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Sete passos para um jornalista ambientalmente responsável
1. Seria assinado um protocolo com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes. Os jornalistas deveriam, num prazo de cinco anos, diminuir em 20% o consumo de calabresa apimentada, torresminho e carne seca com mandioca.
2. Os diplomas, que não valem mais nada, deveriam ser impressos pelas faculdades em papel semente. Tão logo o jornalista recebesse o seu certificado e chorasse abraçado aos pais, deveria picá-lo e plantar os pedacinhos em um vaso qualquer.
3. Seria criada uma reserva alcoológica para proteção do jornalista-que-bebe-pra-cacete-da-barriga-redonda, espécie ameaçada de extinção pelo jornalista-nerd-que-só-toma-suco-de-lichia-do-rabo-malhado.
4. Com o intuito de promover o uso racional da energia, os pescoções, nas madrugadas de sábado, passariam a ser realizados à luz de velas. As velas, juntamente com a pizza e o vinho safado, ainda garantiriam um clima de romantismo ao ambiente.
5. Para evitar as queimadas descontroladas, o consumo de maconha seria restrito às festinhas entre amigos uma única vez na semana. E, em um amplo programa de compensação ambiental, para cada baseado fumado, o jornalista deveria plantar um novo pé em sua casa.
6. Incentivo ao descarte seletivo do lixo jornalístico. Você sabia que uma coluna do Diogo Mainardi jogada num rio leva centenas de anos para se decompor? Em cestos plásticos azuis, por exemplo, seriam depositadas matérias sobre celebridades. Nos verdes, resenhas de jogos de futebol. Nos vermelhos, matérias com economistas fazendo projeções furadas.
7. Seria instituído o Dia Mundial Sem Carro de Reportagem. E também o Dia Mundial Sem Destruir a Planta que Fica ao Lado da Máquina de Café de Tanta Raiva pela Folga Cassada pelo Editor. E, claro, o Dia Mundial Sem Releases Tóxicos.
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