Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8
Mostrando postagens com marcador meio ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador meio ambiente. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 18 de março de 2013

Os transgênicos estão destruindo o tecido social”.

Entrevista com agricultor e ativista canadense

Um pequeno agricultor canadense enfrentou a poderosa Monsanto, em um caso que chegou à Suprema Corte de seu país. Aquela batalha converteu-o em uma referência dos direitos dos agricultores independentes. Agora percorre o mundo para chamar a atenção para os riscos econômicos, sociais e ambientais que implicam as regulações dos organismos geneticamente modificados.
Agricultor de Bruno, na região de Saskatchewan, no Canadá, Percy Schmeiser especializou-se na plantação decanola, à qual se dedicou por mais de 50 anos. A partir da batalha judicial que travou durante vários anos contra a empresa multinacional Monsanto, converteu-se em um símbolo internacional representante dos direitos dos agricultores independentes e das regulações dos cultivos transgênicos. O documentário Davi versus Monsanto(2009) explica esta luta.
Com seus 82 anos, Schmeiser anda por boa parte do mundo contando sua experiência e transmitindo sua mensagem contra os organismos geneticamente modificados.
Sua história de litígios começou em 1997, quando encontrou em suas lavouras Roundup Ready Canola, uma canola resistente ao herbicida Roundup (da Monsanto). Na época, colheu e guardou a semente em separado com a intenção de plantá-la no ano seguinte e analisar o que aconteceria. Foi então que a multinacional exigiu-lhe o pagamento deroyalties pela utilização de suas sementes transgênicas. Schmeiser negou-se a esse pagamento, dado que ele nunca havia pretendido que esse tipo de sementes crescesse em sua lavoura, mas que as mesmas foram introduzidas em suas plantações por algum tipo de “contaminação” (foram introduzidas pelo vento). A empresaMonsanto acusa-o de ter cultivado grandes extensões de sua terra com a canola transgênica da companhia, algo que, segundo alegam, não pode ter acontecido nessa magnitude por uma “contaminação” ocasional.
Durante vários anos Schmeiser, junto com sua esposa Louise, percorreu várias instâncias da Corte canadense. Como contraofensiva, em 1999 Schmeiser entrou com um processo no valor de 10 milhões de dólares contra aMonsanto por difamação, violação da propriedade e contaminação de seus campos com Roundup Ready Canola. Mas este processo não prosperou. “Creio que as companhias biotecnológicas têm que assumir sua responsabilidade pelo material que escapa e contamina os campos – disse o agricultor. Por isso creio que este é um tema que deve ser tratado no Parlamento”.
Douto na arena política, Schmeiser foi prefeito de Bruno, cidade na qual mora, de 1966 até 1983 e também foi membro da Assembleia Legislativa como membro do Partido Liberal.
Schmeiser esteve recentemente na Argentina participando de um seminário na Ecovilla Gaia, em Navarro (província de Buenos Aires), e também participou de uma conferência organizada pelo Projeto Sul no Hotel Bauen onde teve a oportunidade de expor sua experiência para um auditório heterogêneo abarrotado de ambientalistas e agricultores.
Percy Schmeiser tem como companheira de batalha a sua esposa Louise há mais de 60 anos. Com ela tem cinco filhos, 15 netos e um bisneto. O casal recebeu, em 2007, o Right Livelihood Award, uma espécie de Nobel alternativo, “por sua coragem para defender a biodiversidade e os direitos dos agricultores e por desafiar a perversidade ambiental e moral das interpretações atuais das leis de patentes”.
A entrevista é de Verónica Engler e publicada no jornal argentino Página/12, 04-03-2013. A tradução é do Cepat.
Eis a entrevista.
Como começou sua luta contra a Monsanto?
Minha esposa e eu éramos produtores de sementes de canola (cultivada para produzir forragem, óleo vegetal para o consumo humano e biodiesel). Pesquisamos este cultivo durante mais de 50 anos. Em 1998, dois anos depois que introduziram os transgênicos no Canadá, a empresa Monsanto entrou com um processo contra nós. Nos processou por violação de patente, porque diziam que a nossa canola era fruto de suas sementes transgênicas. Foi uma surpresa para nós porque nunca compramos sementes geneticamente modificadas nem sabíamos da existência daMonsanto. O que tornou famoso o nosso caso em todo o mundo foi o fato de mostrar que podia acontecer a qualquer agricultor caso seu campo fosse contaminado com as sementes transgênicas. Nesse momento, o juiz decretou que não importava como havia ocorrido a contaminação com as transgênicas: se por polinização cruzada, polinização por abelhas, por sementes que entraram levadas pelo vento ou pelo próprio transporte de outros agricultores. Se isso acontece, então já não se é mais dono de suas sementes nem de suas plantas, pela lei de patentes. Também nesse momento foi decretado que não poderíamos usar as nossas sementes de novo por estarem contaminadas e que os nossos lucros por esse cultivo deviam ir para a Monsanto. Outra questão que o juiz decretou foi que o nível de contaminação não era importante: dá no mesmo se houve 1% ou 90% do campo contaminado, de qualquer forma já não se é mais o dono das suas plantas. A base da nossa luta foi pelos direitos dos agricultores, para que cada um tenha direito a plantar suas sementes ano após ano.
O que fizeram diante do processo movido pela Monsanto?
O que mais nos doeu é que todo o nosso trabalho de 50 anos com a semente de canola agora pertencia completamente à Monsanto pela lei das patentes. Por isso decidimos continuar brigando, e recorremos à Corte de Apelação. Esta Corte federal manteve quase a mesma posição, inclusive a Monsanto tratou de nos prender de outras maneiras. Demandaram-nos novamente por um milhão de dólares. Trataram de nos destruir financeira e mentalmente. Vigiavam-nos quando estávamos trabalhando no campo, vinham à saída da garagem da nossa casa, a observar o que a minha esposa fazia, ela recebia telefonemas com ameaças e também acontecia o mesmo aos nossos vizinhos. E ainda hoje vivemos com medo. Então decididos ir à Suprema Corte. A Suprema Corte disse que não tínhamos que pagar nada à Monsanto, mas que ela teria que pagar os nossos custos legais. A Monsanto aceitou que nós não havíamos comprado sementes deles, no entanto, tínhamos que pagar a eles a licença pelas sementes. Se nós tivéssemos que pagar à Monsanto tudo o que eles queriam, teríamos que pagar com a nossa casa, a nossa terra e todos os equipamentos. Assim que foi uma vitória para nós ouvir a Corte sentenciar que nós não precisávamos pagar nada à Monsanto. Mas de todas as formas, é muito difícil para um agricultor lutar na Corte contra uma multinacional. Foi a Monsanto que nos processou e, no entanto, tivemos que pagar os custos legais deste processo. Isso não foi justo para nós, porque a Monsanto deveria ter pagado também os nossos custos.
Quanto tiveram que pagar e como enfrentaram esses gastos?
Os gastos foram um pouco mais de 500.000 dólares. O pagamos com grande parte do nosso fundo de aposentadoria, hipotecas sobre nossas terras e também recebemos doações de muitas pessoas de todo o mundo que estão preocupadas com o tema das patentes de sementes e, sobretudo, o que diz respeito à nossa alimentação.
Como a sua lavoura foi contaminada com as sementes transgênicas?
Porque meus vizinhos estavam utilizando sementes da Monsanto e ao soprar o vento as trazia para o meu campo e o contaminavam. Eu nunca utilizei as sementes da Monsanto nem o Roundup (herbicida da Monsanto) na minha lavoura. Por isso apresentei uma contrademanda baseada na contaminação ambiental, destruição de sementes e calúnia. Desde esse momento a Monsanto nos espiou e tratou como criminosos. Detetives da Monsanto se instalaram perto do campo e controlavam cada passo que dávamos. A primeira coisa que dissemos à Corte é que um agricultor tem que ter o direito de utilizar suas sementes ano após ano. Para minha esposa e para mim, o mais importante é que ninguém, nenhum indivíduo nem uma corporação têm o direito de patentear formas superiores de vida, seja uma ave, uma abelha ou uma planta.
O que aconteceu depois deste episódio da demanda da Monsanto?


