Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sementes [2013: Ano Internacional do Grão de Ouro, a QUINUA]


Sementes [2013: Ano Internacional do Grão de Ouro, a QUINUA]

Iolanda Toshie Ide
Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulheres de Lins (SP) e Professora aposentada da UNESP e Militante da Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
Adital
Durante a Cúpula dos Povos, tomei conhecimento de que 2013 é o Año Internacional del Grano de Oro, a QUINUA. Alimento rico em ferro, cálcio, fósforo, ácido fólico e vitaminas do tipo B, ademais, possui lisina e pode substituir as proteínas de origem animal.
Em 2008, o Peru foi mobilizado em função do Año Internacional de la Papa, alimento tão importante que a Irlanda teria desaparecido como povo no século XIX, não fosse o cuidado e zelo do povo peruano na conservação das sementes e no cultivo das batatas. Pensei que houvesse uma centena de tipos de batata, mas fiquei estupefata ao saber que, no Peru, se conhece mais de 3 mil espécies.
Sobre a Quinua, é uma boa notícia, mas quando se pensa que esse importante exemplar da biodiversidade da América do Sul, sofre ameaça, é triste, mas é preciso que, conhecendo a história recente das investidas das corporações, saibamos reagir.
Com a "Campanha Mundial das Sementes” promovida pela FAO (órgão da ONU para Alimentação e Agricultura) iniciada em 1951, houve muita divulgação, culminando na decretação de 1961 como Ano Internacional das Sementes. Simultaneamente, estavam em curso gestões para o patenteamento de novas variedades vegetais, com a "Convenção Internacional para a Proteção das novas Variedades Vegetais”, já em 2 de dezembro de 1961. Em seguida foram articulados vários programas e convênios, dentre os quais, o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura.
Com a chamada revolução verde, sobretudo a partir de 1968, foi implementada a indústria mundial de sementes que, com a OMC (Organização Mundial do Comércio), fechou-se o círculo do monopólio das sementes pelas corporações que, até então, haviam produzido os agentes de destruição da natureza como, por exemplo, o "agente laranja” atirados sobre as matas do Vietnã para que fossem desfolhadas.
Enfim, as indústrias da guerra são as que dominam o comércio de sementes. Sabemos como o milho, a soja, o trigo e o arroz sofreram manipulações de modo que suas monoculturas destroem os pequenos cultivos de sementes originais contaminando-as e, além disso, cobrando-lhes royalties pela contaminação.
A ONU, já sabemos, capturada pelas corporações internacionais, faz o jogo delas. A Quinua (Chenopodium Quinoa), alimento considerado sagrado pelos Incas, corre o risco de ser objeto de manipulações genéticas e cair em suas garras, como aconteceu com o milho, a soja, o trigo... Aliás, há milênios, os povos indígenas da América cultivavam o Amaranto, o Jacatupé, a Batata, a Mandioca, o Cacau, o Milho, a Quinua...
A boa notícia do Ano Internacional da Quinua, pode também trazer a má notícia de prejuízos aos povos, com a manipulação pelas corporações que produzem a guerra, o narcotráfico, alimentando os de sempre: os banqueiros. Urge a proteção das sementes como um Bem Comum indispensável para a sobrevivência da humanidade e da biodiversidade.
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