Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8
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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

MANIFESTO DO FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO - FONEC

MANIFESTO DO FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO - FONEC

FORUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
MANIFESTO À SOCIEDADE BRASILEIRA

As entidades integrantes do Fórum Nacional de Educação do Campo - FONEC, reunidas de 15 a 17 de agosto de 2012, em Brasília, com a participação de 16 (dezesseis) movimentos e organizações sociais e sindicais do campo brasileiro e 35 (trinta e cinco) instituições de ensino superior, para realizar um balanço crítico da Educação do Campo no Brasil, decidiram tornar público o presente Manifesto:

1. A Educação do Campo surge das experiências de luta pelo direito à educação e por um projeto político pedagógico vinculado aos interesses da classe trabalhadora do campo, na sua diversidade de povos indígenas, povos da floresta, comunidades tradicionais e camponesas, quilombolas, agricultores familiares, assentados, acampados à espera de assentamento, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e trabalhadores assalariados rurais.
2. A Educação do Campo teve como ponto de partida o I Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária - I ENERA em 1997, e o seu batismo aconteceu na I Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do Campo realizada em 1998, reafirmada nos eventos que vieram a sucedê-los. O eixo principal do contexto de seu surgimento foi a necessidade de lutas unitárias por uma política pública de Educação do Campo que garantisse o direito à educação às populações do campo e que as experiências político-pedagógicas acumuladas por estes sujeitos fossem reconhecidas e legitimadas pelo sistema público nas suas esferas correspondentes.
3. Deste processo de articulação e lutas algumas conquistas dos trabalhadores camponeses organizados merecem destaque: a criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA; as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo (2002); A Licenciatura em Educação do Campo (PROCAMPO); o Saberes da Terra; as Diretrizes Complementares que institui normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da educação básica do campo (2008); o reconhecimento dos dias letivos do tempo escola e tempo comunidade das instituições que atuam com a pedagogia da alternância (Parecer 01/2006 do CEB/CNE), a criação dos Observatórios de Educação do Campo, além da introdução da Educação do Campo nos grupos e linhas de pesquisa e extensão em muitas Universidades e Institutos, pelo País afora e o Decreto n.º 7.352/2010, que institui a Política Nacional de Educação do Campo.
4. A Educação do Campo nasceu no contraponto à Educação Rural, instituída pelo Estado brasileiro, como linha auxiliar da implantação de um projeto de sociedade e agricultura subordinado aos interesses do capital, que submeteu e pretende continuar submetendo a educação escolar ao objetivo de preparar mão-de-obra minimamente qualificada e barata, sem perspectiva de um projeto de educação que contribua à emancipação dos camponeses.
5. O Estado brasileiro, nas diferentes esferas (federal, estadual e municipal), na contramão do acúmulo construído pelos sujeitos camponeses volta hoje a impor políticas que reeditam os princípios da educação rural, já suficientemente criticados pela história da educação do campo, associando-se agora aos interesses do agronegócio e suas entidades representativas (CNA, ABAG e SENAR). Este projeto produz graves consequências para o país, como miséria no meio rural e a consequente exclusão de grandes massas de trabalhadores, a concentração de terra e capital, o fechamento de escolas no campo, o trabalho escravo, o envenenamento das terras, das águas e das florestas. Esse projeto não serve aos trabalhadores do campo.
6. A Educação do Campo está vinculada a um projeto de campo que se constrói desde os interesses das populações camponesas contemporâneas. Portanto está associada à Reforma Agrária, à soberania alimentar, a soberania hídrica e energética, à agrobiodiversidade, à agroecologia, ao trabalho associado, à economia solidária como base para a organização dos setores produtivos, aos direitos civis, à cultura, à saúde, à comunicação, ao lazer, a financiamentos públicos subsidiados à agricultura familiar camponesa desde o plantio até à comercialização da produção em feiras livres nos municípios e capitais numa relação em aliança com o conjunto da população brasileira.
7. Vivemos no campo brasileiro uma fase de aprofundamento do capitalismo dependente associado ao capital internacional unificado pelo capital financeiro (Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio - OMC, Transnacionais da Agricultura - Monsanto, Syngenta, Stora Enzo...), com o suporte direto do próprio Estado brasileiro para a produção de commodities. Tudo isso legitimado por leis (Código Florestal, lei dos transgênicos...) que, facilitam o saque e a apropriação de nossos recursos naturais (terra, água, minérios, ar, petróleo, biodiversidade) e recolonizam nosso território.
8. Movido pela lógica de uma política econômica falida pela vulnerabilidade externa e pelo endividamento interno que compromete 45% do orçamento brasileiro, o Governo impõe severas medidas de contingenciamento de recursos da Reforma Agrária, saúde e educação. Os resultados para a população camponesa é a desterritorialização progressiva das comunidades. Esse quadro se agrava ainda mais pela deslegitimação da participação popular na implementação e execução das políticas públicas.
9. A partir de uma reivindicação histórica das organizações de trabalhadores que integram a luta por um sistema público de Educação do Campo, projetado a partir do Decreto nº 7.352 de 2010, mas contrariando e se contrapondo às reivindicações dos sujeitos que por ele continuam lutando, o MEC lançou, em março de 2012, o Programa Nacional de Educação do Campo – PRONACAMPO. Do que já foi possível ter acesso a esse programa até o presente momento, reconhecemos algumas respostas positivas às nossas reivindicações, porém insuficientes para enfrentar o histórico desmonte da educação da população do campo.

