Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Os impactos da soja no Cone Sul


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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS
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Os impactos da soja no Cone Sul
 
 
Car@s Amig@s,
 
A demanda europeia por soja impacta diretamente a forma como a terra e os agrotóxicos são usados nos países do Cone Sul. Contraditoriamente, esses mesmos países que demandam mais e mais da oleaginosa proíbem em seu território o cultivo de transgênicos e o uso de produtos tóxicos, como o Paraquat, cada vez mais aplicado nas áreas de soja Roundup Ready. Exportam para cá os impactos negativos de um modelo insustentável de produção. Em troca, exportamos para lá commodities de baixo valor agregado. Essas conclusões fazem parte do relatório recentemente divulgado por um grupo de pesquisadores ligados à UFSC (Brasil), Genok (Noruega), Redes-Amigos de la Tierra (Uruguai) e BASE (Paraguai).
 
Ao mergulhar na literatura científica e nos dados oficiais disponíveis para Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, os autores do estudo concluíram também que:
 
- a área destinada à produção de soja no Cone Sul cresce rapidamente, sobretudo após a liberação da soja transgênica;
- o aumento da área de soja é acompanhado por um movimento simultâneo de substituição e deslocamento de outras culturas e atividades agrícolas;
- os volumes crescentes de soja produzidos no Cone Sul são resultado direto do aumento da área cultivada e não do aumento da produtividade; isso também mostra que a introdução da soja transgênica não contribuiu para o aumento da produtividade da cultura;
- a expansão da área cultivada com soja contribui direta e indiretamente para o desmatamento, ampliando a fronteira agrícola nos países produtores;
- a atual dinâmica da produção de soja no Cone Sul está levando a uma concentração massiva da terra, com uma proporção significativa de propriedades em mãos de estrangeiros;
- a produção comercial de soja resulta num uso crescente de agrotóxicos, sobretudo herbicidas;
- o próprio manejo das plantações de soja RR leva ao desenvolvimento de plantas resistentes ao glifosato, que por sua vez puxa o consumo de produtos mais tóxicos, alguns deles banidos em outras partes do mundo;
- a massiva expansão da área de soja está ligada à demanda para ração animal e produção de biocombustíveis.
 
Essas conclusões estão todas fartamente amparadas em gráficos e tabelas sistematizadas no relatório e na revisão feita pelos autores. Sua mensagem final é que é necessária uma avaliação mais abrangente das complexas interações ecológicas, econômicas, sociais e mesmo éticas dessa corrida desenfreada pela produção e exportação de soja. Considerando que o próprio estudo já fornece essa análise, integrada e atualizada, o desafio que resta é político. No Brasil, 5% dos produtores de soja controlavam 59% da área cultivada em 2006. Ou ainda, 40 mil proprietários possuem atualmente 50% da terra e elegem entre 100 e 120 deputados. Enquanto isso significar base de apoio para a coalizão que mantém o governo, a questão do modelo de produção não será pauta de sua agenda política. Para um país que quer se ver sem miséria não cabe manter esse padrão que gera exclusão e desigualdade.
 
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O relatório Soybean Production in the Southern Cone of the Americas: update on Land and Pesticide Use está disponível em inglês e espanhol na página do Genok.
 
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Neste número:

1. Produtores pedem ajuda para liberação de soja transgênica para China
2. Agricultores desconfiam da nova soja RR da Monsanto
3. Consultoria prevê aumento de 12% na área de transgênicos no Brasil
4. Frente Parlamentar da Agroecologia vai estimular debate sobre alimentação saudável
5. Monsanto vence disputa e DuPont é condenada a pagar US$ 1 bi
 
A alternativa agroecológica

Comitê paulista da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lança vídeo em busca de apoio
 
Evento:
 
 
Comunidade: Pinhalzinho
Data: 19 de agosto de 2012

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