Nós pensamos nesse momento que estava tudo terminado com a Monsanto. Decidimos mudar de cultivo e fazer pesquisa com mostarda, mas um tempo depois descobrimos que havia plantas de canola no campo em que estávamos pesquisando, que era de 50 acres. Nós comunicamos a Monsanto que acreditávamos que havia canola transgênica em nosso campo de mostarda. Então a Monsanto veio ao nosso campo e fez algumas pesquisas. Depois nos notificaram que havia canola de sementes da Monsanto em nosso campo de mostarda. Perguntaram-nos o que queríamos que fosse feito. Pedimos que toda essa canola fosse retirada manualmente. A Monsantoconcordou. Dois dias antes do dia combinado para a retirada das plantas, enviaram-nos uma carta para que a assinássemos. E nessa carta a Monsanto estabelecia que minha esposa e eu estávamos proibidos de falar sobre a Monsanto com qualquer pessoa. Ou seja, que minha liberdade de expressão estava anulada, e se tivesse aceitado não poderia estar aqui falando com você. O que responderam?
Dissemos a eles que muitas pessoas morreram em nosso país lutando pela liberdade de expressão e que nós não pensávamos em entregá-la a uma corporação. Assim que respondemos à Monsanto que, com a ajuda de nossos vizinhos, iríamos retirar essas plantas. Com a ajuda dos nossos vizinhos removemos todas as plantas contaminadas e lhes pagamos 600 dólares. A verdade é que não foi muito dinheiro por três dias de trabalho. Mas mandamos a conta para a Monsanto e a Monsanto se recusou a pagá-la. Então mandamos a Monsanto à Corte, desta maneira, tivemos uma multinacional milionária na Corte por 600 dólares. Pode-se imaginar a vergonha da Monsanto, uma corporação internacional, ser chamada à corte por 600 dólares. Então, finalmente, tiveram que pagar os 600 dólares mais os custos legais e chegamos a um acordo de que não haveria mordaça legal. O importante não foi o dinheiro que tiveram que pagar, obviamente, mas importa a consequência legal. Porque se agora a lavoura de qualquer agricultora é contaminada, a empresa tem que pagar por essa contaminação. Esta foi uma vitória, não somente para nós, mas para os agricultores de todo o mundo, porque abre um precedente.
Você costuma dizer que no Canadá há vários cultivos, entre eles a canola, que já são completamente transgênicos. Por que os agricultores canadenses optaram por este tipo de sementes patenteadas?
Em 1996 foram introduzidas quatro sementes transgênicas no Canadá: o algodão, o milho, a canola e a soja. E os agricultores se entusiasmaram porque a Monsanto dizia no começo que com as sementes deles iríamos ter uma produção maior, lucros maiores, seriam mais nutrientes, e teríamos que utilizar menos químicos para obtê-lo. Mas aconteceu todo o contrário; estamos utilizando mais químicos que antes, e fazem tanto mal à saúde humana como ao meio ambiente. Também repetiram uma série de lugares comuns como esse que através destas sementes iríamos alimentar um mundo cheio de fome. Mas creio que se há algo que vai nos levar a ter mais fome no mundo, isso são os transgênicos. Nós, no Canadá, tivemos transgênicos durante 16 anos e cremos que o prejuízo já está feito. Agora é preciso fazer o que é possível para não permitir que entrem mais transgênicos em nossos países.
O que aconteceu com as plantações de canola transgênica que se espalharam pelo Canadá?
Imediatamente depois que se começou a utilizar estas sementes os lucros começaram a baixar. Mas o pior foi o aumento massivo no uso dos químicos, porque depois de alguns poucos anos as ervas daninhas se tornaram resistentes, causando enormes problemas às plantações de canola. Para eliminar esta super erva daninha, requer-se dos tóxicos mais fortes que já se teve notícia. A Monsanto produziu um tóxico, o mais tóxico que se conhece na face da Terra. Há outro químico que é o 2,4-D, que usam para matar esta super erva daninha, e este novo tóxico contém 70% do agente laranja, aquele que foi usado na guerra do Vietnã, em decorrência do qual milhares de pessoas morreram de câncer. Estes são os químicos poderosos que estamos usando hoje no Canadá, tóxicos massivos. Outra coisa que trataram de trazer ao Canadá é o gene terminator. O gene terminator é posto em um gene, a semente se converte em uma planta, mas a planta produz uma semente que é estéril, razão pela qual não pode ser usada para um novo plantio, e isso faz com que se tenha que comprar novamente as sementes da companhia.
Que implicações tem o uso de sementes transgênicas?
Temos uma questão econômica, de saúde, devido ao aumento do uso de químicos e ao veneno espalhado sobre os transgênicos, e um prejuízo para o meio ambiente devido ao uso dos químicos. Os transgênicos nunca foram concebidos para aumentar os lucros. O padrão dos genes introduzidos nas sementes pela Monsanto é para manter o controle do fornecimento de sementes e de alimentos em todo o mundo. Também se toma o controle do direito que o agricultor tem de usar suas sementes, perde sua capacidade de escolha e fica refém da compra das sementes todos os anos e a pagar um custo alto, além do fato de que tem que comprar mais químicos.
Como são as sementes que você utiliza hoje, depois de todo este processo?
Mudamos as sementes, não trabalhamos mais com a canola, estamos trabalhando com trigo, aveia e feijão. No Canadá a soja e a canola são totalmente transgênicas, não se pode ter uma fazenda orgânica destes cultivos. AMonsanto é hoje a companhia que administra totalmente o mercado das sementes para estes cultivos. Uma vez introduzidos os transgênicos, não existe a coexistência; o gene transgênico é um gene dominante, porque não se pode controlar o vento nem impedir que o pólen se desloque. Então, uma vez que as sementes transgênicas são introduzidas, não há possibilidade de que um agricultor continue com um desenvolvimento próprio de sementes.
Como vê o futuro da agricultura?
Os transgênicos estão destruindo o tecido social do país, nunca vi isso antes, os agricultores brigam entre si. Antes nos ajudávamos uns aos outros; agora isto está desaparecendo porque há desconfiança. Instalam o medo processando os agricultores. Esta nova tecnologia é ciência perversa e não é ciência comprovada. As corporações querem o controle total sobre as sementes, o que lhes dará o controle total sobre o abastecimento de alimentos. É disto que tratam os transgênicos e não para ter mais alimentos para acabar com a fome no mundo. Se os agricultores perdem o direito de cultivar sua própria semente, convertem-se em serventes da terra, regressando à época do sistema feudal. De certa forma, os agricultores já são serventes da terra, porque têm que comprar as sementes de determinada companhia, têm que comprar a licença do alimento, têm que comprar os químicos da mesma companhia, têm que pagar um direito para cultivar em sua própria terra, assim que penso que já somos serventes em nossa própria terra por uma corporação multinacional como a Monsanto. Caso a propagação de organismos geneticamente modificados continuar, o controle total do fornecimento de sementes e de alimentos do mundo estará nas mãos de corporações como a Monsanto, e isto acarretará problemas para a saúde, questões ambientais e perda de biodiversidade. Com os organismos geneticamente modificados já não haverá agricultura, mas agronegócio.


Instituto Humanistas Unisinos

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que e a crise ecológica?

¿Qué es la crisis ecológica? por Florent Marcellesi

Publicado em janeiro 18, 2013 por
 19
 7
 25
La ecología política basa su teoría y praxis en la reflexión y acción en la lucha contra la llamada “crisis ecológica” y en la propuesta de nuevos modelos de producción y consumo compatibles con los límites ecológicos del Planeta y la justicia y ética socio-ambiental. Pero ¿qué llamamos exactamente crisis ecológica? ¿En qué fenómenos concretos se manifiesta y qué relaciones guarda con el sistema socio-económico actual?
[Ecoportal.net]
La crisis ecológica es principalmente una crisis de escasez: escasez de materias primas, de energía, de tierras y de espacio ambiental para mantener el ritmo de la economía actual, y aún menos extenderlo a todos los países del Sur y dejarlo en herencia a las generaciones futuras. El modo de producción y de consumo impulsado por el Norte no tiene en cuenta los límites físicos del planeta, tal y como lo deja patente la huella ecológica: si todas las personas de este mundo consumieran como la ciudadanía española, necesitaríamos tres planetas. Mientras tanto, la humanidad ya supera en un 50% su capacidad de regenerar los recursos naturales que utilizamos y asimilar los residuos que desechamos (WWF, 2012). Por su parte, el alcance de la dominación humana y de la amplitud de la crisis ambiental que provoca, queda claro por lo menos a través de los seis fenómenos siguientes (Vitousek y sus colaboradores (en Riechmann, 2008)):
  1. Entre la mitad y una tercera parte de la superficie terrestre ha sido ya transformada por la acción humana.
  2. La concentración de dióxido de carbono en la atmósfera se ha incrementado más de un 30% desde el comienzo de la revolución industrial.
  3. La acción humana fija más nitrógeno atmosférico que la combinación de las fuentes terrestres naturales.
  4. La humanidad utiliza más de la mitad de toda el agua dulce accesible en la superficie del planeta.
  5. Aproximadamente una cuarta parte de las especies de aves del planeta ha sido extinguida por la acción humana.
  6. Las dos terceras partes de las principales pesquerías marinas se hallan sobreexplotadas o agotadas.
En este contexto, según Lipietz (2012), incluso podemos hablar hoy de una “segunda” crisis ecológica mundial, después de una primera que sitúa durante la Gran Peste del siglo XIV. Al igual que la Gran Peste, la crisis ecológica actual tiene como origen un conflicto entre la Humanidad y la Naturaleza, a través de la relativa escasez de producción alimentaria y los peligros de su propio sistema energético para la población humana. Además, se transmite por los canales de la globalización económica y golpea civilizaciones muy diferentes aunque lo suficientemente parecidas como para poder producir y padecer efectos semejantes. Sin embargo, según el teórico francés, la crisis ecológica actual se diferencia profundamente de la crisis “exógena” de la Gran Peste (un microbio desconocido y devastador que ataca a sociedades debilitadas por un cambio climático de origen no antropogénico y la baja productividad agrícola) por ser el resultado de la dinámica social e histórica del propio modelo de desarrollo: el propio liberal-productivismo ha generado la tensión actual entre Humanidad y Naturaleza. De tal forma que la “segunda” crisis ecológica, esta vez “endógena”, se podría resumir de la forma siguiente:
[Es] la conjunción de dos nudos de crisis ecológicas, internas a la dinámica del modelo liberal-productivista: el “triángulo de las crisis energéticas” y el “cuadrado de los conflictos para el uso del suelo”, ellos mismos articulados sobre la crisis financiera, económica y social del modelo capitalista neoliberal que triunfa a nivel mundial desde principios de los años 1980. Este modelo liberal pesa mucho sobre la evolución de los dos nudos de las crisis ecológicas: incluso podemos decir que las engendra (Lipietz, 2012).
A continuación, estudiaremos más en profundidad estos dos nudos centrales de la crisis ecológica para entender mejor los retos a los que se enfrenta la Humanidad si quiere elegir la vía de la esperanza.

