na chamada fabricação "de baixo para cima", que torna possível alcançar uma precisão que não pode ser obtida pelas técnicas tradicionais "de cima para baixo".
Embora o conceito teórico proponha o uso de átomos e moléculas como blocos básicos de construção, o uso de nanopartículas é muito mais viável e realista, principalmente se baseado em técnicas de automontagem.
"Um dos maiores desafios em nanoengenharia química e de materiais hoje em dia é o de como criar novas estruturas - normalmente envolvendo arranjos complicados de nanopartículas - de uma forma completamente espontânea, auto-organizada, simplesmente seguindo as leis da termodinâmica," explica Damasceno.
"De fato, se quisermos continuar a criar eletrônicos com mais e mais transistores por centímetro quadrado, logo atingiremos o limite no qual será impossível organizar as partículas no padrão adequado devido a seu tamanho nanoscópico e à quantidade imensa. Um método de auto-organização, portanto, é o desejado," completou ele.
Sólidos complexos
Um método agora não apenas desejado, mas muito mais próximo da realidade, graças ao trabalho que o brasileiro e seu colega Michael Engel fizeram no laboratório da Dra. Sharon Glotzer, na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Eles desenvolveram um método capaz de prever como as nanopartículas dispersas em um fluido vão se organizar autonomamente para formar um sólido com base em apenas dois parâmetros: o formato das partículas e a quantidade de vizinhos presentes no fluido.
O mais promissor, contudo, é que, em vez de nanopartículas esféricas, com as quais a quase totalidade dos grupos de pesquisas ao redor do mundo trabalha hoje, Damasceno trabalhou com poliedros de formatos muito complexos.
Enquanto nanopartículas esféricas costumam se aglomerar em estruturas cristalinas simples, sem grandes aplicações práticas, formatos sólidos bem definidos podem gerar estruturas em macroescala igualmente bem definidas, abrindo a possibilidade de fabricação de peças e materiais complexos.
Entropia produz a ordem e cria nanoestruturas complexas
As possibilidades de auto-organização das nanopartículas sólidas são praticamente inumeráveis, abrindo enormes possibilidades de sintetização de novos materiais. [Imagem: Pablo Damasceno et al./Science]
Ordem pela entropia
E, em vez de um complexo processo de fabricação, tudo o que é necessário fazer com as nanopartículas é deixar que as coisas aconteçam por si sós, levadas pela entropia.
Embora normalmente associada a uma tendência à desordem, a entropia também pode causar a ordem, fazendo os objetos se organizarem - basta restringir o espaço disponível para que esses objetos se rearranjem.
Quando postas em um espaço pequeno o suficiente, em vez de se espalharem aleatoriamente, as partículas começam a formar estruturas ordenadas, de forma similar à que acontece quando os átomos se organizam para formar cristais.
Em 2010, outra pesquisa do mesmo grupo mostrou a possibilidade de que tetraedros se organizassem para formar quasicristais, as incríveis estruturas que valeram oPrêmio Nobel de Química de 2011 ao persistente Dr. Dan Shechtman.
Mas Damasceno não se contentou com tetraedros e fez os cálculos para verificar as possibilidades de auto-organização de 145 formatos diferentes de nanopartículas - ele estudou poliedros platônicos, de Archimedes, de Johnson, de Catalan, entre outros.
Isso foi suficiente para mostrar que existem correlações claras entre a forma das nanopartículas e as estruturas que elas geram.
"Não só isto, mas as correlações foram tão claras que nos proporcionaram a possibilidade de predizer, para qualquer poliedro convexo, qual o tipo de estrutura no qual ele irá se auto-organizar," explicou Damasceno.
Entropia produz a ordem e cria nanoestruturas complexas
Da esquerda para a direita, o brasileiro Pablo Damasceno, Sharon Glotzer e Michael Engel, autores do estudo que promete mudar o jogo no campo da nanofabricação. [Imagem: UMich]
Cristais ou vidros
Quase 70% dos formatos estudados resultaram em estruturas do tipo cristalino criadas apenas pela atuação da entropia - eles obtiveram até uma complicadíssima estrutura cristalográfica conhecida como gamma-Brass, formada por unidades repetitivas de 52 partículas cada uma.
"Esta é uma estrutura cristalina extraordinariamente complexa mesmo para átomos, o que dirá para partículas isoladas, que não podem se ligar quimicamente," comentou a professora Glotzer.
Além de cristais normais, as partículas podem formar cristais líquidos, como os usados em telas de TV e monitores de computador, e cristais plásticos, nos quais as partículas podem girar sobre si mesmas sem sair do lugar. Sem contar as estruturas totalmente desordenadas, semelhantes aos vidros.
"Com isso, qualquer pesquisador interessado em criar um determinado tipo de estrutura usando nanopartículas poderá consultar nossa tabela e então tentar sintetizar a nanopartícula que irá dar origem a tal estrutura," resume Damasceno.
E também poderão fazer o inverso: partindo das propriedades desejadas do material que desejam construir, poderão calcular o formato da partícula necessária para a tarefa.
O piauiense Pablo Damasceno fez sua graduação na Universidade Federal de São Carlos (SP) e está há três anos no grupo da professora Sharon Glotzer, na Universidade de Michigan, em Ann Arbor.
Bibliografia:

Predictive Self-Assembly of Polyhedra into Complex Structures
Pablo F. Damasceno, Michael Engel, Sharon C. Glotzer
Science
Vol.: 337 no. 6093 pp. 453-457
DOI: 10.1126/science.1220869

A Roadmap for the Assembly of Polyhedral Particles
Joost de Graaf, Liberato Manna
Science
Vol.: 337 no. 6093 pp. 417-418
DOI: 10.1126/science.1226162

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