Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Dia dos Primatas!

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International Primate Day September 1st

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This year’s International Primate Day will be used by Animal Defenders International (ADI) to highlight the suffering of primates in laboratories around the world.   We are releasing shocking details of experiments and urging Congress to pass the Great Ape Protection & Cost Saving Act and other measures to protect primates.


You can make a personal commitment to primates on International Primate Day by adopting one of our rescued primates.  Why not help support one of our rescued laboratory monkeys?

Watch ADI’s Save The Primates video that helped secure the European Union’s latest measures to restrict monkey experiments, ban experiments on apes and wild caught monkeys, and to end the trapping of wild monkeys to stock laboratory monkey factory farms – these are currently being transposed into national laws across Europe.  Let’s make the same progress here.

Founded in 2005 by ADI, International Primate Day is a day on which the global threats to primates are highlighted, specifically those in laboratories and entertainment and taken for bushmeat and the pet trade.


Em:  http://hosted.verticalresponse.com/1083227/9ea3898ef7/521701993/122d4dee1d/

Trafico de Animais

Latest news from TRAFFIC

New campaign to tackle wildlife crime

Cambridge, UK, 29th August 2012—In response to record poaching levels of African Elephants and rhinos, TRAFFIC and programme partner WWF have launched a joint global campaign calling on governments to combat illegal wildlife trade and reduce demand for illicit endangered species products.

Almost 900 Star Tortoises seized in Thailand

Bangkok, Thailand, 29th August 2012—A suitcase filled with a whopping 890 Indian Star Tortoises has been seized, and an Indian national arrested at Bangkok’s Suvarnabhumi International airport.

Bear bile farming poses ongoing threat to wild bear conservation

Kuala Lumpur 24th August 2012—According to experts, the existence of bear bile farms has not reduced the pressure on wild bear populations. Instead, confiscation records indicate that cubs are routinely taken from the wild, especially from Southeast Asia, to stock bear farms, which supply much of the medicines and products in demand throughout Asia.

Frontline officers in Thailand learn anti-poaching skills

Bangkok, Thailand, 23rd August 2012—Frontline officers working in one of Thailand’s most important Tiger conservation areas will complete training this week to boost their knowledge and skills in the fight against poaching and illegal wildlife trade.

“Loose horns”, surging demand and easy money create “perfect storm” for rhino poaching


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Johannesburg, South Africa, 21st August 2012—A comprehensive new report into the rhino poaching crisis in South Africa documents how poor compliance over rhino horn stockpile management, loopholes in sport hunting policy, and surging demand for horn in Viet Nam created ideal conditions for the involvement of sophisticated criminal networks, leading to a dramatic escalation in poaching in southern Africa.

Thousands of marine turtle eggs seized - again

Kuala Lumpur, Malaysia 9th August 2012—In a repeat of events that took place just over a year ago, authorities in West Kalimantan, Indonesia, on Saturday foiled an attempt to smuggle close to 4,000 turtle eggs into neighbouring Sarawak, in Malaysia.

Notorious wildlife dealer caught red-handed in India

New Delhi, India, 3rd August 2012—A much wanted, suspected notorious illegal wildlife trader and poacher has been caught red handed carrying a Tiger skin and skeleton, two live turtles, ivory and some poaching equipment in Haryana, India.

Por Terra, Território e Dignidade!

Declaração do Encontro Nacional Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas

Por Terra, Território e Dignidade!
Após séculos de opressão e resistência, “as massas camponesas oprimidas e exploradas”, numa demonstração de capacidade de articulação, unidade política e construção de uma proposta nacional, se reuniram no “I Congresso Nacional dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas sobre o caráter da reforma agrária”, no ano de 1961, em Belo Horizonte. Já nesse I Congresso os povos do campo, assumindo um papel de sujeitos políticos, apontavam a centralidade da terra como espaço de vida, de produção e identidade sociocultural.
Essa unidade e força política levaram o governo de João Goulart a incorporar a reforma agrária como parte de suas reformas de base, contrariando os interesses das elites e transformando-se num dos elementos que levou ao golpe de 1964. Os governos golpistas perseguiram, torturaram, aprisionaram e assassinaram lideranças, mas não destruíram o sonho, nem as lutas camponesas por um pedaço de chão.
Após décadas de resistência e denuncias da opressão, as mobilizações e lutas sociais criaram condições para a retomada e ampliação da organização camponesa, fazendo emergir uma diversidade de sujeitos e pautas. Junto com a luta pela reforma agrária, a luta pela terra e por território vem afirmando sujeitos como sem terra, quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais, quebradeiras, comunidades tradicionais, agricultores familiares, camponeses, trabalhadores e trabalhadoras rurais e demais povos do campo, das águas e das florestas. Neste processo de constituição de sujeitos políticos, afirmam-se as mulheres e a juventude na luta contra a cultura patriarcal, pela visibilidade e igualdade de direitos e dignidade no campo.
Em nova demonstração de capacidade de articulação e unidade política, nós homens e mulheres de todas as idades, nos reunimos 51 anos depois, em Brasília, no Encontro Nacional Unitário de Trabalhadores e Trabalhadoras, Povos do Campo, das Águas e das Florestas, tendo como centralidade a luta de classes em torno da terra, atualmente expressa na luta por Reforma Agrária, Terra, Território e Dignidade.
Nós estamos construindo  a unidade em resposta aos desafios da desigualdade na distribuição da terra. Como nos anos 60, esta desigualdade se mantém inalterada, havendo um aprofundamento dos riscos econômicos, sociais, culturais e ambientais, em conseqüência da especialização primária da economia.
A primeira década do Século XXI revela um projeto de remontagem da modernização conservadora da agricultura, iniciada pelos militares, interrompida nos anos noventa e retomada como projeto de expansão primária para o setor externo nos últimos doze anos, sob a denominação de agronegócio, que se configura como nosso inimigo comum.
Este projeto, na sua essência, produz desigualdades nas relações fundiárias e sociais no meio rural, aprofunda a dependência externa e realiza uma exploração ultrapredatória da natureza. Seus protagonistas são o capital financeiro, as grandes cadeias de produção e comercialização de commodities de escala mundial, o latifúndio e o Estado brasileiro nas suas funções financiadora – inclusive destinando recursos públicos para grandes projetos e obras de infraestrutura – e (des)reguladora da terra.
O projeto capitalista em curso no Brasil persegue a acumulação de capital especializado no setor primário, promovendo super-exploração agropecuária, hidroelétrica, mineral e petroleira. Esta super-exploração, em nome da necessidade de equilibrar as transações externas, serve aos interesses e domínio do capital estrangeiro no campo através das transnacionais do agro e hidronegócio.
Este projeto provoca o esmagamento e a desterritorialização dos trabalhadores e trabalhadoras dos povos do campo, das águas e das florestas. Suas conseqüências sociais e ambientais são a não realização da reforma agrária, a não demarcação e reconhecimento de territórios indígenas e quilombolas, o aumento da violência, a violação dos territórios dos pescadores e povos da floresta, a fragilização da agricultura familiar e camponesa, a sujeição dos trabalhadores e consumidores a alimentos contaminados e ao convívio com a degradação ambiental. Há ainda conseqüências socioculturais como a masculinização e o envelhecimento do campo pela ausência de oportunidades para a juventude e as mulheres, resultando na não reprodução social do campesinato.
