Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Projeto cATA-LOGo – Projeto quer vai revolucionar a reciclagem em sua cidade


A coletiva seletiva não funciona em minha cidade!

Em debates aqui no blog muitos leitores nos contaram suas tentativas frustradas para reciclar seu lixo, a grande reclamação é que a coleta seletiva simplesmente não funciona em suas cidades.
Alguns dos problemas levantados:
  • Não há qualquer divulgação de informações pela prefeitura sobre como é feita a coleta seletiva local. Simplesmente as pessoas não sabem como devem proceder para ter o seu lixo reciclado.
  • A coleta não é organizada, o caminhão da reciclagem não tem dia, nem hora certa pra passar. Lixos se acumulam nas casas e a coleta em edifícios e condomínios é inviabilizada.
  • A cidade faz a coleta seletiva, mas sem organização da cadeia de coleta e treinamento dos trabalhadores o material reciclável se mistura com o orgânico e acabam no aterro sanitário .
Existem muitos outros prolemas mas Estes foram os pontos comuns que diversos leitores levantaram. O incrível esta situação é igual em diversas regiões do pais. A responsabilidade da coleta seletiva e das prefeituras, se elas não possuírem um plano bastante eficiente para a coleta seletiva ela simplesmente não acontece.

Para ilustrar o problema: Apenas 6% das cidades brasileiras possuem mecanismos para a coleta seletiva e a cidade de São Paulo só recicla 1% do lixo gerado na cidade.
Dados da Revista Veja e Estadão.
É preciso mudar, é preciso apostar em novas idéias.

Projeto cATA-LOGO – Coleta Seletiva inteligente e conectada

Mas então oque fazer pra solucionar estes problema? O projeto cATA-LOGO tem uma solução bastante simples, viável e que você pode ajudar a tirar do papel.
Criando um site, uma rede de comunicação direta entre os interessados o cATA-LOGo conectará pessoas como eu, você e todo mundo que gera lixo, com pessoas que vivem desse mesmo lixo: catadores , agentes ambientais, recicladores. Usaremos aplicativos simples para transformar o nosso desperdício em riqueza. Bastará separar orgânico de reciclável e se conectar!
Assista o video acima e entenda a proposta, se estiver lendo o artigo via RSS ou E-mail clique aqui para ver o video.
Imagina só que bacana? Você poderá se conectar a um website, descobrir quem são as cooperativas e recicladores que podem recolher seu lixo e pronto seu lixo irá ser recolhido de maneira segura e organizada.

Reciclagem e impacto social positivo

Além de ser eficiente acontecerá um grande impacto social levando mais dignidade para os catadores e recicladores. O sistema disponibilizará dados aos catadores permitindo saber aonde e quando retirar os lixos recicláveis, trazendo mais segurança pois não há necessidade de revirar o lixo e também será possível recolher muito mais lixo em muito menos tempo. O resultado: Mais renda e dignidade.

Além da internet

Mas como os catadores receberão estes dados? Funcionará na prática? O bacana é que o projeto não é só a plataforma na internet mas sim um pacote de ações que vai entender, educar e conectar as pessoas interessadas em reciclar.
Uma das ações previstas é estudar toda a cadeia da coleta seletiva do ponto de vista do catador, levantando seus custos, estatísticas de material coletado e descobrindo quais são os desafios e necessidade. Além disto serão implementados ações inovadoras como o uso transportes não poluentes para a coleta e o uso de rotas e mapas inteligentes. Tudo isto feito em colaboração. Fantástico não?
Os Objetivos gerais do projeto são:
  • Facilitar a destinação responsável de resíduos recicláveis, reutilizáveis e descartáveis.
  • Inclusão social, melhoria da renda e da auto-estima dos catadores.
  • Conscientização da sociedade sobre temas relacionados à reciclagem e à mobilidade urbana.

Crowdfunding – Ajude a tirar o projeto do papel

Para realizar o projeto a equipe recorreu ao Crowdfunding, aonde você poderá ajudar o projeto e ainda ganhar recompensas. Acesse o site do Catarse e participe do projeto!
O projeto ficou entre os 3 mais votados pelo público nas 2 fases de seleção do “Festival de Idéias – Inovações para o Desenvolvimento Social” realizado pelo Centro Ruth Cardoso e precisa de sua ajuda para sair do papel.
O projeto cATA-LOGo pretende angariar R$20.000 até 20 de novembro. Definimos um objetivo de arrecadação para executar o mínimo necessário. O valor excedente arrecadado será automaticamente utilizado nas próximas outras etapas do projeto. Esta etapa será desenvolvida de janeiro a julho de 2012 em Campinas e São Paulo e fará o levantamento de dados e o desenvolvimento de um sistema de coleta programada de recicláveis baseado em internet.
Para executar o projeto precisaremos de programador, estatístico, equipar o núcleo de catadores com computador e celulares e publicar no site as atividades e os resultados.
Para viabilizar essa idéia não precisaremos de donativos. Todas as formas de apoio receberão recompensas caprichadas e o projeto só será realizado se todos os recursos necessários forem captados. Caso contrário, só lhe custou um clique.

Faça sua parte!

Nós do Coletivo Verde estamos apoiando e já estamos fazendo parte do microfinanciamento, faça parte você também, acesse o site do Catarse e participe do projeto!.

Sobre Guilherme Augusti Negri ( @coletivoverde )

Guilherme Augusti Negri
Empreendedor com veia social e ambiental e músico por hobby. Fundador do Coletivo Verde.