El triángulo de las crisis energéticas

Los principales riesgos relacionados a la crisis energética se centran en torno a tres vértices: energía fósil (carbón, petróleo, gas), energía nuclear y energía proveniente de la biomasa (leña, agrocombustibles).
Como primer vértice del triángulo, encontramos los riesgos vinculados a las energías fósiles, que a su vez se dividen en dos vertientes: la capacidad de regeneración de estas energías (no renovables a escala humana) y la capacidad de asimilación de los residuos vinculados a su utilización. Asimismo, la humanidad se enfrenta al techo de los combustibles fósiles, que corresponde al punto de inflexión a partir del cual la extracción de una unidad de energía fósil por unidad de tiempo ya no puede incrementarse, por grande que sea la demanda. Coincide con el momento en que la extracción acumulada llega a la mitad de la cantidad total recuperable, y los esfuerzos humanos, técnicos y financieros pueden disminuir la tasa de declive, pero no invertir la tendencia a la baja de la extracción. Al mismo tiempo, la creciente incapacidad de ofertar más energía fósil se topa con una demanda en constante aumento, principalmente en los países llamados emergentes como China o la India, y con la especulación (Bermejo, 2008), lo que dispara el precio de la energía (y de otras materias primas).(2) En concreto, esta tensión entre oferta (que depende de factores ecológicos y económicos) y demanda (que depende del modo de vida) al alza es paradgimática y altamente peligrosa para el modelo social y productivo actual. Esto es especialmente cierto en el caso del petróleo, puesto que la globalización económica se basa en un petróleo barato, abundante y de buena calidad. El despliegue del modelo de producción y consumo de masa y sus instituciones asociadas necesitan energía fósil al igual que el cuerpo humano necesita sangre. Por ejemplo: el complejo agroindustrial, basado en la maquinaria motorizada, la producción y consumo de abonos y fertilizantes, altos niveles de bombeo de agua, la manipulación industrial, la explotación intensiva de los suelos, la comercialización globalizada y el transporte de larga distancia hacia el lugar de consumo, nos da una buena idea de esta dependencia.(3) Sin embargo al haber alcanzado el techo del petróleo (peak oil en inglés), esta era ha terminado: estamos entrando en la era del petróleo caro, escaso y de mala calidad.(4) Esta nueva situación tiene repercusiones directas sobre el conjunto de la economía y sobre nuestros modelos de vida diarios. De hecho, la crisis financiera de 2008, que hoy ha desencadenado una ola de recesiones y planes de ajuste brutales, pone de relieve una relación directa entre crisis ecológicas y económicas. En este sentido, el economista estadounidense Jeremy Rifkin recuerda que la crisis de las subprimes, es decir el impago de las hipotecas en Estados Unidos que luego se propagó a nivel mundial a través de los activos tóxicos, comenzó cuando el barril de petróleo en el verano 2008 alcanzó los 150 dólares y no en octubre cuando estalló la burbuja a la luz pública. Ese aumento de los precios hizo que subiera el precio de la gasolina y que en Estados Unidos mucha gente, principalmente las más empobrecidas e insolventes cuyo presupuesto familiar tiene dos partidas básicas en torno a la vivienda y al transporte, dejara de pagar la hipoteca (las subprimes) para mantener la tenencia de su coche privado (imprescindible en un sistema basado en su uso intensivo, por ejemplo para ir al trabajo y a su vez generar las rentas necesarias para sobrevivir).
Por otro lado, apuntemos que para superar el techo de producción de los combustibles fósiles, existe una nueva frontera extractiva: la extracción del gas de pizarra a través del método llamado fracking o fracturación hidraúlica. Si bien el fracking ha permitido bajar el precio a corto y medio plazo del gas, es un nuevo espejismo altamente peligroso para el medio ambiente, el clima y la salud humana y que no afronta el mayor reto de la civilización industrial: rebajar el consumo energético dentro de los límites ecológicos del Planeta (para un análisis detallado del fracking, véase Marcellesi y Urresti, 2012).

Créditos: Cheng (Lily) Li
En cuanto a los efectos del modelo energético sobre el cambio climático, hoy principal preocupación ambiental en las agendas políticas, existen claras evidencias de que crisis energética y crisis climática no son más que dos caras de la misma moneda. Según el Grupo Intergubernamental de Expertos sobre Cambio Climático (GIECC), “la principal causa del crecimiento de la concentración de dióxido de carbono en la atmósfera desde la época preindustrial es el uso de combustibles fósiles” (2007, p2), que hoy se estima en torno a 75% (el resto se debe a la deforestación y al cambio de uso de suelos). A pesar de mejoras tecnológicas por unidad producida,(5) el crecimiento demográfico y el actual modelo socioeconómico (basado en la acumulación material) provocan una presión insostenible sobre los ecosistemas. En este contexto, las emisiones antropogénicas de gases de efecto invernadero sobrepasan la capacidad de autorregulación y asimilación por parte de los sumideros naturales (océanos, atmósfera), lo que está conduciendo a una situación peligrosa de no retorno. Para evitar tal caso que llevaría a sufrir cambios irreversibles e impredecibles, el GIECC recomienda que no haya aumento de más de 2 grados centígrados en 2100 en comparación con los niveles preindustriales, mientras que la muy institucional Agencia Internacional de la Energía pone 2017 como fecha límite para acotar el incremento de temperaturas. En caso contrario, ya sea el IPCC (2007) o el Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo (2007) advierten de las mismas consecuencias ambientales y sociales. El cambio climático supondrá —y de hecho, ya supone— efectos en la agricultura y silvicultura (cambio de rendimientos según zonas frías o cálidas, aumento de plagas e insectos, etc.), en los recursos hídricos (extensión de las zonas afectadas por la sequía, empeoramiento de la calidad del agua, etc.), en la salud humana (tales como la mortalidad relacionada con el calor en Europa, aumento de enfermedades infecciosas, etc) o en la industria, asentamientos humanos y sociedad (disminución de la la calidad de vida de las personas en áreas cálidas sin vivienda apropiada) así como una mayor exposición a inundaciones costeras, unas condiciones climáticas extremas y un posible colapso de los ecosistemas.
Como segundo vértice del triángulo, encontramos la energía nuclear que tras la catástrofe de Fukushima —decenas de miles de personas evacuadas fuera del perímetro de seguridad, contaminación radiactiva hasta en Tokio, escándalos políticos y técnicos en torno a la gestión y a la seguridad de las centrales nucleares japonesas y del accidente post-tsunami,(6) etc.— vuelve a apuntar sus altas deficiencias y riesgos para representar cualquier tipo de solución al cambio climático. Resumiendo los principales problemas (Marcellesi, 2011a):
  1. El riesgo de accidente, en este caso de probabilidad baja pero de magnitud alta, es más que nunca presente y real.
  2. Seguimos sin tener ninguna solución real a la gestión de los residuos radiactivos.
  3. La energía nuclear crea una fuerte dependencia con el exterior ya que el uranio, cuyas reservas son finitas, se compra a países fuera de Europa y cuya inestabilidad política no asegura un suministro seguro (el Chad, por ejemplo).
  4. Existe un riesgo de proliferación de la energía nuclear para fines militares (reforzado por la amenaza de uso terrorista de los residuos o de las centrales nucleares como posibles dianas de ataque).
  5. No es una alternativa para evitar sustancialmente emisiones de gases de efecto invernadero: si se tiene en cuenta el ciclo de vida global de la energía nuclear (extracción del uranio, suministro a Europa, construcción y desmantelamiento de las centrales, gestión de los residuos…), ésta produce más CO2 que las energías renovables.(7)
  6. Es una fuente de electricidad, por tanto no sustituye nuestra dependencia de los combustibles fósiles.
  7. Los puestos de trabajo por unidades energéticas están por debajo de las creadas por las energías renovables. (8)
El último vértice del triángulo lo ocupa la biomasa, cuyo uso energético es el más antiguo desde que el Homo Erectus domesticara el fuego, el más constante para una gran mayoría de la humanidad (la leña sigue siendo el principal combustible utilizado) y, seguramente, uno de los más prometedores de cara al futuro. Pero la biomasa también tiene riesgos asociados que analizaremos en el siguiente subapartado, puesto que se articula directamente con el uso de las tierras, principalmente con el auge de los agrocombustibles.