Assim, denunciamos como aspectos especialmente graves, os seguintes:
i. A implementação do PRONACAMPO atenta contra os próprios princípios da LDB, ao não instituir a gestão democrática e colocando apenas o sistema público estatal (estadual e municipal) como partícipe do Programa, ignorando experiências de políticas públicas inovadoras e de sucesso, que reconheceram e legitimaram o protagonismo dos sujeitos do campo na elaboração de políticas públicas como sujeitos, não apenas beneficiários.
ii. O Programa aponta para um desvirtuamento das propostas apresentadas, especialmente em relação à educação profissional e à formação de educadores, se realizada através da modalidade de Educação a Distância.
iii. É gritante e ofensiva ao povo brasileiro a ausência de uma política de Educação de Jovens e Adultos, especialmente de alfabetização de jovens e adultos e de Educação Infantil para o campo.
iv. Não reconhecemos a proposta do PRONATEC Campo elaborada pelo SENAR/CNA, pelo projeto de campo que representa e porque como política o PRONATEC ignora as experiências de Educação Profissional realizadas por instituições como SERTA, MOC, ITERRA, Escolas Famílias Agrícola - EFA´s, Casas Familiares Rurais - CFR’s e pelo próprio PRONERA em parceria com os Institutos Federais, entre outras.
v. Não reconhecemos igualmente, a proposta de Formação de Educadores, a ser feita pela UAB, porque a formação de educadores à distância, especialmente a formação inicial é considerada um fracasso pelas próprias instituições dos educadores, como a ANFOP, além do que desconsidera também o acúmulo das organizações sociais, sindicais e universidades na formação presencial de educadores do campo.
vi. Denunciamos, com veemência, o esvaziamento dos espaços de diálogo e construção de políticas públicas com a presença dos movimentos e organizações sociais e sindicais do campo no âmbito do Ministério da Educação, secundarizando e negando a construção coletiva como princípio da Educação do Campo.
                                                                                                                                                               Em vista destas denúncias, apresentamos nossas proposições:
1) Redirecionamento imediato pelo Ministério da Educação, do processo de elaboração e implementação do PRONACAMPO e suas ações, reconhecendo e legitimando os sujeitos da Educação do Campo, na sua diversidade, em âmbito federal, estadual e municipal.
2) Definição de políticas que visem à criação de um sistema público de Educação do Campo que assegure o acesso universal a uma educação de qualidade, em todos os níveis, voltada para o desenvolvimento dos territórios camponeses, na diversidade de sujeitos que os constituem.
3) Resgate do protagonismo dos movimentos/organizações sociais e sindicais do campo na proposição e implementação das políticas públicas e dos programas federais, estaduais e municipais de educação.
4) Elaboração de políticas públicas que tenham como base um projeto popular para a agricultura brasileira, as experiências dos movimentos e organizações sociais e sindicais e os princípios da Educação do Campo.
5) Revogação do dispositivo do Acórdão do TCU ao PRONERA, que proíbe que os projetos dos cursos formais mencionem as organizações legítimas do campo como CONTAG, MST e outras, na condição de instituições demandantes e participantes dos projetos.
6) Ampliação das metas de construção de escolas no campo, uma vez que as apresentadas são tímidas diante das 37 mil escolas fechadas nos últimos anos.
7) Elaboração de um Plano de construção, reforma e ampliação de escolas, bem como a adaptação das estruturas físicas a fim de atender as crianças e jovens do campo, as pessoas com deficiências, além de bibliotecas, quadras esportivas, laboratórios, internet, entre outras. Garantia de transporte escolar intra-campo e de qualidade, para o deslocamento dos estudantes com segurança.
8) Solução imediata e massiva para o analfabetismo no campo, articulado a um processo de escolarização básica.
9) Elaboração de uma política de Educação Infantil do Campo.
10) Fortalecimento e criação de Núcleos de Estudos e Observatórios de Educação do Campo nas universidades e institutos, a fim de realizar programas de extensão, pesquisas, cursos formais, formação continuada de educadores/as, apoiando e construindo, com os sujeitos do campo, a educação da classe trabalhadora camponesa.
Este Manifesto foi reafirmado e apoiado pelos participantes do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, realizado em Brasília nos dias 20 a 22 de agosto de 2012.
Educação do Campo: por Terra, Território e Dignidade!
Brasília-DF, 21 de agosto de 2012.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

EDUCAÇÃO DO CAMPO

Educação para o Campo é tema de livro lançado por professores da UFSCar
Amanhã, dia 21 de junho de 2012, o Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação do Campo (Gepec) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza o lançamento do livro Educação para o campo: reflexões sobre o Programa Escola Ativa. A obra é organizada por Luiz Bezerra Neto e Maria Cristina dos Santos Bezerra, docentes do Departamento de Educação da Universidade, e conta com a participação de mais doze pesquisadores do Gepec.
Segundo os autores, a proposta nasceu das discussões acumuladas no Gepec após a atuação dos pesquisadores em torno de um curso de formação para técnicos e educadores que atuavam no campo, em classes multisseriadas. Assim, o livro busca ser uma contribuição do Grupo de Pesquisa para estes profissionais e para a comunidade a partir de uma análise crítica do programa, da metodologia e das propostas de educação para o campo.