Aprendendo com formigas e cupins


"Já existem estudos demonstrando que na Floresta Amazônica, perto de Manaus, formigas e térmites (cupins) representam um terço da biomassa animal. Se a elas se acrescentarem abelhas e vespas, serão 80% do total", informa Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 28-09-2012.
"Por isso, - continua o jornalista - dizem Wilson e seu parceiro, pode-se afirmar que "o socialismo funciona, em certas circunstâncias. Karl Marx apenas escolheu a espécie errada" para estudar".
Segundo Washington Novaes, "embora, no caso das formigas, suas 500 mil células nervosas tenham, juntas, apenas o tamanho de uma letra numa página de livro. E se todas as espécies de formigas desaparecessem, afirmam, "seria uma catástrofe".
Enfim, assevera o articulista, "no momento em que tantos estudos mostram o momento difícil que vivemos por causa das várias crises globais, incluindo a da finitude de recursos naturais, é preciso entender muito mais não apenas da relação humana com os ecossistemas, biomas, áreas específicas, mas também do significado, em cada um deles, das muitas espécies, sua importância para a conservação - e para a sobrevivência humana".
Eis o artigo.
Texto da BBC Brasil estampado na última segunda-feira por este jornal relata a preocupação de cientistas com a "invasão global de minhocas" e de "outras espécies alienígenas" - entre elas, as formigas -, que "já conquistaram quase todos os continentes" (a Antártida é uma das exceções). Espécies invasoras estão "vencendo a competição" com espécies locais porque se adaptam rapidamente a terrenos desmatados e alterados, mudam a estrutura dos solos. Podem reduzir efeitos da erosão, como na Amazônia, aumentar o nível de minerais no solo e estimular o crescimento de plantas. Mas afastam outras espécies.

Estranho que possa parecer, é tema altamente relevante, fascinante mesmo, por muitos ângulos. E quem se interessar pode, por exemplo, consultar o livro Journey to the Ants - a Story of Scientific Exploration (Harvard Press University, 1994), de Bert Hölldobler e Edward O. Wilson, este último considerado um dos maiores conhecedores da biodiversidade e o maior especialista em mirmecologia, o estudo das formigas, ao qual se dedica há meio século no mundo todo, com vários livros publicados. A ponto de um deles (The Ants, 1990) pesar 3,4 quilos. Juntos, Wilson e Hölldobler têm pesquisas de quase um século.

Wilson e Hölldobler começam ensinando aos humanos uma lição admirável das formigas: o seu êxito - que as levará a dominar o planeta, de acordo com o primeiro - decorre do extraordinário comportamento de cooperação entre os milhares de membros de cada colônia, que produz extrema eficiência na busca, no transporte e no armazenamento de alimentos, na reprodução, na defesa do grupo, etc. Uma das armas principais nessa luta coletiva pela vida é o uso de vários tipos de linguagem (corporal, visual, gestual, etc.), principalmente química - porque o odor de cada parte do corpo, emitido no encontro de dois seres, pode ter significados muito específicos, como alarme, desejo de atração, disposição para cuidar da cria, oferta de alimentos, etc. E essa cooperação é a base da sobrevivência.

A colônia é o sentido fundamental da vida para cada formiga, embora possa haver disputa entre a rainha e formigas operárias quando estas se sentem em condições de reproduzir (o que cabe à rainha). Pode haver também conflitos com outras formigas da mesma espécie. Mas, com suas características, as formigas sobrevivem há muito mais tempo que os seres humanos, uns 100 milhões de anos, desde a época dos dinossauros. É quase inacreditável, quando se lembra que o tamanho de uma formiga é de cerca de um milionésimo do corpo humano. Mas elas representam 1% do quintilhão de insetos que existem no planeta - já eram na década de 1990 cerca de 10 quatrilhões e cada formiga se reproduz umas 500 vezes nos 20 anos que o ser humano leva para formar cada nova geração. Por isso, pensa Wilson, as formigas dominarão a Terra. Hoje, juntas, pesam tanto quanto todos os seres humanos.

Já existem estudos demonstrando que na Floresta Amazônica, perto de Manaus, formigas e térmites (cupins) representam um terço da biomassa animal. Se a elas se acrescentarem abelhas e vespas, serão 80% do total. Por isso, dizem Wilson e seu parceiro, pode-se afirmar que "o socialismo funciona, em certas circunstâncias. Karl Marx apenas escolheu a espécie errada" para estudar. Embora, no caso das formigas, suas 500 mil células nervosas tenham, juntas, apenas o tamanho de uma letra numa página de livro. E se todas as espécies de formigas desaparecessem, afirmam, "seria uma catástrofe".

Poderíamos aprender muito com formigas, cupins e também com muitas espécies vegetais. Há alguns anos, quando produzia um documentário para a TV Cultura, o autor destas linhas foi ao Jardim Botânico paulistano acompanhando um especialista em grandes estruturas de concreto na Universidade de São Paulo (USP), que começou mostrando uma variedade de bambu com a maior capacidade de resistência a impactos físicos por centímetro quadrado - e o estudo dos fundamentos dessa resistência serviam para orientar a criação de grandes estruturas de concreto. Depois mostrou um cupinzeiro, abrindo com as palavras: "Este é o edifício mais inteligente que existe. Aqui vivem dezenas de milhares de indivíduos, que convivem em harmonia, trafegam sem congestionamento (para buscar alimentos), sem colisões, sem conflitos, orientando-se com várias linguagens. No interior do cupinzeiro existem câmaras específicas onde a rainha deposita seus ovos para reprodução; câmaras para depósito de alimentos, com orifícios no alto para a saída de gases da decomposição; outros orifícios que são fechados ou abertos por ação dos cupins, para adaptar-se às temperaturas fria ou quente. Pode haver algo mais racional?".