El cuadrado del conflicto del uso de las tierras

Los anglosajones suelen decir que hacemos cuatro usos principales de la tierra, que pueden resultar excluyentes: Food, Feed, Forest, Fuel (las 4 Fs). Dicho en castellano, estamos hablando respectivamente de usos para 1. la alimentación humana, 2. la alimentación del ganado (natural —campos de pasto— o artificial —soja que se combina con maíz para las vacas europeas—), 3. los bosques (como sumidero o reserva de biosfera) y 4. la producción de biomasa (agrocombustibles, leña, etc.).
En este marco de análisis, intervienen dos factores cruciales: la dieta crecientemente carnívora de los países del Norte y emergentes, y la introducción cada vez más sistémica de agrocombustibles. Como lo relata Lipietz (2012), la polarización de los ingresos a nivel mundial provoca una transformación de la dieta humana que pasa de una dieta a base de proteínas vegetales con un poquito de carne (“el menú hindú o el menú chino”), a una dieta a base de carne (el “menú europeo o norte americano”). Sin embargo, las proteínas animales (feed) necesitan para su producción de 7 a 15 veces más hectáreas que las proteínas vegetales (food). Por tanto, esto representa un problema grave dado el aumento contante de la población con dieta carnívora (por ejemplo, en India y China el 10% de la población se alimenta con el mismo tipo de comida que en Europa y en Norte América). Por su parte, los agrocombustibles (fuel), que técnicamente son energías renovables obtenidas a partir de la biomasa, son la respuesta oficial a la crisis de los combustibles fósiles y del techo del petróleo. De hecho, en sociedades no dispuestas a ‘negociar su modo de vida’, los agrocombustibles despiertan un gran interés y cuentan con un fuerte impulso político,(9) lo cual, junto a otros factores, provoca tensiones en los precios de la comida en el mercado mundial.(10) En este contexto, Jean Ziegler, el relator especial de la ONU para el derecho a la alimentación, llegó a postular en 2007 que la producción masiva de biocombustibles «es un crimen contra la humanidad».
Si bien los agrocombustibles juegan un papel central en las crisis alimentarias actuales, hay que añadir también otros factores sociales y ecológicos: la escalada de precios de la energía, las malas cosechas en los países productores de trigo como Australia, Rusia o Ucrania debidas al cambio climático, los modelos productivos globalizados que apuestan por economías de la exportación en detrimento de la soberanía alimentaria y que denigran la producción autóctona para abastecer a los mercados locales provocando dependencia de los mercados exteriores sobre todo para la importación de productos básicos, el mal reparto de la producción agrícola local o importada, así como movimientos especulativos a nivel mundial. Al igual que los fuertes cambios de régimen político en Europa en 1848 tienen como origen revueltas de la hambruna, Lagi et al (2011) muestran que existe una fuerte correlación entre el alza de los precios de los alimentos —debido a la combinación de los factores arriba mencionados— y las revueltas del hambre de estos últimos años en el mundo que, recordemos, han dado fin en pocos meses a gobiernos autoritarios —como los de Túnez y Egipto— que nadie veía posible derrocar.
En conclusión de este apartado, es interesante —y sobre todo preocupante— constatar que, además de lo que teorizaba gran parte del movimiento ecologista en sus inicios, esta crisis ecológica no solo compromete de manera decisiva a las generaciones futuras sino que nos afecta ahora directamente a las generaciones presentes. No solo se trata de una crisis de abundancia de una generación privilegiada (“pan para hoy, hambre para mañana”), sino también de una crisis de escasez que ya se está manifestando en el día a día de gran parte de la población mundial (el hambre ya es para hoy). Asimismo, pone de relieve que las llamadas crisis financieras, especulativas o alimentarias están vinculada a crisis subyacentes e interdependientes: no solo la de la economía real (o economía productiva) sino también la de la “economía real-real”, es decir la de los flujos de materias y energía que depende por una parte de factores económicos y por otra parte de los límites ecológicos del planeta. Ecoportal.net
(1) Se basa en una adaptación y actualización de la publicación Marcellesi, F. (2008): Ecología política: génesis, teoría y praxis de la ideología verde, Bilbao, Bakeaz (Cuadernos Bakeaz, 85).
(2) De hecho, no solo estamos llegando al techo de todos los combustibles fósiles sino también al peak all (en referencia en inglés al peak oil), es decir al techo de materias primas como algunos minerales tipo cobre, plata, uranio o zinc. “Peak all” y “peak oil” están fuertemente relacionados puesto que la escasez de materias primas necesitará a su vez una mayor cantidad de energía para su explotación, tratamiento, reciclaje, etc..
(3) Ingeniería sin Fronteras calcula por ejemplo que una manzana procedente de la producción industrial en Chile y comprada en Cataluña consume una cantidad de energía más de cuatro veces superior a la del caso ecológico y local (principalmente debido al transporte desde el lugar de producción hasta el de consumo: en este caso, 14.000 kilómetros en barco y en camión). Por su lado, un tomate industrial consume cinco veces más que un tomate ecológico y local. Mientras la diferencia entre comprar manzanas industriales traídas de Chile y manzanas ecológicas de la región a lo largo de un año equivale al consumo energético anual de 60.812 hogares, “el consumo energético asociado al uso de fertilizantes en una hectárea de tomates de producción industrial puede llegar a ser tan elevado como para representar la cantidad de energía suficiente para dar… ¡12 vueltas al mundo en coche!” (López, 2010 p. 65).
(4) Es complicado predecir la fecha exacta del techo del petróleo puesto que puede confirmarse con exactitud una vez superada (como fue el caso del techo del petróleo en Estados Unidos). Por ejemplo, James Murray de la Universidad de Washington y David King de la Universidad de Oxford, en un artículo reciente de la prestigiosa revista Nature, piensan que el techo de producción de petróleo a nivel mundial tuvo lugar en 2005 con unos 75 millones de barriles al día. De todas maneras, que el techo del petróleo haya pasado, esté por llegar a corto plazo o ocurra dentro de 20 o 30 años, no supone gran diferencia a escala de la civilización humana.
(5) A pesar de mejoras significativas en torno a la intensidad de carbono entre 1990 y 2007 (-12%), la eficiencia tecnológica no ha compensado el crecimiento de la población (+24,5%) y el aumento del nivel de abundancia (+25,5%), y las emisiones de CO2 han aumentado de 38%. Fuente: Tim Jackson (2010).
(6) De hecho, según una comisión de diez expertos creada en diciembre del 2011 a instancias del Parlamento de Japón, “el accidente en la planta nuclear de Fukushima Daiichi no se puede contemplar como un desastre natural. Fue un desastre hecho por el hombre que podría haberse previsto y prevenido”. Fuente.
(7) Más información.
(8) Véase por ejemplo el estudio siguiente: IRENA (2011): Renewable Energy Jobs: Status, Prospects & Policies, IRENA Working Paper
(9) A pesar de una resolución del Parlamento europeo sobre comercio y cambio climático que solicitó «que se subordinara todo acuerdo sobre la compra de biocarburantes a cláusulas relativas al respeto de las superficies devueltas a la biodiversidad y a la alimentación humana», la Comisión Europea sigue vislumbrando el objetivo del 10% de ‘biocombustibles’ en los transportes para el año 2020.
(10) En 2007, mientras la producción de maíz para agrocombustible aumentaba en un 500% en Estados Unidos, el precio del maíz –bajo el efecto conjunto del cambio climático, de la producción de carne y de la producción de agrocombustibles– se encarecía en un 130%, provocando una crisis social profunda para todas las poblaciones cuya alimentación descansa en estos productos básicos.
*Coordinador de Ecopolítica y miembro de la Revista Ecología Política.
Publicado en la revista Cuides, nº9, octubre 2012 (1). Este es el tercer artículo de ocho en la serie “¿Qué es la ecología política? Una vía para la esperanza en el siglo XXI”.
http://florentmarcellesi.wordpress.com/
Artigo socializado pelo Ecoportal.net e publicado pelo EcoDebate, 17/01/2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A ultima fronteira...

Ambientalistas criticam planos contra vazamento de petróleo no Ártico

Documento redigido pelos oito países com território no Ártico não detalha medidas que devem ser tomadas caso ocorra um acidente e é considerado vago por organizações ambientalistas.

A reportagem é da agência de notícias Reuters e reproduzida pelo portal Ig, 05-02-2013.

Os países do Ártico foram vagos em seus planos de cooperação contra vazamentos de petróleo na região, e deveriam ter estabelecido com mais rigor a responsabilidade das empresas por eventuais acidentes, disseram ambientalistas na segunda-feira.

Um documento de 21 páginas redigido pelos oito países do Conselho Ártico diz que a região "deve manter um sistema nacional para responder imediata e efetivamente aos incidentes de poluição petrolífera" nessa gélida região, que está se tornando mais aberta à exploração por causa do aquecimento global.

A Reuters teve acesso e antecipou o teor do documento, que deve ser aprovado em maio. Ele não detalha medidas em termos de contratação de pessoal, navios, equipamentos de limpeza e responsabilidades corporativas por eventuais derrames de petróleo no Ártico, onde os EUA estimam estar 13 por cento das reservas petrolíferas ainda não descobertas do planeta, e 30 por cento das reservas de gás não descobertas.