Estas conseqüências foram agravadas pela ausência, falta de adequação ou caráter assistencialista e emergencial das políticas públicas. Estas políticas contribuíram para o processo de desigualdade social entre o campo e a cidade, o esvaziamento do meio rural e o aumento da vulnerabilidade dos sujeitos do campo, das águas e das florestas. Em vez de promover a igualdade e a dignidade, as políticas e ações do Estado, muitas vezes, retiram direitos e promovem a violência no campo.
Mesmo gerando conflitos e sendo inimigo dos povos, o Estado brasileiro nas suas esferas do Executivo, Judiciário e Legislativo, historicamente vem investindo no fortalecimento do modelo de desenvolvimento concentrador, excludente e degradador. Apesar de todos os problemas gerados, os sucessivos governos – inclusive o atual – mantêm a opção pelo agro e hidronegócio.
O Brasil, como um país rico em terra, água, bens naturais e biodiversidade, atrai o capital especulativo e agroexportador, acirrando os impactos negativos sobre os territórios e populações indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e camponesas. Externamente, o Brasil vem se tornando alavanca do projeto neocolonizador, expandindo este modelo para outros países, especialmente na América Latina e África.
Torna-se indispensável um projeto de vida e trabalho para a produção de alimentos saudáveis em escala suficiente para atender as necessidades da sociedade, que respeite a natureza e gere dignidade no campo. Ao mesmo tempo, o resgate e fortalecimento dos campesinatos, a defesa e recuperação das suas culturas e saberes se faz necessário para projetos alternativos de desenvolvimento e sociedade.
Diante disto, afirmamos:
1)       a reforma agrária como política essencial de desenvolvimento justo, popular, solidário e sustentável, pressupondo mudança na estrutura fundiária, democratização do acesso à terra, respeito aos territórios e garantia da reprodução social dos povos do campo, das águas e das florestas.
2)      a soberania territorial, que compreende o poder e a autonomia dos povos em proteger e defender livremente os bens comuns e o espaço social e de luta que ocupam e estabelecem suas relações e modos de vida, desenvolvendo diferentes culturas e  formas de produção e reprodução,  que marcam e dão identidade ao território.
3)      a soberania alimentar como o direito dos povos a definir suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à alimentação adequada a toda a população, respeitando suas culturas e a diversidade dos jeitos de produzir, comercializar e gerir estes processos.
4)      a agroecologia como base para a sustentabilidade e organização social e produtiva da agricultura familiar e camponesa, em oposição ao modelo do agronegócio. A agroecologia é um modo de produzir e se relacionar na agricultura, que preserva a biodiversidade, os ecossistemas e o patrimônio genético, que produz alimentos saudáveis, livre de transgênicos e agrotóxicos, que valoriza saberes e culturas dos povos do campo, das águas e das florestas e defende a vida.
5)      a centralidade da agricultura familiar e camponesa e de formas tradicionais de produção e o seu fortalecimento por meio de políticas públicas estruturantes, como fomento e crédito subsidiado e adequado as realidades; assistência técnica baseada nos princípios agroecológicos; pesquisa que reconheça e incorpore os saberes tradicionais; formação, especialmente da juventude; incentivo à  cooperação, agroindustrialização e comercialização.
6)      a necessidade de relações igualitárias, de reconhecimento e respeito mútuo, especialmente em relação às mulheres, superando a divisão sexual do trabalho e o poder patriarcal e combatendo todos os tipos de violência.
7)      a soberania energética como um direito dos povos, o que demanda o controle social sobre as fontes, produção e distribuição de energia, alterando o atual modelo energético brasileiro.
8)      a educação do campo, indígena e quilombola como ferramentas estratégicas para a emancipação dos sujeitos, que surgem das experiências de luta pelo direito à educação e por um projeto político-pedagógico vinculado aos interesses da classe trabalhadora.  Elas se contrapõem à educação rural, que tem como objetivo auxiliar um projeto de agricultura e sociedade subordinada aos interesses do capital, que submete a educação escolar à preparação de mão-de-obra minimamente qualificada e barata e que escraviza trabalhadores e trabalhadoras no sistema de produção de monocultura.