No momento em que tantos estudos mostram o momento difícil que vivemos por causa das várias crises globais, incluindo a da finitude de recursos naturais, é preciso entender muito mais não apenas da relação humana com os ecossistemas, biomas, áreas específicas, mas também do significado, em cada um deles, das muitas espécies, sua importância para a conservação - e para a sobrevivência humana. É espantoso: na hora em que cientistas afirmam que toda a superfície de gelo acumulada no Ártico pode derreter-se (nos meses de verão) em quatro anos (guardian.co.uk, 17/9), liberando quantidades assombrosas de metano acumuladas sob a camada até aqui permanente, é preciso ter consciência da gravidade da situação. E da necessidade de levar os comportamentos sociais a serem adequados às novas questões. Até formigas, cupins, abelhas e vespas se enquadram nesse contexto.

É aflitivo, por isso, verificar a distância dos assuntos fundamentais em que se encontram, nesta hora, os temas das campanhas eleitorais em todo o País. Não será por essas veredas imediatistas que se poderá chegar a alguma via larga, aberta para o horizonte e o futuro.

Em:  http://www.ihu.unisinos.br/noticias/

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Victory! We just stopped oil drilling in Achuar territory‏



Queridos amigos,
La semana pasada me llamó Achuar Guisantes Guisantes Ayui líder con excelentes noticias: Nuestra campaña larga y dura ha obligado a Talisman Energy a abandonar sus planes de perforación petrolera en territorio Achuar en la Amazonía peruana.
"Le agradezco a usted ya nuestros aliados para estar con nosotros en solidaridad para hacer frente a este problema", exclamó Peas. "Me da mucha felicidad de haber logrado lo que nos propusimos hacer."
Es su apoyo de Amazon Watch que hace que victorias como éstas es posible.
Por favor, continúe ayudándonos a soportar los Achuar!
Talisman es la quinta compañía petrolera que los Achuar han obligado a abandonar. Esto demuestra que juntos podemos detener la destrucción de la selva tropical. He aquí cómo:
  • Los Achuar se mantuvo fuerte y unida con el apoyo de todo el mundo.
  • Más de 10.000 de los que firmaron una petición exigiendo Talisman irse.
  • Cientos apoyada viajes líderes Achuar 'a Canadá.
  • Decenas salieron a protestar fuera de Talisman oficinas en Calgary, Canadá.
Guisantes Guisantes Ayui
"Esto no termina aquí, tenemos que permanecer despierto.
Pedimos que nuestros aliados no nos olvides y no nos dejan ".
- Guisantes Guisantes Ayui
No puedes irte ahora. Perú y Ecuador están listos para licitar nuevas concesiones petroleras en territorio Achuar y sus alrededores. En respuesta Amazon Watch es la construcción de la solidaridad internacional por la causa Achuar, presionando al gobierno peruano a abandonar sus planes de perforación petrolera, y el apoyo a los Achuar propia visión de desarrollo de los proyectos de ingresos sostenibles, centros de medicina tradicional y la educación bilingüe.
Nuestra combinación de implacables campañas internacionales y apoyo directo a los Achuar está funcionando. Colabora con una Amazonía sin petróleo perforación: Done hoy.
Para los Achuar,
Gregor MacLennan
Gregor MacLennan
Perú Coordinador del Programa

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domingo, 16 de setembro de 2012

Roleta Genética


http://geneticroulettemovie.com/

After watching the film please click on this link to add a comment about Genetic Roulette and to learn more about GMOs!

Genetic Roulette

A film by Jeffrey M. Smith – Narrated by Lisa Oz

A production of the Institute for Responsible Technology

 

Are you and your family on the wrong side of a bet?

When the US government ignored repeated warnings by its own scientists and allowed untested genetically modified (GM) crops into our environment and food supply, it was a gamble of unprecedented proportions. The health of all living things and all future generations were put at risk by an infant technology.
After two decades, physicians and scientists have uncovered a grave trend. The same serious health problems found in lab animals, livestock, and pets that have been fed GM foods are now on the rise in the US population. And when people and animals stop eating genetically modified organisms (GMOs), their health improves.
This seminal documentary provides compelling evidence to help explain the deteriorating health of Americans, especially among children, and offers a recipe for protecting ourselves and our future.

The main feature film Genetic Roulette is 85 minutes.

The package also contains a bonus DVD with:

Seeds of Freedom (28 min)

Narrated by Jeremy Irons, produced by The Gaia Foundation and African Biodiversity Network, this landmark film shows how the story of seed at the hands of multinationals has become one of loss, control, dependence and debt. More information about the Seeds of Freedom can be found here.

The Documented Health Risks of Genetically Engineered Foods (42 min)

Jeffrey Smith presents a concise, hard-hitting talk to more than 800 healthcare practitioners at Andrew Weil’s Arizona Center for Integrated Medicine conference in 2011.

The Politics of GMOs (16 min)

This presentation excerpt describes the unholy alliance between the US government and Monsanto, as well as some highlights of Monsanto’s dark history.