Os países redigiram esse documento num momento em que empresas como Royal Dutch Shell, ConocoPhillips, Lukoil e Statoil voltam seus olhos para o norte, apesar dos custos e riscos envolvidos. Em 31 de dezembro, o mau tempo provocou o encalhe da plataforma petrolífera Kulluk, da Shell, na costa do Alasca.

"O documento não encara os riscos de um vazamento de forma significativa", disse Ruth Davis, do Greenpeace, que entregou o documento à Reuters. Autoridades confirmaram a autenticidade do texto. O Greenpeace, que luta pela proibição da prospecção petrolífera no Ártico, disse que o texto é "escrito de forma tão vaga que terá pouco valor prático na elevação do nível de preparação" contra acidentes.

"Deveríamos estar bem além desse documento rudimentar", ecoou Rick Steiner, consultor ambiental, ex-professor da Universidade do Alasca e crítico contumaz da indústria do petróleo. Ele disse que o Conselho deveria dar mais ênfase à prevenção dos vazamentos.

O Conselho Ártico --formado por EUA, Rússia, Canadá, Suécia, Finlândia, Noruega, Islândia e Dinamarca (país que controla a Groenlândia)-- vê a cooperação como um grande avanço para a região, onde a cobertura de gelo atingiu seu menor nível no verão boreal de 2012.

"Haverá muitas melhorias em comparação a hoje - simplesmente por tornar mais fácil para que os países árticos se ajudem mutuamente quando necessário", disse Karsten Klepsvik, que foi até o final de 2012 especialista da chancelaria norueguesa em questões polares.

O documento estabelece, por exemplo, um contato ininterrupto entre os oito países para questões emergenciais, além de estipular regras nacionais para permitir o rápido transporte de equipamentos de limpeza pelas fronteiras marítimas, um melhor monitoramento e treinamentos conjuntos.

Os ministros de Meio Ambiente dos países do Conselho Ártico vão se reunir na terça e quarta-feira em Jukkasjarvi, na Suécia, para discutir a proposta. O documento deixa claro seu caráter não-vinculante, exceto no ressarcimento de custos quando um país ajudar outro. Ele diz que suas regras estão "sujeitas à capacidade das partes e à disponibilidade de recursos relevantes".

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/517447-ambientalistas-criticam-planos-contra-vazamento-de-petroleo-no-artico 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Projeto cATA-LOGo – Projeto quer vai revolucionar a reciclagem em sua cidade


A coletiva seletiva não funciona em minha cidade!

Em debates aqui no blog muitos leitores nos contaram suas tentativas frustradas para reciclar seu lixo, a grande reclamação é que a coleta seletiva simplesmente não funciona em suas cidades.
Alguns dos problemas levantados:
  • Não há qualquer divulgação de informações pela prefeitura sobre como é feita a coleta seletiva local. Simplesmente as pessoas não sabem como devem proceder para ter o seu lixo reciclado.
  • A coleta não é organizada, o caminhão da reciclagem não tem dia, nem hora certa pra passar. Lixos se acumulam nas casas e a coleta em edifícios e condomínios é inviabilizada.
  • A cidade faz a coleta seletiva, mas sem organização da cadeia de coleta e treinamento dos trabalhadores o material reciclável se mistura com o orgânico e acabam no aterro sanitário .
Existem muitos outros prolemas mas Estes foram os pontos comuns que diversos leitores levantaram. O incrível esta situação é igual em diversas regiões do pais. A responsabilidade da coleta seletiva e das prefeituras, se elas não possuírem um plano bastante eficiente para a coleta seletiva ela simplesmente não acontece.

Para ilustrar o problema: Apenas 6% das cidades brasileiras possuem mecanismos para a coleta seletiva e a cidade de São Paulo só recicla 1% do lixo gerado na cidade.
Dados da Revista Veja e Estadão.
É preciso mudar, é preciso apostar em novas idéias.

Projeto cATA-LOGO – Coleta Seletiva inteligente e conectada

Mas então oque fazer pra solucionar estes problema? O projeto cATA-LOGO tem uma solução bastante simples, viável e que você pode ajudar a tirar do papel.
Criando um site, uma rede de comunicação direta entre os interessados o cATA-LOGo conectará pessoas como eu, você e todo mundo que gera lixo, com pessoas que vivem desse mesmo lixo: catadores , agentes ambientais, recicladores. Usaremos aplicativos simples para transformar o nosso desperdício em riqueza. Bastará separar orgânico de reciclável e se conectar!
Assista o video acima e entenda a proposta, se estiver lendo o artigo via RSS ou E-mail clique aqui para ver o video.
Imagina só que bacana? Você poderá se conectar a um website, descobrir quem são as cooperativas e recicladores que podem recolher seu lixo e pronto seu lixo irá ser recolhido de maneira segura e organizada.

Reciclagem e impacto social positivo

Além de ser eficiente acontecerá um grande impacto social levando mais dignidade para os catadores e recicladores. O sistema disponibilizará dados aos catadores permitindo saber aonde e quando retirar os lixos recicláveis, trazendo mais segurança pois não há necessidade de revirar o lixo e também será possível recolher muito mais lixo em muito menos tempo. O resultado: Mais renda e dignidade.

Além da internet

Mas como os catadores receberão estes dados? Funcionará na prática? O bacana é que o projeto não é só a plataforma na internet mas sim um pacote de ações que vai entender, educar e conectar as pessoas interessadas em reciclar.
Uma das ações previstas é estudar toda a cadeia da coleta seletiva do ponto de vista do catador, levantando seus custos, estatísticas de material coletado e descobrindo quais são os desafios e necessidade. Além disto serão implementados ações inovadoras como o uso transportes não poluentes para a coleta e o uso de rotas e mapas inteligentes. Tudo isto feito em colaboração. Fantástico não?
Os Objetivos gerais do projeto são:
  • Facilitar a destinação responsável de resíduos recicláveis, reutilizáveis e descartáveis.
  • Inclusão social, melhoria da renda e da auto-estima dos catadores.
  • Conscientização da sociedade sobre temas relacionados à reciclagem e à mobilidade urbana.

Crowdfunding – Ajude a tirar o projeto do papel

Para realizar o projeto a equipe recorreu ao Crowdfunding, aonde você poderá ajudar o projeto e ainda ganhar recompensas. Acesse o site do Catarse e participe do projeto!
O projeto ficou entre os 3 mais votados pelo público nas 2 fases de seleção do “Festival de Idéias – Inovações para o Desenvolvimento Social” realizado pelo Centro Ruth Cardoso e precisa de sua ajuda para sair do papel.
O projeto cATA-LOGo pretende angariar R$20.000 até 20 de novembro. Definimos um objetivo de arrecadação para executar o mínimo necessário. O valor excedente arrecadado será automaticamente utilizado nas próximas outras etapas do projeto. Esta etapa será desenvolvida de janeiro a julho de 2012 em Campinas e São Paulo e fará o levantamento de dados e o desenvolvimento de um sistema de coleta programada de recicláveis baseado em internet.
Para executar o projeto precisaremos de programador, estatístico, equipar o núcleo de catadores com computador e celulares e publicar no site as atividades e os resultados.
Para viabilizar essa idéia não precisaremos de donativos. Todas as formas de apoio receberão recompensas caprichadas e o projeto só será realizado se todos os recursos necessários forem captados. Caso contrário, só lhe custou um clique.

Faça sua parte!

Nós do Coletivo Verde estamos apoiando e já estamos fazendo parte do microfinanciamento, faça parte você também, acesse o site do Catarse e participe do projeto!.

Sobre Guilherme Augusti Negri ( @coletivoverde )

Guilherme Augusti Negri
Empreendedor com veia social e ambiental e músico por hobby. Fundador do Coletivo Verde.

Aprendendo com formigas e cupins


"Já existem estudos demonstrando que na Floresta Amazônica, perto de Manaus, formigas e térmites (cupins) representam um terço da biomassa animal. Se a elas se acrescentarem abelhas e vespas, serão 80% do total", informa Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 28-09-2012.
"Por isso, - continua o jornalista - dizem Wilson e seu parceiro, pode-se afirmar que "o socialismo funciona, em certas circunstâncias. Karl Marx apenas escolheu a espécie errada" para estudar".
Segundo Washington Novaes, "embora, no caso das formigas, suas 500 mil células nervosas tenham, juntas, apenas o tamanho de uma letra numa página de livro. E se todas as espécies de formigas desaparecessem, afirmam, "seria uma catástrofe".
Enfim, assevera o articulista, "no momento em que tantos estudos mostram o momento difícil que vivemos por causa das várias crises globais, incluindo a da finitude de recursos naturais, é preciso entender muito mais não apenas da relação humana com os ecossistemas, biomas, áreas específicas, mas também do significado, em cada um deles, das muitas espécies, sua importância para a conservação - e para a sobrevivência humana".
Eis o artigo.
Texto da BBC Brasil estampado na última segunda-feira por este jornal relata a preocupação de cientistas com a "invasão global de minhocas" e de "outras espécies alienígenas" - entre elas, as formigas -, que "já conquistaram quase todos os continentes" (a Antártida é uma das exceções). Espécies invasoras estão "vencendo a competição" com espécies locais porque se adaptam rapidamente a terrenos desmatados e alterados, mudam a estrutura dos solos. Podem reduzir efeitos da erosão, como na Amazônia, aumentar o nível de minerais no solo e estimular o crescimento de plantas. Mas afastam outras espécies.