9)      a necessidade de democratização dos meios de comunicação, hoje concentrados em poucas famílias e a serviço do projeto capitalista concentrador,  que criminalizam os movimentos e organizações sociais do campo, das águas e das florestas.
10)   a necessidade do reconhecimento pelo Estado dos direitos das populações atingidas por grandes projetos, assegurando a consulta livre, prévia e informada e a reparação nos casos de violação de direitos.
Nos comprometemos:
1.a fortalecer as organizações sociaisa intensificar o processo de unidade entre os trabalhadores e trabalhadoras, povos do campo, das águas e das florestas, colocando como centro a luta de classes e o enfrentamento ao  inimigo comum, o capital e sua expressão atual no campo, o agro e hidronegócio.
2.a ampliar a unidade nos próximos períodos, construindo pautas comuns e processos unitários de luta pela realização da reforma agrária, pela reconhecimento, titulação, demarcação e desintrusão das terras indígena, dos territórios quilombolas e de comunidades tradicionais, garantindo direitos territoriais, dignidade e autonomia.
3.a fortalecer a luta pela reforma agrácomo bandeira unitária dos trabalhadores e trabalhadoras e povos do campo, das águas e das florestas.
4.a construir e fortalecer alianças entre sujeitos do campo e da cidade, em nível nacional e internacional, em estratégias de classe contra o capital e em defesa de uma sociedade justa, igualitária, solidária e sustentável.
5.a lutar pela transição agroecológica massiva, contra os agrotóxicos, pela produção de alimentos saudáveis, pela soberania alimentar, em defesa da biodiversidade e das sementes.
6.a construir uma agenda comum para rediscutir os critérios de construção, acesso, abrangência, caráter e controle social sobre as políticas públicas, a exemplo do PRONAF, PNAE, PAA, PRONERA, PRONACAMPO, pesquisa e extensão, dentre outras, voltadas para os povos do campo, das águas e das florestas.
7.a fortalecer a luta das mulheres por direitos, pela igualdade e pelo fim da violência.
8.a ampliar o reconhecimento da importância estratégica da juventude na dinâmica do desenvolvimento e na reprodução social dos povos do campo, das águas e das florestas.
9.a lutar por mudanças no atual modelo de produção pautado nos petro-dependentes, de alto consumo energético.
10. a combater e denunciar a violência e a impunidade no campo e a criminalização das lideranças e movimentos sociais, promovidas pelos agentes públicos e privados.
11. a lutar pelo reconhecimento da responsabilidade do Estado sobre a morte e desaparecimento forçado de camponeses, bem como os direitos de reparação aos seus familiares, com a criação de uma comissão camponesa pela anistia, memória, verdade e justiça para incidir nos trabalhos da Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos políticos, visando a inclusão de todos afetados pela repressão.
Nós, trabalhadores e trabalhadoras, povos do campo, das águas e das florestas exigimos o redirecionamento das políticas e ações do Estado brasileiro, pois o campo não suporta mais.  Seguiremos em marcha, mobilizados em unidade e luta e, no combate ao nosso inimigo comum, construiremos um País e uma sociedade justa, solidária e sustentável.
Brasília, 22 de agosto de 2012.
Associação das Casas Familiares Rurais (ARCAFAR)
Associação das Mulheres do Brasil (AMB)
Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA)
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)
Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
CARITAS Brasileira
Coordenação Nacional dos Quilombolas (CONAQ)
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG)
Comissão Pastoral da Pesca (CPP)
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB)
Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF)
FASE
Greenpeace
INESC
Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Movimento Camponês Popular (MCP)
Movimento das Mulheres Camponesas (MMC)
Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE)
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB)
Oxfam Brasil
Pastoral da Juventude Rural (PJR)
Plataforma Dhesca
Rede Cefas
Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF)
SINPRO DF
Terra de Direitos
Unicafes
VIA CAMPESINA BRASIL
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Pedro Munhoz - Canção da terra