12 Short Public Service Announcements

All content in the bonus disk can be played on television without charge or special permission.

CI-Brasil lança livro sobre os biomas brasileiros

O lançamento é hoje no Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2012
A Conservação Internacional e a editora Casa da Palavra, com o patrocínio da Vale, lançam hoje, dia 5 de setembro, no Jardim Botânico, o livro Biomas brasileiros – retratos de um país plural.
No momento em que sustentabilidade e preservação são temas fundamentais para o crescimento do país, a obra apresenta um panorama completo, inédito e atual dos biomas nacionais. Uma contemplação da nossa riqueza natural, que vira ponto de partida para a compreensão da importância global dos nossos ecossistemas, todos  tão singulares: Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Pampas e o Bioma Marinho.
Veja algumas fotos da publicação
Fartamente ilustrado – com a colaboração de grandes fotógrafos brasileiros e estrangeiros –, Biomas brasileiros – retratos de um país plural traz textos de grandes especialistas em ecologia, ciências naturais, preservação e economia, apresentando-se em duas versões bilíngues: português-inglês e português-espanhol. Um presente para estudantes, pesquisadores e gente apaixonada por tanta brasilidade.
“O livro descreve o pano de fundo da construção de um novo e duradouro modelo de vida no planeta para o terceiro milênio. Um modelo em que o bem-estar humano e a conservação da natureza andem lado a lado e dependam um do outro, e no qual exista uma civilização com práticas sustentáveis inclusivas e, principalmente, alegre, criativa, próspera e respeitosa”, afirma Fabio Scarano, um dos organizadores do livro e vice-presidente sênior da Conservação Internacional.
A obra apresenta os biomas brasileiros tendo como proposta um processo de redescobrimento do Brasil, ou seja, a partir de sua sequência de ocupação. Assim, o primeiro bioma apresentado é a Mata Atlântica, por onde chegaram os portugueses, seguido da Caatinga, que começou a ser habitada pelos sertanejos, passando para o Cerrado, Pantanal, Campos do Sul (ou Pampas). Ao final, o livro apresenta o bioma Marinho/Costeiro, a nova frente de crescimento do Brasil.
Em conjunto, os biomas brasileiros abrigam cerca de 20% das espécies do planeta, protegem 12% da água doce do mundo e contribuem significativamente para a estocagem de carbono e, com isto, para a estabilidade do clima. Adicionalmente, a riqueza do solo e a amenidade climática permitem ao Brasil ser um dos maiores produtores mundiais de alimento, assim como uma das maiores reservas de minérios, petróleo e gás. Por outro lado, essa fantástica riqueza natural está ameaçada.
Além de mostrar estas ameaças, Biomas brasileiros – retratos de um país plural apresenta os exemplos bem-sucedidos de harmonia homem-natureza, de produção efetivamente sustentável, de sustentabilidade e responsabilidade no consumo, de mercados que valorizam o custo dos serviços prestados pela natureza, de financiamentos verdes e de instituições com princípios e práticas baseados, de forma equânime, no tripé social-econômico-ambiental.
Parceiros
Sobre a Conservação Internacional: A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987, com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de uma unidade avançada em Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org ou siga-nos no twitter @CIBrasil e facebook Conservação Internacional CI-Brasil
Sobre a Vale:  A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro e a segunda maior produtora de níquel, acredita que desenvolvimento sustentável significa captar inúmeras oportunidades de crescimento, reconhecendo os limites físicos do planeta. Para isso, a empresa busca trabalhar com a realidade de que os recursos naturais são finitos, se compromete a praticar e promover o seu uso eficiente, investir em uma matriz energética limpa e minimizar os impactos de suas operações. Recentemente, a empresa assumiu o compromisso de reduzir em 5% suas emissões de gases do efeito estufa projetadas para 2020 e de influenciar sua cadeia de valor para que siga o mesmo caminho. Em 2011, a empresa investiu US$ 1 bilhão em ações ligadas ao meio-ambiente e, para 2012, prevê investir US$ 1,4 bilhão.
Mais informações informações: 
Assessoria de Imprensa da Conservação Internacional: Gabriela Michelotti – (61) 3226-2491 – g.michelotti@conservacao.org
Assessoria de Imprensa da Vale: Regina Rozin – (21) 3814-6267 – regina.rozin@vale.com
Assessoria de Imprensa da Casa da Palavra - Talita Correa (21) 3206-5050 - talita.correa@fsb.com.br

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Campanha Vital!

Amigas e Amigos de agroecologia,
É agora que todos nós temos a oportunidade de agirmos para garantir alimentos seguros em nossa mesa. É o momento crucial para apoiarmos a ação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida!
No dia 17 de setembro termina o nosso prazo para conseguir atingir a meta do projeto que criamos no site catarse. Sem atingir a totalidade dessa meta tudo o que já foi doado será devolvido aos doadores e não teremos os recursos necessários para agir com a intensidade requerida por uma situação alarmante como a que enfrentamos: somos os campeões mundiais no (ab)uso de agrotóxicos! Nada menos que 5 litros ao ano por pessoa!!! Caso grave de saúde pública.
E não falta muito, apenas 20%! Pedimos por favor que colaborarem AGORA conosco, doando, pedindo para amigos e familiares doarem e inserindo em boletins e redes sociais que tiver acesso. Contamos com sua colaboração! Acessem o link  http://catarse.me/pt/projects/851-transformacao-agroecologica-colaborativa#about e sejam parte do movimento para garantirmos que nossa terra, nossa água, nossa mesa e nossos corpos fiquem livres da contaminação pelo uso abusivo dos pesticidas. Juntos podemos ter uma alimentação sem veneno!
Gratidão,
Susana Prizendt
Comitê Paulista da Campanha
Contra os Agrotóxicos e Pela Vida



--
Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Secretaria Operativa Nacional
fone: (11) 3392 2660 / (11) 7181-9737
site: www.contraosagrotoxicos.org

Existe escravo?