Estranho que possa parecer, é tema altamente relevante, fascinante mesmo, por muitos ângulos. E quem se interessar pode, por exemplo, consultar o livro Journey to the Ants - a Story of Scientific Exploration (Harvard Press University, 1994), de Bert Hölldobler e Edward O. Wilson, este último considerado um dos maiores conhecedores da biodiversidade e o maior especialista em mirmecologia, o estudo das formigas, ao qual se dedica há meio século no mundo todo, com vários livros publicados. A ponto de um deles (The Ants, 1990) pesar 3,4 quilos. Juntos, Wilson e Hölldobler têm pesquisas de quase um século.

Wilson e Hölldobler começam ensinando aos humanos uma lição admirável das formigas: o seu êxito - que as levará a dominar o planeta, de acordo com o primeiro - decorre do extraordinário comportamento de cooperação entre os milhares de membros de cada colônia, que produz extrema eficiência na busca, no transporte e no armazenamento de alimentos, na reprodução, na defesa do grupo, etc. Uma das armas principais nessa luta coletiva pela vida é o uso de vários tipos de linguagem (corporal, visual, gestual, etc.), principalmente química - porque o odor de cada parte do corpo, emitido no encontro de dois seres, pode ter significados muito específicos, como alarme, desejo de atração, disposição para cuidar da cria, oferta de alimentos, etc. E essa cooperação é a base da sobrevivência.

A colônia é o sentido fundamental da vida para cada formiga, embora possa haver disputa entre a rainha e formigas operárias quando estas se sentem em condições de reproduzir (o que cabe à rainha). Pode haver também conflitos com outras formigas da mesma espécie. Mas, com suas características, as formigas sobrevivem há muito mais tempo que os seres humanos, uns 100 milhões de anos, desde a época dos dinossauros. É quase inacreditável, quando se lembra que o tamanho de uma formiga é de cerca de um milionésimo do corpo humano. Mas elas representam 1% do quintilhão de insetos que existem no planeta - já eram na década de 1990 cerca de 10 quatrilhões e cada formiga se reproduz umas 500 vezes nos 20 anos que o ser humano leva para formar cada nova geração. Por isso, pensa Wilson, as formigas dominarão a Terra. Hoje, juntas, pesam tanto quanto todos os seres humanos.

Já existem estudos demonstrando que na Floresta Amazônica, perto de Manaus, formigas e térmites (cupins) representam um terço da biomassa animal. Se a elas se acrescentarem abelhas e vespas, serão 80% do total. Por isso, dizem Wilson e seu parceiro, pode-se afirmar que "o socialismo funciona, em certas circunstâncias. Karl Marx apenas escolheu a espécie errada" para estudar. Embora, no caso das formigas, suas 500 mil células nervosas tenham, juntas, apenas o tamanho de uma letra numa página de livro. E se todas as espécies de formigas desaparecessem, afirmam, "seria uma catástrofe".

Poderíamos aprender muito com formigas, cupins e também com muitas espécies vegetais. Há alguns anos, quando produzia um documentário para a TV Cultura, o autor destas linhas foi ao Jardim Botânico paulistano acompanhando um especialista em grandes estruturas de concreto na Universidade de São Paulo (USP), que começou mostrando uma variedade de bambu com a maior capacidade de resistência a impactos físicos por centímetro quadrado - e o estudo dos fundamentos dessa resistência serviam para orientar a criação de grandes estruturas de concreto. Depois mostrou um cupinzeiro, abrindo com as palavras: "Este é o edifício mais inteligente que existe. Aqui vivem dezenas de milhares de indivíduos, que convivem em harmonia, trafegam sem congestionamento (para buscar alimentos), sem colisões, sem conflitos, orientando-se com várias linguagens. No interior do cupinzeiro existem câmaras específicas onde a rainha deposita seus ovos para reprodução; câmaras para depósito de alimentos, com orifícios no alto para a saída de gases da decomposição; outros orifícios que são fechados ou abertos por ação dos cupins, para adaptar-se às temperaturas fria ou quente. Pode haver algo mais racional?".

No momento em que tantos estudos mostram o momento difícil que vivemos por causa das várias crises globais, incluindo a da finitude de recursos naturais, é preciso entender muito mais não apenas da relação humana com os ecossistemas, biomas, áreas específicas, mas também do significado, em cada um deles, das muitas espécies, sua importância para a conservação - e para a sobrevivência humana. É espantoso: na hora em que cientistas afirmam que toda a superfície de gelo acumulada no Ártico pode derreter-se (nos meses de verão) em quatro anos (guardian.co.uk, 17/9), liberando quantidades assombrosas de metano acumuladas sob a camada até aqui permanente, é preciso ter consciência da gravidade da situação. E da necessidade de levar os comportamentos sociais a serem adequados às novas questões. Até formigas, cupins, abelhas e vespas se enquadram nesse contexto.

É aflitivo, por isso, verificar a distância dos assuntos fundamentais em que se encontram, nesta hora, os temas das campanhas eleitorais em todo o País. Não será por essas veredas imediatistas que se poderá chegar a alguma via larga, aberta para o horizonte e o futuro.

Em:  http://www.ihu.unisinos.br/noticias/

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Victory! We just stopped oil drilling in Achuar territory‏



Queridos amigos,
La semana pasada me llamó Achuar Guisantes Guisantes Ayui líder con excelentes noticias: Nuestra campaña larga y dura ha obligado a Talisman Energy a abandonar sus planes de perforación petrolera en territorio Achuar en la Amazonía peruana.
"Le agradezco a usted ya nuestros aliados para estar con nosotros en solidaridad para hacer frente a este problema", exclamó Peas. "Me da mucha felicidad de haber logrado lo que nos propusimos hacer."
Es su apoyo de Amazon Watch que hace que victorias como éstas es posible.
Por favor, continúe ayudándonos a soportar los Achuar!
Talisman es la quinta compañía petrolera que los Achuar han obligado a abandonar. Esto demuestra que juntos podemos detener la destrucción de la selva tropical. He aquí cómo:
  • Los Achuar se mantuvo fuerte y unida con el apoyo de todo el mundo.
  • Más de 10.000 de los que firmaron una petición exigiendo Talisman irse.
  • Cientos apoyada viajes líderes Achuar 'a Canadá.
  • Decenas salieron a protestar fuera de Talisman oficinas en Calgary, Canadá.
Guisantes Guisantes Ayui
"Esto no termina aquí, tenemos que permanecer despierto.
Pedimos que nuestros aliados no nos olvides y no nos dejan ".
- Guisantes Guisantes Ayui
No puedes irte ahora. Perú y Ecuador están listos para licitar nuevas concesiones petroleras en territorio Achuar y sus alrededores. En respuesta Amazon Watch es la construcción de la solidaridad internacional por la causa Achuar, presionando al gobierno peruano a abandonar sus planes de perforación petrolera, y el apoyo a los Achuar propia visión de desarrollo de los proyectos de ingresos sostenibles, centros de medicina tradicional y la educación bilingüe.
Nuestra combinación de implacables campañas internacionales y apoyo directo a los Achuar está funcionando. Colabora con una Amazonía sin petróleo perforación: Done hoy.
Para los Achuar,
Gregor MacLennan
Gregor MacLennan
Perú Coordinador del Programa

Manténgase informado acerca de nuestro trabajo

Siga con nosotros en Twitter Hazte amigo o fan en Facebook Amazon Watch videos en You Tube

Acerca de esta dirección de correo electrónico

Usted está recibiendo este email porque se ha suscrito a nuestro boletín y actualizaciones periódicas ya sea en el Amazon Watch o sitio web ChevronToxico.
Nuestra dirección postal es:
Amazon Watch
221 Pine Street
Suite 400
San Francisco, CA 94104