Pedro Munhoz - Canção da terra

Canção da terra
Pedro Munhoz
Tudo aconteceu num certo dia
Hora de Ave Maria
O Universo viu gerar
No princípio, o verbo se fez fogo
Nem Atlas tinha o Globo
Mas tinha nome o lugar
Era terra, terra, terra, terra

E fez o criador a Natureza
Fez os campos e florestas
Fez os bichos, fez o mar
Fez por fim, então, a rebeldia
Que nos dá a garantia
Que nos leva a lutar
Pela terra, terra, terra, terra

Madre Terra, nossa esperança
Onde a vida dá seus frutos
O teu filho vem cantar
Ser e ter o sonho por inteiro
Sou Sem Terra, sou guerreiro
Com a missão de semear
A terra, terra,

Mas, apesar de tudo isso
O latifúndio é feito um inço
Que precisa acabar
Romper as cercas da ignorância
Que produz a intolerância
Terra é de quem plantar
A terra, terra,
terra, terra

Movimento Campones Popular

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Os sete mil participantes do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas marcharam mais de oito quilômetros, ontem (22), saindo do Parque da Cidade e chegando ao Palácio do Planalto. Três mil servidores públicos em greve, estudantes e demais militantes de entidades da sociedade civil participaram da mobilização, totalizando mais de dez mil pessoas, em luta, na capital federal.
600 camponeses e camponesas do MCP participaram da mobilização de denúncia da paralisação da Reforma Agrária, prioridade do governo ao agronegócio e desassistência à agricultura camponesa. A marcha criticou os malefícios do agronegócio, que faz com que o Brasil seja o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, concentra terras, gera miséria e problemas socioambientais no campo e na cidade.
Em contrapartida, a agricultura camponesa produz mais de 70% da comida que vai à mesa dos brasileiros e brasileiras e emprega 75% da mão de obra no campo. Apesar da importância da agricultura familiar camponesa no desenvolvimento do país, a situação é crítica. São mais de quatro milhões de analfabetos, 40% da população abaixo da linha de pobreza e 800 mil famílias endividadas. 
Altacir Bunde, da coordenação do MCP, afirma que essa situação é resultado dos equívocos e da falta de eficiência das políticas agrícolas para a agricultura camponesa em nosso país. “O governo não valoriza o campesinato nem a produção camponesa. O governo tem apoiado o agronegócio, transferindo renda para as multinacionais através da compra de sementes, adubos, venenos, máquinas e outros. Diante disso, é preciso rever e reconstruir as políticas públicas para o campesinato brasileiro, baseado em um novo modelo de desenvolvimento, tendo como centro a produção camponesa. É por isso que seguiremos fortalecendo nossa unidade e nossa luta”, reitera Altacir.
A união dos movimentos sociais do campo, das águas e das florestas, 51 anos após o Congresso Camponês, sinaliza um importante momento de unidade e intensificação de lutas, em conjunto, para pressionar o governo por transformações no campo. A pauta comum objetiva a transição do modelo agrícola atual para um modelo agroecológico, com respeito à natureza e identidade dos povos.
Ocupação da Praça dos Três Poderes
Ao final da marcha, os militantes ocuparam a Praça dos Três Poderes e foram repreendidos com violência pela polícia. A tensão não desencorajou os milhares de manifestantes que permaneceram por mais de uma hora no local. Barracos de lona preta foram erguidos, simbolizando a lentidão da Reforma Agrária e dificuldades enfrentadas por milhares de camponeses e camponesas.
Cerca de 15 mulheres, representantes de diversos movimentos sociais, entregaram a Declaração Final do Encontro Unitário, ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.  Aline Nascimento, da coordenação nacional do MCP participou da entrega.
“Nós do MCP reconhecemos que nos últimos anos vários setores da sociedade tiveram conquistas econômicas e sociais significativas. Mas, quais foram às conquistas das famílias camponesas? A concentração de terra segue, a reforma agrária está em marcha ré, a pobreza e o analfabetismo no campo permanecem. As famílias camponesas querem permanecer na roça produzindo alimentos para o povo brasileiro e cuidar do meio ambiente. Como conseguir isso com as políticas públicas ineficientes?”, questiona Aline.
O documento ressalta a importância da mudança do atual modelo de desenvolvimento no campo, para o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e da adoção de práticas agroecológicas para garantir uma alimentação saudável para a população brasileira. Além da necessidade de ações mais efetivas do governo para acabar com a violência no campo contra trabalhadores, trabalhadoras, comunidades tradicionais e indígenas.
A declaração também destaca a necessidade urgente da Reforma Agrária como política essencial para um desenvolvimento justo, respeito às mulheres, garantia da educação no campo e democratização dos meios de comunicação. O encerramento do encontro unitário foi realizado em frente ao Congresso Nacional.
A união dos movimentos sociais segue e será intensificada. Foram feitos diversos encaminhamentos de articulações e novas mobilizações em conjunto. O encontro atingiu o objetivo de afirmar a luta dos povos e grupos sociais reunidos pelo direito a terra e iniciar um processo de unidade de luta e elaboração de pautas comuns.


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Comunicação MCP
Marina Muniz Mendes
62 32259674 / 62 99263572

Twitter: @_mcpbrasil
skype: comunicacao.mcp
 

MANIFESTO DO FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO - FONEC

MANIFESTO DO FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO - FONEC

FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
MANIFESTO À SOCIEDADE BRASILEIRA

As entidades integrantes do Fórum Nacional de Educação do Campo - FONEC, reunidas de 15 a 17 de agosto de 2012, em Brasília, com a participação de 16 (dezesseis) movimentos e organizações sociais e sindicais do campo brasileiro e 35 (trinta e cinco) instituições de ensino superior, para realizar um balanço crítico da Educação do Campo no Brasil, decidiram tornar público o presente Manifesto:

1. A Educação do Campo surge das experiências de luta pelo direito à educação e por um projeto político pedagógico vinculado aos interesses da classe trabalhadora do campo, na sua diversidade de povos indígenas, povos da floresta, comunidades tradicionais e camponesas, quilombolas, agricultores familiares, assentados, acampados à espera de assentamento, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e trabalhadores assalariados rurais.
2. A Educação do Campo teve como ponto de partida o I Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária - I ENERA em 1997, e o seu batismo aconteceu na I Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do Campo realizada em 1998, reafirmada nos eventos que vieram a sucedê-los. O eixo principal do contexto de seu surgimento foi a necessidade de lutas unitárias por uma política pública de Educação do Campo que garantisse o direito à educação às populações do campo e que as experiências político-pedagógicas acumuladas por estes sujeitos fossem reconhecidas e legitimadas pelo sistema público nas suas esferas correspondentes.
3. Deste processo de articulação e lutas algumas conquistas dos trabalhadores camponeses organizados merecem destaque: a criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA; as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo (2002); A Licenciatura em Educação do Campo (PROCAMPO); o Saberes da Terra; as Diretrizes Complementares que institui normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da educação básica do campo (2008); o reconhecimento dos dias letivos do tempo escola e tempo comunidade das instituições que atuam com a pedagogia da alternância (Parecer 01/2006 do CEB/CNE), a criação dos Observatórios de Educação do Campo, além da introdução da Educação do Campo nos grupos e linhas de pesquisa e extensão em muitas Universidades e Institutos, pelo País afora e o Decreto n.º 7.352/2010, que institui a Política Nacional de Educação do Campo.
4. A Educação do Campo nasceu no contraponto à Educação Rural, instituída pelo Estado brasileiro, como linha auxiliar da implantação de um projeto de sociedade e agricultura subordinado aos interesses do capital, que submeteu e pretende continuar submetendo a educação escolar ao objetivo de preparar mão-de-obra minimamente qualificada e barata, sem perspectiva de um projeto de educação que contribua à emancipação dos camponeses.
5. O Estado brasileiro, nas diferentes esferas (federal, estadual e municipal), na contramão do acúmulo construído pelos sujeitos camponeses volta hoje a impor políticas que reeditam os princípios da educação rural, já suficientemente criticados pela história da educação do campo, associando-se agora aos interesses do agronegócio e suas entidades representativas (CNA, ABAG e SENAR). Este projeto produz graves consequências para o país, como miséria no meio rural e a consequente exclusão de grandes massas de trabalhadores, a concentração de terra e capital, o fechamento de escolas no campo, o trabalho escravo, o envenenamento das terras, das águas e das florestas. Esse projeto não serve aos trabalhadores do campo.
6. A Educação do Campo está vinculada a um projeto de campo que se constrói desde os interesses das populações camponesas contemporâneas. Portanto está associada à Reforma Agrária, à soberania alimentar, a soberania hídrica e energética, à agrobiodiversidade, à agroecologia, ao trabalho associado, à economia solidária como base para a organização dos setores produtivos, aos direitos civis, à cultura, à saúde, à comunicação, ao lazer, a financiamentos públicos subsidiados à agricultura familiar camponesa desde o plantio até à comercialização da produção em feiras livres nos municípios e capitais numa relação em aliança com o conjunto da população brasileira.
7. Vivemos no campo brasileiro uma fase de aprofundamento do capitalismo dependente associado ao capital internacional unificado pelo capital financeiro (Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio - OMC, Transnacionais da Agricultura - Monsanto, Syngenta, Stora Enzo...), com o suporte direto do próprio Estado brasileiro para a produção de commodities. Tudo isso legitimado por leis (Código Florestal, lei dos transgênicos...) que, facilitam o saque e a apropriação de nossos recursos naturais (terra, água, minérios, ar, petróleo, biodiversidade) e recolonizam nosso território.
8. Movido pela lógica de uma política econômica falida pela vulnerabilidade externa e pelo endividamento interno que compromete 45% do orçamento brasileiro, o Governo impõe severas medidas de contingenciamento de recursos da Reforma Agrária, saúde e educação. Os resultados para a população camponesa é a desterritorialização progressiva das comunidades. Esse quadro se agrava ainda mais pela deslegitimação da participação popular na implementação e execução das políticas públicas.
9. A partir de uma reivindicação histórica das organizações de trabalhadores que integram a luta por um sistema público de Educação do Campo, projetado a partir do Decreto nº 7.352 de 2010, mas contrariando e se contrapondo às reivindicações dos sujeitos que por ele continuam lutando, o MEC lançou, em março de 2012, o Programa Nacional de Educação do Campo – PRONACAMPO. Do que já foi possível ter acesso a esse programa até o presente momento, reconhecemos algumas respostas positivas às nossas reivindicações, porém insuficientes para enfrentar o histórico desmonte da educação da população do campo.