Compartilhado por Yaônilé Cia de Dança Afro e Negra Contemporânea Brasileira.


Juventude, Juventude: Abre as asas sobre nós!



Carta Compromisso do Levante Popular da Juventude
por Joelton Belau, sexta, 17 de Fevereiro de 2012 às 08:09 ·
Nós, do Levante Popular da Juventude, no momento em que fundamos nossa organização, em nosso I Acampamento Nacional, com a participação de 1200 jovens de 17 estados brasileiros, nos comprometemos com a transformação profunda da realidade em que vivemos.
Enxergamos um mundo dividido entre aqueles que exploram, e as trabalhadoras e os trabalhadores que têm o fruto de seu trabalho roubado. Esse é o sistema capitalista-patriarcal-racista, que  mundialmente estabelece as formas de organização da sociedade na sua forma imperialista. Ele cria uma relação de dominação entre culturas e povos, destrói o meio ambiente, oprime e explora as mulheres, assassina a juventude negra, silencia gays e lésbicas e tolhe, cotidianamente, todos os nossos sonhos.
O Brasil é um país de natureza e cultura fantásticas, mas carregamos as dores da escravidão, o saqueio das grandes potências, e uma história de uma elite dependente, mas que sempre concentrou o poder em suas mãos. Os meios de comunicação, a terra, a água, energia, a educação, o lazer e a oferta de saúde de qualidade ainda estão nas mãos dessa elite. Aos trabalhadores, restaram somente as periferias das grandes cidades, as encostas de morro e as beiradas de rio, extensas jornadas de trabalho e salários miseráveis; no campo, a reforma agrária e a produção de alimentos foram deixadas de lado e substituídas pela utilização de transgênicos e agrotóxicos, tudo orientado para a exportação.
Nós, jovens, estamos no meio desse furacão: no campo, nas periferias e favelas, nas escolas e universidades, no trabalho. Somos constantemente disputados pelo projeto capitalista. É em contraposição a este projeto que nos lançamos ao desafio da construção do Projeto Popular.
Por isso, nos comprometemos:
Com a luta pela construção de uma democracia popular, que socialize com qualidade as terras, a água, a energia, os meios de comunicação, o acesso à saúde, à educação, à moradia, ao transporte.
Com a luta pela soberania, porque os povos devem tomar seu país e sua história nas mãos, sem serem sujeitados pelo imperialismo ou outros poderosos. O desenvolvimento deve ser ambientalmente sustentável e estar voltado ao interesse do povo.
Com a prática permanente de solidariedade com todos os povos que sofrem e lutam. Com atenção especial para nossos hermanos latino americanos, que carregam a mesma história de opressão e luta que nós.
Com a luta contra o machismo, na sociedade e dentro de nossa organização, pois, se os trabalhadores são explorados pelo sistema capitalista, as mulheres são duplamente oprimidas e exploradas: enquanto trabalhadoras, e enquanto mulheres, pelo sistema patriarcal. Temos que estar lado a lado com as organizações do movimento feminista no combate ao patriarcado, à violência sexista e à mercantilização do corpo e da vida das mulheres, assim como fomentar a auto-organização das mulheres do Levante.
Com a luta contra o racismo, dentro e fora de nossa organização, porque a população preta é a mais explorada da classe trabalhadora e mesmo depois de 124 anos da falsa abolição continua sendo o alvo preferencial da violência de Estado. É necessário lutarmos junto ao movimento negro e outras organizações antirracistas para que possamos construir uma sociedade livre do racismo.
Com a luta contra a lesbofobia, a transfobia e a homofobia, também dentro e fora de nossa organização,  porque não existem relações afetivas mais normais e comuns que outras, e nenhuma orientação sexual deve ser motivo para legitimar desigualdades e opressões.
Com a luta por um projeto de educação que sirva aos interesses do povo. Por isso, defendemos que exista um número suficiente de vagas tanto em creches quanto em escolas secundárias e universidades, bem como cotas sociais e raciais, no campo e na cidade. Por isso, também reivindicamos os 10% do PIB para a educação; a educação só terá qualidade se estiver voltada para os interesses do povo, atendendo todas e todos.
Com a luta por transporte público, gratuito e de qualidade, enfrentando os aumentos nos preços de passagem.
Com a luta por ampliação do acesso à cultura e ao lazer, contra sua mercantilização. Lutaremos para que existam mais possibilidades de produção e troca culturais, como música, teatro, artes visuais, cinema, dança, e tantas outras formas de expressão. Também utilizaremos da cultura e do lazer como formas de resistência, de resgate da nossa história e da nossa identidade de povo brasileiro.
Com a luta contra o trabalho precarizado e informal. A luta pela garantia e expansão dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras (exploradas duplamente, no local de trabalho e em casa) é essencial para a criação de um país menos desigual. Pela jornada de 40 horas semanais, sem a redução de salários.
Sabemos que para isso é extremamente necessária a massificação desta luta, trazendo cada vez mais jovens para o nosso projeto, porque só a juventude tem a força necessária para transformar essa sociedade. É com o trabalho coletivo, combatendo o individualismo e a estagnação, que tomaremos o futuro em nossas mãos. Esse é o caminho para a liberdade com que tanto sonhamos e precisamos para viver.
Construiremos uma organização com coerência: devemos fazer o que dizemos e dizer o que fazemos; com autonomia, construída por aqueles que trabalham no Levante; com estudo e disciplina, para dar cada passo com firmeza, conhecendo com profundidade o caminho que devemos trilhar; com o exercício decrítica e autocrítica, porque não devemos temer ou ocultar os erros, mas enfrentá-los de frente, para, então, superá-los.
Entendemos que serão esses compromissos que garantirão a construção do Levante Popular da Juventude, do Projeto Popular e da Revolução Socialista brasileira. A tarefa não é fácil: não esperamos ter todas as respostas nem construir tudo isso sozinhos, mas nos desafiaremos a dar tudo o que pudermos, porque devemos nos construir como a juventude que ousa lutar, que constrói alternativas e que é parte do povo brasileiro. Somente com alegria, amor e muita animação chegaremos lá!