Agréganos a tu libreta de direcciones
LevelUp

Copyright (C) 2000 - 2012 Amazon Watch Todos los derechos reservad

domingo, 16 de setembro de 2012

CI-Brasil lança livro sobre os biomas brasileiros

O lançamento é hoje no Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2012
A Conservação Internacional e a editora Casa da Palavra, com o patrocínio da Vale, lançam hoje, dia 5 de setembro, no Jardim Botânico, o livro Biomas brasileiros – retratos de um país plural.
No momento em que sustentabilidade e preservação são temas fundamentais para o crescimento do país, a obra apresenta um panorama completo, inédito e atual dos biomas nacionais. Uma contemplação da nossa riqueza natural, que vira ponto de partida para a compreensão da importância global dos nossos ecossistemas, todos  tão singulares: Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Pampas e o Bioma Marinho.
Veja algumas fotos da publicação
Fartamente ilustrado – com a colaboração de grandes fotógrafos brasileiros e estrangeiros –, Biomas brasileiros – retratos de um país plural traz textos de grandes especialistas em ecologia, ciências naturais, preservação e economia, apresentando-se em duas versões bilíngues: português-inglês e português-espanhol. Um presente para estudantes, pesquisadores e gente apaixonada por tanta brasilidade.
“O livro descreve o pano de fundo da construção de um novo e duradouro modelo de vida no planeta para o terceiro milênio. Um modelo em que o bem-estar humano e a conservação da natureza andem lado a lado e dependam um do outro, e no qual exista uma civilização com práticas sustentáveis inclusivas e, principalmente, alegre, criativa, próspera e respeitosa”, afirma Fabio Scarano, um dos organizadores do livro e vice-presidente sênior da Conservação Internacional.
A obra apresenta os biomas brasileiros tendo como proposta um processo de redescobrimento do Brasil, ou seja, a partir de sua sequência de ocupação. Assim, o primeiro bioma apresentado é a Mata Atlântica, por onde chegaram os portugueses, seguido da Caatinga, que começou a ser habitada pelos sertanejos, passando para o Cerrado, Pantanal, Campos do Sul (ou Pampas). Ao final, o livro apresenta o bioma Marinho/Costeiro, a nova frente de crescimento do Brasil.
Em conjunto, os biomas brasileiros abrigam cerca de 20% das espécies do planeta, protegem 12% da água doce do mundo e contribuem significativamente para a estocagem de carbono e, com isto, para a estabilidade do clima. Adicionalmente, a riqueza do solo e a amenidade climática permitem ao Brasil ser um dos maiores produtores mundiais de alimento, assim como uma das maiores reservas de minérios, petróleo e gás. Por outro lado, essa fantástica riqueza natural está ameaçada.
Além de mostrar estas ameaças, Biomas brasileiros – retratos de um país plural apresenta os exemplos bem-sucedidos de harmonia homem-natureza, de produção efetivamente sustentável, de sustentabilidade e responsabilidade no consumo, de mercados que valorizam o custo dos serviços prestados pela natureza, de financiamentos verdes e de instituições com princípios e práticas baseados, de forma equânime, no tripé social-econômico-ambiental.
Parceiros
Sobre a Conservação Internacional: A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987, com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de uma unidade avançada em Caravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org ou siga-nos no twitter @CIBrasil e facebook Conservação Internacional CI-Brasil
Sobre a Vale:  A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro e a segunda maior produtora de níquel, acredita que desenvolvimento sustentável significa captar inúmeras oportunidades de crescimento, reconhecendo os limites físicos do planeta. Para isso, a empresa busca trabalhar com a realidade de que os recursos naturais são finitos, se compromete a praticar e promover o seu uso eficiente, investir em uma matriz energética limpa e minimizar os impactos de suas operações. Recentemente, a empresa assumiu o compromisso de reduzir em 5% suas emissões de gases do efeito estufa projetadas para 2020 e de influenciar sua cadeia de valor para que siga o mesmo caminho. Em 2011, a empresa investiu US$ 1 bilhão em ações ligadas ao meio-ambiente e, para 2012, prevê investir US$ 1,4 bilhão.
Mais informações informações: 
Assessoria de Imprensa da Conservação Internacional: Gabriela Michelotti – (61) 3226-2491 – g.michelotti@conservacao.org
Assessoria de Imprensa da Vale: Regina Rozin – (21) 3814-6267 – regina.rozin@vale.com
Assessoria de Imprensa da Casa da Palavra - Talita Correa (21) 3206-5050 - talita.correa@fsb.com.br

domingo, 2 de setembro de 2012

Educação ambiental e desenvolvimento sustentável.

LEFF, Enrique. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável. In REIGOTA, Marcos (org.). Verde cotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999 (p.111-129).
“A questão ambiental emerge como uma crise de civilização” (Leff, 1999: 112).
“[as rupturas desta crise] questionam os paradigmas do conhecimento, bem como os modelos societários da modernidade, defendendo a necessidade de construir outra racionalidade social, orientada por novos valores e saberes; por modos de produção sustentados em bases ecológicas e significados culturais; por novas formas de organização democrática” (Leff, 1999: 112).
“Esta mudança de paradigma social leva a transformar a ordem econômica, política e cultural, que, por sua vez, é impensável sem uma transformação das consciências e dos comportamentos das pessoas. Nesse sentido, a educação se converte em um processo estratégico com o propósito de formar os valores, as habilidades e as capacidades para orientar a transição na direção da sustentabilidade” (Leff, 1999: 112).
“A emergência da questão ambiental como problema do desenvolvimento e a interdisciplinaridade como método para um conhecimento integrado são respostas complementares à crise da racionalidade da modernidade” (Leff, 1999: 113).
“Frente ao ideal do projeto científico fundado na racionalidade formal e instrumental, de obter um controle crescente do mundo, através de sua capacidade de predicação, determinação e simplificação, a educação ambiental incorpora as dimensões da complexidade, da desordem, desequilíbrio e da incerteza no campo do conhecimento (Prigogine e Stenders 1984), afinados com os princípios da ecologia e da termodinâmica de sistemas abertos” (Leff, 1999: 114).
“A produção sustentável emerge, assim, como novo objeto científico interdisciplinar e a educação ambiental como um instrumento para a construção da racionalidade ambiental” (Leff, 1999:114).
“A interdisciplinaridade foi um ponto de referência constante dos projetos educativos, sobretudo no âmbito universitário. (…) Sem dúvida, os avanços teóricos, epistemológicos e metodológicos no terreno ambiental foram mais férteis no terreno investigativo que eficazes na condução de programas educativos” (Leff, 1999: 115).
“As resistências teóricas e pedagógicas fizeram com que muitos programas que susgiram com uma pretensão interdisciplinar fracassassem perante a dificuldade de integrar os paradigmas atuais de conhecimento” (Leff, 1999: 115).
“A educação ambiental requer a construção de novos objetos interdisciplinares de estudo através da problematização dos paradigmas dominantes, da formação dos docentes e da incorporação do saber ambiental emergente em novos programas curriculares” (Leff, 1999: 115).
“(…) seria necessário elaborar formas de avaliação qualitativa dos métodos da complexidade da ciência pós-normal (funtowics e Ravetz, 1994) aplicados à educação ambiental, desobrigando-a dos princípios da ciência positiva” (Leff, 1999: 116).
“Ainda que se tenha dado um desenvolvimento do saber ambiental em várias temáticas das ciências naturais e sociais, estes conhecimentos não se incorporaram plenamente aos conteúdos curriculares de novos programas educativos” (Leff, 1999: 116-117).
“Com a emergência da interdisciplinaridade e da complexidade, também surgiu uma filosofia da natureza e uma ética ambiental. Estas ecosofias vão desde a ecologia profunda (Naess, 1989) e o biocentrismo que defende os direitos da vida ante a intervenção antrópica da natureza, até a ecologia social que imprime novos valores democráticos à reorganização da sociedade a partir dos princípios de convivência, solidariedade, integração, autonomia e criatividade, em harmonia com a natureza (Bookchin, 1991)”.
“A consciência ambiental se manifesta como uma angústia de separação e uma necessidade de reintegração do homem na natureza” (Leff, 1999: 117).
“A visão ecologista levou a um certo esquematismo na definição da dimensão ambiental na educação básica. Em muitos casos, esta se reduz à incorporação de temas e princípios ecológicos às diferentes matérias de estudo – na língua materna, na matemática, na física, na biologia, na literatura e na educação cívica – e a um tratamento geral dos valores ecológicos (Unesco, 1985), ao invés de trabalhar com a forma de traduzir o conceito de ambiente e pensamento da complexidade para a formação de novas mentalidades, conhecimentos e comportamentos” (Leff, 1999: 118).
“A incorporação do meio ambiente à educação formal, em grande medida, se limitou a internalizar os valores de conservação da natureza; os princípios do ambientalismo se incorporaram através de uma visão das interrelações dos sistemas ecológicos e sociais para destacar alguns problemas mais visíveis da degradação ambiental” (Leff, 1999: 119).
“A educação ambiental interdisciplinar, entendida como a formação de habilidades para apreender a realidade complexa, foi reduzida à intenção de incorporar uma consciência ecológica no currículo tradicional” (Leff, 1999: 119).
“Sem dúvida, a educação ambiental ainda está muito longe de penetrar e trazer novas visões de mundo ao sistema educativo formal. Os princípios e valores ambientais que promovem uma pedagogia do ambiente devem ser enriquecidos com uma pedagogia da complexidade, que induza os alunos a uma visão de multicausalidade e de interrelações de seu mundo nas diferentes etapas do desenvolvimento psicogenético, que gerem um pensamento crítico e criativo baseado em novas capacidades cognitivas” (Leff, 1999: 119).
“Os princípios da educação ambiental não se traduzem diretamente no currículo integrado. Desta maneira, o que nos mostra a experiência de educação ambiental na América Latina, nos últimos vinte anos, é uma multiplicidade de projetos educativos e de estratégias formativas. Esta dispersão (…) expressa os interesses teóricos e disciplinares de quem assumiu a liderança e a responsabilidade na condução destes projetos” (Leff, 1999: 119-120).
“Os valores ambientais se induzem por diferentes meios (e não só dentro dos processos educativos formais), produzindo ‘efeitos educativos’” (Leff, 1999: 120).
“Estes valores, que expressam uma nova cultura política, estão penetrando no sistema educativo formal através da pesquisa participante e sua incorporação nos conteúdos curriculares. A politização dos valores ambientais está presente, também, nos projetos de educação não formal que grupos de ecologistas realizam com a comunidade (…)” (Leff, 1999: 120).
“Desta maneira, a aprendizagem é um processo de produção de significados e de apropriação subjetiva de saberes” (Leff, 1999: 121).
“A educação ambiental abre um processo de construção e apropriação de conceitos que geram sentidos divergentes sobre a sustentabilidade” (Leff, 1999: 122).
“Os desafios do desenvolvimento sustentável implicam na necessidade de formar capacidades para orientar um desenvolvimento fundado em bases tecnológicas, de equidade social, diversidade cultural e democracia participativa” (Leff, 1999: 120).
Educação ambiental e desenvolvimento sustentável
“Na educação ambiental confluem os princípios da sustentabilidade, da complexidade e da interdisciplinaridade. Sem dúvida, suas orientações e conteúdos dependem das estratégias de poder implícitas nos discursos de sustentabilidade e no campo do conhecimento” (Leff, 1999: 123).
“O discurso do desenvolvimento sustentável não é homogêneo. Pelo contrário, expressa estratégias conflitantes que respondem a visões e interesses diferenciados. Suas propostas vão desde um neoliberalismo econômico, até a construção de uma nova racionalidade produtiva” (Leff, 1999: 123).
“A perspectiva economicista privilegia o livre mercado como mecanismo para internalizar as externalidades ambientais e para valorizar a natureza, recodificando a ordem da vida e da cultura em termos de um capital natural e humano (Leff, 1996)” (Leff, 1999: 123).
“Pelo seu lado, as propostas tecnicistas destacam a desmaterialização da produção, a reciclagem dos dejetos e as tecnologias limpas (Hinterberger e Seifert, 1995).” (Leff, 1999: 123).
“A partir da perspectiva ética, as mudanças nos vlaores e nos comportamentos dos indivíduos aparecem como o princípio fundamental para alcançar a sustentabilidade” (Leff, 1999: 123).
“Cada uma destas perspectivas implica em projetos diferenciados de educação ambiental, centrados na formação econômica, técnica e ética, respectivamente” (Leff, 1999: 123).
“O pensamento da complexidade deve se enraizar nas bases ecológicas, tecnológicas e culturais que constituem uma nova racionalidade produtiva” (Leff, 1999: 124).
“A globalização econômica se apresenta como uma retotalização do mundo debaixo do signo do mercado, negando e reduzindo a potencializada da natureza, negando os saberes tradicionais e subjugando as culturas marginalizadas” (Leff, 1999: 124).
“A racionalidade ambiental implica em uma nova teoria da produção, em novos instrumentos de avaliação e em novas tecnologias ecológicas apropriáveis pelos próprios produtores; incorpora novos valores que dão novo sentido aos processos emancipatórios que redefinem a qualidade de vida das pessoas e o significado da existência humana (Leff, 1994 b)” (Leff, 1999: 124).
“As distintas vertentes da sustentabilidade terão, pois, importantes repercussões sobre as estratégias e os conteúdos da educação ambiental. Os efeitos sobre o processo educativo serão diferentes se o movimento para sustentabilidade global privilegia os mecanismos do mercado para valorizar a natureza e a mudança tecnológica para desmaterializar a produção e limpar o ambiente, ou se está baseado em uma nova ética e na construção de uma racionalidade ambiental” (Leff, 1999: 124-125).
“A educação ambiental foi reduzida a um processo geral de conscientização cidadã, à incorporação de conteúdos ecológicos e ao fracionamento do saber ambiental a uma capacitação aligeirada sobre problemas pontuais, nos quais a complexidade do conceito de ambiente foi reduzido e mutilado (…)” (Leff, 1999: 125).
“Neste propósito produtivista e eficientista se dissolve o pensamento crítico e reflexivo, pessoal e autônomo, para ceder o poder de decisão aos mecanismos de mercado, aos aparatos do Estado e às verdades científicas desvinculadas dos saberes pessoais, dos valores culturais e dos sentidos subjetivos (…)”(Leff, 1999: 126).
“A racionalidade ambiental conjuga uma nova ética e novos princípios produtivos com o pensamento da complexidade (…) requer um programa de educação ambiental compreensivo e complexo, aberto a um amplo espectro de atividades e atores” (Leff, 1999: 126).
“Na educação formal básica, trata-se de vincular a pedagogia do ambiente a uma pedagogia da complexidade (…). Isto implica em revalorizar o pensamento crítico, reflexivo e propositivo frente às condutas automatizadas que são geradas pelo pragmatismo e pelo utilitarismo da sociedade atual” (Leff, 1999: 126).
“Quanto à capacitação da comunidade, a inseminação de uma racionalidade ambiental (…) promove o resgate e a revalorização dos saberes tradicionais, assim como um processo de capacitação em que se amalgamam estes saberes com os conhecimentos científicos e tecnológicos modernos (…)”(Leff, 1999: 127).
“As estratégias educativas para o desenvolvimento sustentável implicam na necessidade de reavaliar e atualizar os programas de educação ambiental frente aos consensos gerais da Agenda 21” (Leff, 1999: 127).
“A educação ambiental formal implica em diferentes abordagens e estratégias em sés diferentes níveis e âmbitos, assim como no contexto de cada país e cada região do planeta. A educação para o desenvolvimento sustentável exige novas orientações e conteúdos; novas práticas pedagógicas, nas quais se plasmem as relações de produção de conhecimento e os processos de circulação, transmissão e disseminação do saber ambiental” (Leff, 1999: 127).
“Neste sentido, a educação ambiental adquire um sentido estratégico na condução do processo de transição para uma sociedade sustentável” (Leff, 1999: 128).