Assim, denunciamos como aspectos especialmente graves, os seguintes:
i. A implementação do PRONACAMPO atenta contra os próprios princípios da LDB, ao não instituir a gestão democrática e colocando apenas o sistema público estatal (estadual e municipal) como partícipe do Programa, ignorando experiências de políticas públicas inovadoras e de sucesso, que reconheceram e legitimaram o protagonismo dos sujeitos do campo na elaboração de políticas públicas como sujeitos, não apenas beneficiários.
ii. O Programa aponta para um desvirtuamento das propostas apresentadas, especialmente em relação à educação profissional e à formação de educadores, se realizada através da modalidade de Educação a Distância.
iii. É gritante e ofensiva ao povo brasileiro a ausência de uma política de Educação de Jovens e Adultos, especialmente de alfabetização de jovens e adultos e de Educação Infantil para o campo.
iv. Não reconhecemos a proposta do PRONATEC Campo elaborada pelo SENAR/CNA, pelo projeto de campo que representa e porque como política o PRONATEC ignora as experiências de Educação Profissional realizadas por instituições como SERTA, MOC, ITERRA, Escolas Famílias Agrícola - EFA´s, Casas Familiares Rurais - CFR’s e pelo próprio PRONERA em parceria com os Institutos Federais, entre outras.
v. Não reconhecemos igualmente, a proposta de Formação de Educadores, a ser feita pela UAB, porque a formação de educadores à distância, especialmente a formação inicial é considerada um fracasso pelas próprias instituições dos educadores, como a ANFOP, além do que desconsidera também o acúmulo das organizações sociais, sindicais e universidades na formação presencial de educadores do campo.
vi. Denunciamos, com veemência, o esvaziamento dos espaços de diálogo e construção de políticas públicas com a presença dos movimentos e organizações sociais e sindicais do campo no âmbito do Ministério da Educação, secundarizando e negando a construção coletiva como princípio da Educação do Campo.
                                                                                                                                                               Em vista destas denúncias, apresentamos nossas proposições:
1) Redirecionamento imediato pelo Ministério da Educação, do processo de elaboração e implementação do PRONACAMPO e suas ações, reconhecendo e legitimando os sujeitos da Educação do Campo, na sua diversidade, em âmbito federal, estadual e municipal.
2) Definição de políticas que visem à criação de um sistema público de Educação do Campo que assegure o acesso universal a uma educação de qualidade, em todos os níveis, voltada para o desenvolvimento dos territórios camponeses, na diversidade de sujeitos que os constituem.
3) Resgate do protagonismo dos movimentos/organizações sociais e sindicais do campo na proposição e implementação das políticas públicas e dos programas federais, estaduais e municipais de educação.
4) Elaboração de políticas públicas que tenham como base um projeto popular para a agricultura brasileira, as experiências dos movimentos e organizações sociais e sindicais e os princípios da Educação do Campo.
5) Revogação do dispositivo do Acórdão do TCU ao PRONERA, que proíbe que os projetos dos cursos formais mencionem as organizações legítimas do campo como CONTAG, MST e outras, na condição de instituições demandantes e participantes dos projetos.
6) Ampliação das metas de construção de escolas no campo, uma vez que as apresentadas são tímidas diante das 37 mil escolas fechadas nos últimos anos.
7) Elaboração de um Plano de construção, reforma e ampliação de escolas, bem como a adaptação das estruturas físicas a fim de atender as crianças e jovens do campo, as pessoas com deficiências, além de bibliotecas, quadras esportivas, laboratórios, internet, entre outras. Garantia de transporte escolar intra-campo e de qualidade, para o deslocamento dos estudantes com segurança.
8) Solução imediata e massiva para o analfabetismo no campo, articulado a um processo de escolarização básica.
9) Elaboração de uma política de Educação Infantil do Campo.
10) Fortalecimento e criação de Núcleos de Estudos e Observatórios de Educação do Campo nas universidades e institutos, a fim de realizar programas de extensão, pesquisas, cursos formais, formação continuada de educadores/as, apoiando e construindo, com os sujeitos do campo, a educação da classe trabalhadora camponesa.
Este Manifesto foi reafirmado e apoiado pelos participantes do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, realizado em Brasília nos dias 20 a 22 de agosto de 2012.
Educação do Campo: por Terra, Território e Dignidade!
Brasília-DF, 21 de agosto de 2012.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Plágio em Ciência...


...and still more plagiarism


This week, I attended the 12th International Paleolimnology Symposium 
held at Glasgow (UK). One of the sessions (S14) was entitled: 
"Palaeoecological reflections on biodiversity: challenges and new advances"
The keynote speaker of this session was Prof. R. T. Paterson,
from the Carleton University, Ontario, Canada, and the title of his talk was:
"Community structure dynamics and biodiversity across a continuum of past,
 present and future" (S14-KN). 
As the concept of time continuum in ecology has been fully addressed in 
a couple of my more recent publications (Rull, 2010; 2012), I was very 
interested in this talk. But what was my surprise when, in the first 
two slides, they appeared a couple of general sentences taken almost
 literally from the abstract of one one of my papers on the subject (Rull, 2010)
 without citation (the rest of the talk was full of citations to papers from where 
data and/or ideas were derived). The same sentences appear in the 
abstract of the talk, and I reproduce them followed by my own for comparison:

"...sedimentary records archive a time continuum through which species 
and communities flow as they evolve and undergo ecologic transformations. 
Although both ecologists and paleoecologists share a common goal 
of gaining a fuller understanding of biosphere processes,..." (Patterson, 2012).

"...past, present and future are not discrete units but a time continuum through
 which species and communities flow, change and evolve; and that ecology and 
palaeoecology are only different approaches with a common objective,
 which is the ecological understanding of the biosphere..."(Rull, 2010).
 By the way, this is also the main sub-header statement of this blog.