 Juventude que ousa lutar constrói o poder popular!
I Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude, 5 de fevereiro de 2012, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Primeira condenação por agrotóxicos na América Latina


Cartas de Baires: Primeira condenação por agrotóxicos na América Latina
Numa condenação considerada histórica, a justiça da cidade de Córdoba declarou delito penal as pulverizações com agrotóxicos em campos de soja cerca de bairros povoados. E condenou duas das três pessoas que foram levadas aos tribunais.
Trata-se do emblemático caso do bairro Ituzaingó Anexo, onde há 12 anos as famílias denunciam mortes e lesões em conseqüência do uso de agrotóxicos.
Sobre uma população de cinco mil habitantes, entre 2002 e 2009 morreram 272 pessoas, 82 delas de câncer. No mesmo período foram registrados 272 abortos e 23 crianças nasceram com malformações congênitas. Até setembro de 2010 se registram 143 pessoas com câncer.
A pena, em si, foi uma decepção. Os moradores queriam cadeia para os produtores agropecuários Jorge Alberto Gabrielli e Francisco Parra, e para o agente pulverizador Edgardo Jorge Pancello, por usarem o herbicida glifosato e o inseticida organoclorado endosulfan.
Mas a Câmara do Crime de Córdoba impôs três anos de prisão condicional para Parra e Pancello, e absolveu Gabrielli por falta de provas. A sentença indica também que Parra tem que fazer trabalhos comunitários durante quatro anos e não pode usar agroquímicos por oito.  Pancello também deverá fazer serviços comunitários e ficou inabilitado para aplicar produtos agroquímicos durante dez anos.
Mesmo assim a condenação é importante, porque pela primeira vez a atividade de pulverização com agrotóxicos cerca de áreas urbanas foi considerada um delito na Argentina – e na América Latina.
Isso estabelece jurisprudência para todo o continente, onde há milhares de ações contra produtores rurais, e pode chegar a alcançar as multinacionais fabricantes de agrotóxicos.
A luta em Córdoba começou pela determinação de uma das mães do bairro, Sofía Gatica, que em 1997 perdeu um bebe que havia nascido sem os rins. Ela demorou a juntar uma coisa com a outra, até que percebeu um número pouco usual de mulheres com lenços na cabeça e crianças com máscaras a caminhar por Ituzangó.
Sozinha, começou um levantamento, e já naquele ano detectou 97 pessoas com câncer só no seu bairro! Hoje se sabe que a taxa de câncer na região é 30 vezes maior que a média nacional (dados da Organização Panamericana de Saúde) e que das 142 crianças entre dois e seis anos da localidade, 80% possuem tem agrotóxicos no organismo: chumbo, arsênico e PCB (elemento presente em transformadores elétricos), entre outros. Outros dados em http://www.juicioalafumigacion.com.ar/
Os cultivos transgênicos na argentina, sujeitos à pulverização, cobrem 22 milhões de hectares e efetam, direta e indiretamente, a 12 milhões de habitantes.  Mas o tema não é preocupante somente aqui.
Há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo segundo a Associação Brasileira de Saíde Coletiva (Abrasco). Apenas na safra de 2011 foram usados 835 milhões de litros de herbicidas, fungicidas e inseticidas. O consumo por habitante chega a cinco quilos de agrotóxico por ano.
É de parar para pensar.


http://www.mpabrasil.org.br/


domingo, 2 de setembro de 2012

Educação ambiental e desenvolvimento sustentável.