O tema central do livro, o Programa Escola Ativa (PEA), é uma das estratégias metodológicas exclusivamente voltadas para as classes multisseriadas e unidocentes do campo. A iniciativa surgiu na Colômbia, na década de 1960, com o objetivo de reduzir os índices de reprovação e de abandono da sala de aula pelos alunos das escolas multisseriadas do primeiro ciclo do Ensino Fundamental.

Conforme apontado na obra, após quase vinte anos de existência, na Colômbia, o PEA passou a ser difundido em outros países, que apresentavam os mesmos índices de pobreza no campo e baixo rendimento das suas escolas rurais, como a única alternativa para a melhoria da qualidade dessas escolas. Nessa perspectiva o PEA chegou ao Brasil no final dos anos de 1990.

O livro foi composto por oito textos, que trataram da dimensão do PEA para o trabalhador do campo; do processo de reestruturação produtiva e as novas exigências de educação voltada para a formação e para a qualificação do trabalhador; da questão das turmas multisseriadas, bem como do acesso à educação no campo no Estado de São Paulo; da articulação entre trabalho, educação e sua relação com o Estado, frente à reestruturação produtiva no campo; dos referencias teóricos que permeiam a Educação do campo, que tem sido colocada em evidência nos debates realizados por gestores públicos e por movimentos como o "Por uma Educação do Campo"; da gestão escolar democrática proposta pelo PEA; do ensino da língua oral e escrita, que constitui um desafio nas salas multisseriadas e unidocentes; e, finalmente, da educação especial na educação do campo no Estado de São Paulo, discutindo suas causas, que fazem com que esta seja, ainda, uma interface a ser construída.

O livro está sendo editado e publicado pela Editora Premier e estará à venda no dia do lançamento. Na ocasião, os organizadores e demais autores do livro farão breves exposições sobre os temas tradados na obra. O evento ocorre das 17 às 19 horas, na sala de Projeções do CECH, localizada no Edifício de Aulas Teóricas AT-2, na área Sul do Campus São Carlos.

Mais informações podem ser obtidas no site do Gepec, em www.gepec.ufscar.br.

FONTE

Universidade Federal de São Carlos
Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar
Rodrigo Botelho - Jornalista
Telefone: (16) 3351-8120

Links referenciados

Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação do Campo
www.gepec.ufscar.br

Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar
www.comunicacao.ufscar.br

Universidade Federal de São Carlos
www.ufscar.br

Maria Cristina dos Santos Bezerra
lattes.cnpq.br/1095065753077001

www.gepec.ufscar.br
www.gepec.ufscar.br

Luiz Bezerra Neto
lattes.cnpq.br/4809080593333472

Editora Premier
www.editorapremier.com.br

Rodrigo Botelho
rodrigo@ufscar.br

Em: http://www.agrosoft.org.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Educação do Campo


II Ciclo do Programa Residência Agrária debate Educação do CampoImprimirE-mail
04-Jun-2012
O terceiro encontro do II Ciclo de Debates do Programa Residência Agrária da UFC será realizado quarta-feira (6), das 14h às 16h, no auditório do Curso de Zootecnia (Bloco 850, Campus do Pici). "Educação do Campo e os Paradigmas do Desenvolvimento" é o tema do encontro.
Participarão da mesa de debate a Profª Eliane Dayse Pontes Furtado, da Faculdade de Educação da UFC, a secretária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará, Cícera Vieira da Costa, e a educadora Maria Aurigele Alves, do Programa Empreendedorismo do Jovem Rural.

Já o quarto e último encontro, agendado para o dia 4 de julho, terá como tema "Políticas Públicas e Educação do Campo: explorando novas abordagens no mundo rural". Nos dois primeiros encontros, realizados nos dias 18 de abril e 9 de maio, foram abordados os marcos históricos e os desafios da educação do campo.

Os participantes que obtiverem 75% de frequência nos eventos receberão certificado ao término do ciclo. Não é necessário fazer inscrição. Mais informações podem ser obtidas através do e-mailresidencia.agraria@ufc.br ou ainda na sede do programa, no bloco 850, no Campus do Pici.

Fonte: Profª Gema Galgani, Coordenadora do Programa Residência Agrária da UFC - (fone: 85 3366 9480)

BANIR AGROTÓXICOS.

Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.

A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.

Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.

CICLOVIDA Completo