These ideas would be shared by a number of paleoecologists
 (especially after my 2010 and 2012 papers), but the form in which 
they are written they perfectly match with the Hames' (2007) 
definition of plagiarism ("...the taking and use other's ideas, writings 
and inventions, and passing them of as one's own, i.e. without giving 
credit to the originator"). It would be hard to convince someone that
 the author of the first paragraph has not read the paper quoted in 
the second. Moreover, the key message of Patterson's talk would 
have been the same with or without the reproduction of my sentences 
and ideas as an introduction to the subject. There was no any need for
 such a procedure, unless the author wanted to be recognized as the
 originator of them (which is not possible after my 2010 and 2012 papers).

I am still astonished and I don't know how to interpret this issue.
 Unfortunately, this is not the first time that I feel plagiated
 (see Plagiarism in the Lost World, among others) and 
I still don't understand the need for such practices, 
especially when coming from recognized scientists who don't 
need this to be acknowledged as such.

References
Hames, I. 2007. Peer review and manuscript management in scientific journlas.
 Blackwell, Oxford, 293 p.
Patterson, R. T. 2012. Community structure dynamics and biodiversity across a
 continuum of past, present and future. 
Abstracts of the 12th International Paleolimnology Symposium, 
Glasgow 21-26 August 2012, p. 171.
Rull, V. 2010. Ecology and paleoecology: two approaches and one objective.
 Open Ecology Journal, 3: 1-5. 
Rull, V. 2012. Community Ecology: diversity and dynamics over time.
 Community Ecology, 13: 102-116.

Acessar e pensar ... Resíduos Sólidos!

http://midiasocial.rebea.org.br/noticias/41-eventos-e-conferencias/372-fase-nacional-da-4o-conferencia-nacional-infantojuvenil-pelo-meio-ambiente-acontece-em-2013


Em pauta, um dos inúmeros itens que,  que devem ser abordados quando a temática ambiental é citada: os resíduos sólidos.
Ainda nos debateremos por muito tempo com temas "deslocados", vistos isoladamente, que, como a EA, devem ser tratados de forma transversal.
Resíduos sólidos aos montes são decorrentes da visão segmentadaque teima em não considerar que "' os restos de um servem de alimento para o outro". Esse ciclo virtuoso não está presente; não é considerado nos processos produtivos.

Minha bacia hidrográfica, aquela em que moro, que recebe meus resíduos,estará em breve atolada em fezes de aves (galinhas e frangos que serão abatidos e em parte, exportados)
E o manejo desse passivo ficará na responsabilidade de quem? Da indústria de abate?Do governo? Dos consumidores? 

Não. Do agricultor, que, iludido pelo canto da sereia das abatedoras chamadas "integradoras", fica escravizado a tal ponto de não ser responsável pelo alimento dado às aves(recebe a ração pronta), pelos "remédios", pelos pintinhos que chegam aos montes para serem engordados e abatidos. Sua inteligência, criatividade não são consideradas nesse processo. Apenas sua capacidade de "repetir a receita"idealizada pelo capital.
 No entanto, ele, com seus poucos recursos financeiros e em alguns casos, técnicos para enfrentar esse passivo, é responsável pelo manejo dos dejetos.Estes são ricos em compostos nitrogenados, e portanto, fonte de contaminação (eutrofização) de águas superficiais e subterrâneas.

Quando o comitê de minha bacia hidrográfica ficou sabendo desse boom de crescimento de criadores de aves para abate, percebeu-se que não havia nenhuma estratégia para incorporar responsavelmentetais resíduos nos sistemas produtivos por parte da empresa integradora. Não se preocuparam com a ciclagem.
Pois enquanto as LEIS NATURAIS não forem disseminadas entre tod@s pela via da Alfabetização Ecológica para incorporar visões críticas a respeito desse tipo de estratégia de ocupação territorial pelo capital, este continuará nadando de braçadas em nossas bacias hidrográficas, continuará poluindo e criando novos depósitos de resíduos em outros territórios outrora limpos. 

Senso crítico com base nas Leis Naturais: essa lacuna precisa ser preenchida para superarmos a fase das Leis de mercado que ainda dominam as decisões cotidianas, para que as Leis Naturais balizem cada uma delas.

Nesse momento, a ciência da Agroecologia vem trazendo uma oportunidade ímpar: buscar a incorporação da ecologia nos sistemas produtivos agrícolas. Que isso esteja acontecendo na agricultura, donde tudo começou (nossa "cultura"), me parece um bom recomeço. Um novo ciclo que desponta. E que seja capaz de nos alimentar com frutos e sementes saudáveis.
Att: WM
Bacia Hidrográfica do Ribeirão Jequitibá Sertão de Minas

  Em: REBEA@yahoogrupos.com.br

BANIR AGROTÓXICOS.

Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.

A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.

Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.

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