LEFF, Enrique. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável. In REIGOTA, Marcos (org.). Verde cotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999 (p.111-129).
“A questão ambiental emerge como uma crise de civilização” (Leff, 1999: 112).
“[as rupturas desta crise] questionam os paradigmas do conhecimento, bem como os modelos societários da modernidade, defendendo a necessidade de construir outra racionalidade social, orientada por novos valores e saberes; por modos de produção sustentados em bases ecológicas e significados culturais; por novas formas de organização democrática” (Leff, 1999: 112).
“Esta mudança de paradigma social leva a transformar a ordem econômica, política e cultural, que, por sua vez, é impensável sem uma transformação das consciências e dos comportamentos das pessoas. Nesse sentido, a educação se converte em um processo estratégico com o propósito de formar os valores, as habilidades e as capacidades para orientar a transição na direção da sustentabilidade” (Leff, 1999: 112).
“A emergência da questão ambiental como problema do desenvolvimento e a interdisciplinaridade como método para um conhecimento integrado são respostas complementares à crise da racionalidade da modernidade” (Leff, 1999: 113).
“Frente ao ideal do projeto científico fundado na racionalidade formal e instrumental, de obter um controle crescente do mundo, através de sua capacidade de predicação, determinação e simplificação, a educação ambiental incorpora as dimensões da complexidade, da desordem, desequilíbrio e da incerteza no campo do conhecimento (Prigogine e Stenders 1984), afinados com os princípios da ecologia e da termodinâmica de sistemas abertos” (Leff, 1999: 114).
“A produção sustentável emerge, assim, como novo objeto científico interdisciplinar e a educação ambiental como um instrumento para a construção da racionalidade ambiental” (Leff, 1999:114).
“A interdisciplinaridade foi um ponto de referência constante dos projetos educativos, sobretudo no âmbito universitário. (…) Sem dúvida, os avanços teóricos, epistemológicos e metodológicos no terreno ambiental foram mais férteis no terreno investigativo que eficazes na condução de programas educativos” (Leff, 1999: 115).
“As resistências teóricas e pedagógicas fizeram com que muitos programas que susgiram com uma pretensão interdisciplinar fracassassem perante a dificuldade de integrar os paradigmas atuais de conhecimento” (Leff, 1999: 115).
“A educação ambiental requer a construção de novos objetos interdisciplinares de estudo através da problematização dos paradigmas dominantes, da formação dos docentes e da incorporação do saber ambiental emergente em novos programas curriculares” (Leff, 1999: 115).
“(…) seria necessário elaborar formas de avaliação qualitativa dos métodos da complexidade da ciência pós-normal (funtowics e Ravetz, 1994) aplicados à educação ambiental, desobrigando-a dos princípios da ciência positiva” (Leff, 1999: 116).
“Ainda que se tenha dado um desenvolvimento do saber ambiental em várias temáticas das ciências naturais e sociais, estes conhecimentos não se incorporaram plenamente aos conteúdos curriculares de novos programas educativos” (Leff, 1999: 116-117).
“Com a emergência da interdisciplinaridade e da complexidade, também surgiu uma filosofia da natureza e uma ética ambiental. Estas ecosofias vão desde a ecologia profunda (Naess, 1989) e o biocentrismo que defende os direitos da vida ante a intervenção antrópica da natureza, até a ecologia social que imprime novos valores democráticos à reorganização da sociedade a partir dos princípios de convivência, solidariedade, integração, autonomia e criatividade, em harmonia com a natureza (Bookchin, 1991)”.
“A consciência ambiental se manifesta como uma angústia de separação e uma necessidade de reintegração do homem na natureza” (Leff, 1999: 117).
“A visão ecologista levou a um certo esquematismo na definição da dimensão ambiental na educação básica. Em muitos casos, esta se reduz à incorporação de temas e princípios ecológicos às diferentes matérias de estudo – na língua materna, na matemática, na física, na biologia, na literatura e na educação cívica – e a um tratamento geral dos valores ecológicos (Unesco, 1985), ao invés de trabalhar com a forma de traduzir o conceito de ambiente e pensamento da complexidade para a formação de novas mentalidades, conhecimentos e comportamentos” (Leff, 1999: 118).
“A incorporação do meio ambiente à educação formal, em grande medida, se limitou a internalizar os valores de conservação da natureza; os princípios do ambientalismo se incorporaram através de uma visão das interrelações dos sistemas ecológicos e sociais para destacar alguns problemas mais visíveis da degradação ambiental” (Leff, 1999: 119).
“A educação ambiental interdisciplinar, entendida como a formação de habilidades para apreender a realidade complexa, foi reduzida à intenção de incorporar uma consciência ecológica no currículo tradicional” (Leff, 1999: 119).
“Sem dúvida, a educação ambiental ainda está muito longe de penetrar e trazer novas visões de mundo ao sistema educativo formal. Os princípios e valores ambientais que promovem uma pedagogia do ambiente devem ser enriquecidos com uma pedagogia da complexidade, que induza os alunos a uma visão de multicausalidade e de interrelações de seu mundo nas diferentes etapas do desenvolvimento psicogenético, que gerem um pensamento crítico e criativo baseado em novas capacidades cognitivas” (Leff, 1999: 119).
“Os princípios da educação ambiental não se traduzem diretamente no currículo integrado. Desta maneira, o que nos mostra a experiência de educação ambiental na América Latina, nos últimos vinte anos, é uma multiplicidade de projetos educativos e de estratégias formativas. Esta dispersão (…) expressa os interesses teóricos e disciplinares de quem assumiu a liderança e a responsabilidade na condução destes projetos” (Leff, 1999: 119-120).
“Os valores ambientais se induzem por diferentes meios (e não só dentro dos processos educativos formais), produzindo ‘efeitos educativos’” (Leff, 1999: 120).
