Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Agricultores e gestores em busca de mudanças nas Políticas Públicas sobre Sementes‏





As sementes crioulas, sugestivamente chamadas na Paraíba de Sementes da Paixão,
 são aquelas melhoradas e conservadas pelas famílias agricultoras ao longo de séculos,
 adaptadas às suas condições de solo e clima, às suas práticas de manejo e preferências
 culturais.
Historicamente, as comunidades agrícolas têm sido responsáveis pela conservação de
 uma riquíssima diversidade de espécies e variedades, adaptadas aos mais diferentes usos
 e necessidades. Essa diversidade faz parte da estratégia produtiva desses agricultores:
 elas fornecem alternativas de alimentos, forragem, fibras e remédios ao longo do ano,
 entre outras vantagens, enriquecendo a dieta e diversificando as possibilidades de
 obtenção de renda.
Apesar dessa enorme importância, ao longo das últimas décadas a legislação e as
políticas públicas caminharam no sentido de colocar essa riqueza em risco. Até bem
 pouco tempo, as sementes crioulas sequer eram reconhecidas pela legislação brasileira:
eram consideradas “grãos”, e não sementes, e ficavam excluídas de todas as políticas.
Com a aprovação da nova Lei de Sementes (10.711), em 2003, as sementes crioulas
 passaram a ser oficialmente reconhecidas e ficou vedada sua exclusão de programas
de financiamento ou de programas públicos de distribuição ou troca de sementes
destinados a agricultores familiares. Essa mudança permitiu avanços importantes
 no trabalho de resgate, conservação e uso de sementes crioulas em muitas regiões
 do Brasil, mas algumas dificuldades permanecem.
Um dos fatores que estão na raiz desse problema é a dificuldade que têm os órgãos
 governamentais, bem como as instituições de pesquisa e ensino, de reconhecer a
qualidade do material genético melhorado e manejado pelos agricultores familiares.
Para comprovar cientificamente a importância das variedades crioulas para a
 agricultura familiar do semiárido, a Rede de Sementes da Articulação do Semiárido
 Paraibano (ASA-PB), buscou apoio da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Com recursos
 do CNPq, foram realizados, por três anos, ensaios de competição entre três sementes
de variedades “comerciais” (duas das quais distribuídas pelo governo na região) e
outras cerca de 20 variedades crioulas escolhidas pelos agricultores vinculados à rede.
Esses ensaios comprovaram a qualidade – e em vários casos a superioridade –
das sementes crioulas para os ambientes onde foram cultivadas (veja Boletim 587).
Demonstrada a qualidade das sementes crioulas, resta o desafio de influenciar a
formulação e execução de políticas públicas, para que elas promovam a conservação da agrobiodiversidade em benefício da agricultura familiar.
Justamente com o objetivo de debater essas questões e avançar no diálogo entre os
 órgãos de governo, instituições de pesquisa, organizações de agricultores familiares
 e sociedade civil, foi realizada na última semana, no interior da Paraíba, uma Oficina
de Trabalho intitulada “Interação de políticas públicas com iniciativas de gestão
 comunitária de sementes locais protagonizadas por redes da sociedade civil no
 semiárido brasileiro”.


Caio Yamazaki Saravalle
Orientador Técnico de Programas 
Departamento de Apoio a Economia Solidária
Centro Público de Economia Solidária "Herbert de Souza"
Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda
Prefeitura Municipal de São Carlos
(16) 3307.6808/ 3371.9219/ 3376.6561 / 3368.4585
(16) 8837.3489
Endereço: Rua José Bonifácio, 885 - Centro - São Carlos - SP
Twitter: @ecosolsaocarlos


Em: sementescrioulas@yahoogrupos.com.br


Veja tambem:



Durante os anos de 2011 e 2012, agricultores e agricultoras do Centro-Sul do Paraná e do Planalto Norte de Santa Catarina se organizaram para produzir sementes crioulas em antendimento à chamada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab. O resultado desse trabalho foi:

  • 10 Famílias beneficiadas com a venda de sementes;
  • 67 toneladas de sementes distribuídas na região;
  • R$251.400,00 montante dos projetos;
  • Distribuídas 14 variedades de milho crioulo;
  • Mais de 2000 famílias da região foram beneficiadas com distribuição destas sementes.

Assista no slide-show a síntese desses dois anos de trabalho.

Created with flickr slideshow.


LEIA TAMBÉM:
  1. Programa da Conab de compra de sementes crioulas faz o pagamento às famílias multiplicadoras
  2. Programa de Distribuição das Sementes da Paixão é lançado pelo Polo da Borborema
  3. Agricultores e agricultoras da Borborema garantem renovação dos estoques de sementes crioulas
  4. 8ª Feira Regional de Sementes Crioulas
  5. Feiras de Sementes Crioulas: agricultores em defesa da biodiversidade

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