domingo, 29 de julho de 2012

A “febre” do ouro que empobrece o Peru



A crise econômica no país andino é cada vez mais dramática e está estraçalhando a população. O principal fator deste processo degenerativo na região de Madre de Dios é, sobretudo, a exploração dos recursos minerais que enriquecem as multinacionais do precioso metal, prejudicando dramaticamente as populações locais.

A reportagem é de Luca Rolandi e está publicada no sítio Vatican Insider, 25-07-2012. A tradução é do Cepat.

Paolo Moiola, jornalista da Missioni Consolata foi à região no sudeste do país, famosa por sua biodiversidade, para ver de perto o que está acontecendo em termos ambientais por conta da nova “febre” do ouro.

O Peru é o sexto maior produtor de ouro do mundo. Os países que encabeçam a lista são: China, África do Sul, Estados Unidos, Austrália e Rússia. Em 2011, no país andino foram extraídas 164 toneladas do metal precioso, o que equivale a 6% da produção mundial.

Desenvolvem suas atividades na zona, sobretudo, grandes multinacionais como a Barrick Gold (do Canadá) e aNewmont Mining Corporation (dos Estados Unidos), que possui a maior mina de ouro da América do Sul:Yanacocha, em Cajamarca.

Um missionário suíço, o padre Xavier María Arbed de Morsier, fundador e responsável pela Apronia, uma associação que protege os menores da exploração, vive e trabalha desde 1975 em Puerto Maldonado. Denuncia com veemência todos aqueles que exploram sem piedade a população local para extrair ouro das minas.

Em Puerto Maldonado há muitos que compram ouro. Todos os clientes são mineiros informais. Seu trabalho é duríssimo, mas podem ganhar bastante bem. Uma pena que o preço tão elevado deste comércio tenha que pagar o ambiente e a sociedade. É justamente a questão ambiental o primeiro grande perigo na zona de Madre de Dios, onde a extração desenfreada de ouro está colocando em risco a reserva natural de Tombopata, além de prejudicar consideravelmente a biodiversidade de Puerto Maldonado.

Este desastre ambiental também é um desastre social: os mais de 15.000 mineiros vivem em condições pouco dignas; a criminalidade e a prostituição aumentaram; a droga e o alcoolismo são a “companhia” de muitos dos trabalhadores que não conseguem resistir aos duríssimos horários de trabalho da extração. Há também problemas relacionados à maternidade precoce: calcula-se que 35% das novas mães são menores de 18 anos. Com frequência, as jovens mães e seus filhos vivem em um abandono e degradação social insustentáveis, enquanto os missionários tratam de ajudá-los detendo esta situação.

Onde há uma mina de ouro a céu aberto, a destruição é total, indica a reportagem da Missioni Consolata: “em vez de árvores há um deserto; em vez do rio há água envenenada com mercúrio e combustíveis; em vez de uma comunidade civil há uma sociedade degradada”.

Um dos que se opõem a esta lógica de aldeias de plástico e comércio ilegal é César Ascorra, responsável daCáritas de Madre de Dios, que descreve a Moiola o projeto alternativo de sociedade e de produção para promover modalidades diferentes para a extração e a comercialização do “ouro bom” (Allinccory). Ascorra ilustra a positiva iniciativa para enfrentar a ferocidade das multinacionais e defender a natureza (água e minerais), favorecendo, ao mesmo tempo, as populações.

BANIR AGROTÓXICOS.

Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.

A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.

Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.

CICLOVIDA Completo