“Estes valores, que expressam uma nova cultura política, estão penetrando no sistema educativo formal através da pesquisa participante e sua incorporação nos conteúdos curriculares. A politização dos valores ambientais está presente, também, nos projetos de educação não formal que grupos de ecologistas realizam com a comunidade (…)” (Leff, 1999: 120).
“Desta maneira, a aprendizagem é um processo de produção de significados e de apropriação subjetiva de saberes” (Leff, 1999: 121).
“A educação ambiental abre um processo de construção e apropriação de conceitos que geram sentidos divergentes sobre a sustentabilidade” (Leff, 1999: 122).
“Os desafios do desenvolvimento sustentável implicam na necessidade de formar capacidades para orientar um desenvolvimento fundado em bases tecnológicas, de equidade social, diversidade cultural e democracia participativa” (Leff, 1999: 120).
Educação ambiental e desenvolvimento sustentável
“Na educação ambiental confluem os princípios da sustentabilidade, da complexidade e da interdisciplinaridade. Sem dúvida, suas orientações e conteúdos dependem das estratégias de poder implícitas nos discursos de sustentabilidade e no campo do conhecimento” (Leff, 1999: 123).
“O discurso do desenvolvimento sustentável não é homogêneo. Pelo contrário, expressa estratégias conflitantes que respondem a visões e interesses diferenciados. Suas propostas vão desde um neoliberalismo econômico, até a construção de uma nova racionalidade produtiva” (Leff, 1999: 123).
“A perspectiva economicista privilegia o livre mercado como mecanismo para internalizar as externalidades ambientais e para valorizar a natureza, recodificando a ordem da vida e da cultura em termos de um capital natural e humano (Leff, 1996)” (Leff, 1999: 123).
“Pelo seu lado, as propostas tecnicistas destacam a desmaterialização da produção, a reciclagem dos dejetos e as tecnologias limpas (Hinterberger e Seifert, 1995).” (Leff, 1999: 123).
“A partir da perspectiva ética, as mudanças nos vlaores e nos comportamentos dos indivíduos aparecem como o princípio fundamental para alcançar a sustentabilidade” (Leff, 1999: 123).
“Cada uma destas perspectivas implica em projetos diferenciados de educação ambiental, centrados na formação econômica, técnica e ética, respectivamente” (Leff, 1999: 123).
“O pensamento da complexidade deve se enraizar nas bases ecológicas, tecnológicas e culturais que constituem uma nova racionalidade produtiva” (Leff, 1999: 124).
“A globalização econômica se apresenta como uma retotalização do mundo debaixo do signo do mercado, negando e reduzindo a potencializada da natureza, negando os saberes tradicionais e subjugando as culturas marginalizadas” (Leff, 1999: 124).
“A racionalidade ambiental implica em uma nova teoria da produção, em novos instrumentos de avaliação e em novas tecnologias ecológicas apropriáveis pelos próprios produtores; incorpora novos valores que dão novo sentido aos processos emancipatórios que redefinem a qualidade de vida das pessoas e o significado da existência humana (Leff, 1994 b)” (Leff, 1999: 124).
“As distintas vertentes da sustentabilidade terão, pois, importantes repercussões sobre as estratégias e os conteúdos da educação ambiental. Os efeitos sobre o processo educativo serão diferentes se o movimento para sustentabilidade global privilegia os mecanismos do mercado para valorizar a natureza e a mudança tecnológica para desmaterializar a produção e limpar o ambiente, ou se está baseado em uma nova ética e na construção de uma racionalidade ambiental” (Leff, 1999: 124-125).
“A educação ambiental foi reduzida a um processo geral de conscientização cidadã, à incorporação de conteúdos ecológicos e ao fracionamento do saber ambiental a uma capacitação aligeirada sobre problemas pontuais, nos quais a complexidade do conceito de ambiente foi reduzido e mutilado (…)” (Leff, 1999: 125).
“Neste propósito produtivista e eficientista se dissolve o pensamento crítico e reflexivo, pessoal e autônomo, para ceder o poder de decisão aos mecanismos de mercado, aos aparatos do Estado e às verdades científicas desvinculadas dos saberes pessoais, dos valores culturais e dos sentidos subjetivos (…)”(Leff, 1999: 126).
“A racionalidade ambiental conjuga uma nova ética e novos princípios produtivos com o pensamento da complexidade (…) requer um programa de educação ambiental compreensivo e complexo, aberto a um amplo espectro de atividades e atores” (Leff, 1999: 126).
“Na educação formal básica, trata-se de vincular a pedagogia do ambiente a uma pedagogia da complexidade (…). Isto implica em revalorizar o pensamento crítico, reflexivo e propositivo frente às condutas automatizadas que são geradas pelo pragmatismo e pelo utilitarismo da sociedade atual” (Leff, 1999: 126).
“Quanto à capacitação da comunidade, a inseminação de uma racionalidade ambiental (…) promove o resgate e a revalorização dos saberes tradicionais, assim como um processo de capacitação em que se amalgamam estes saberes com os conhecimentos científicos e tecnológicos modernos (…)”(Leff, 1999: 127).
“As estratégias educativas para o desenvolvimento sustentável implicam na necessidade de reavaliar e atualizar os programas de educação ambiental frente aos consensos gerais da Agenda 21” (Leff, 1999: 127).
“A educação ambiental formal implica em diferentes abordagens e estratégias em sés diferentes níveis e âmbitos, assim como no contexto de cada país e cada região do planeta. A educação para o desenvolvimento sustentável exige novas orientações e conteúdos; novas práticas pedagógicas, nas quais se plasmem as relações de produção de conhecimento e os processos de circulação, transmissão e disseminação do saber ambiental” (Leff, 1999: 127).
“Neste sentido, a educação ambiental adquire um sentido estratégico na condução do processo de transição para uma sociedade sustentável” (Leff, 1999: 128).

BANIR AGROTÓXICOS.

Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.

A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.

Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.

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