Abertura do Seminário "As inter-relações da biodiversidade" na segunda-feira Biólogos, museólogos, economistas, historiadores, comunicadores, ambientalistas, engenheiros, físicos, gestores – especialistas das mais diversas áreas debatem no Jardim Botânico as relações da biodiversidade com temas que dizem respeito ao presente e ao futuro do planeta e, obviamente, da humanidade. O Seminário "As inter-relações da biodiversidade" começa dia 30 de maio e vai até 2 de junho, abordando questões como mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, divulgação científica, saberes tradicionais e outras. O evento é organizado pelo Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e terá lugar no auditório da Embrapa Solos, Rua Jardim Botânico, 1024. As inscrições estão abertas na Associação dos Amigos do Jardim Botânico (AAJB)- Rua Jardim Botânico, 1008, casa 6. Horário de atendimento: de segunda a sexta, das 9h às 16h30. O valor da inscrição para o seminário completo é de R$ 60,00; estudantes pagam R$ 30,00. Também é possível se inscrever para palestras avulsas, a R$ 10,00 cada. Informações: 3204-2504 Reprise 1 Cine Gaia volta neste sábado, 28/5 A exibição começa às 15h, com o documentário “Kali Bein – O Rio Negro”, de Surendra Manan. A produção indiana de 2007 retrata o histórico rio Kali Bein, muito importante socialmente e também para a economia da população de Punjab. Com a industrialização, o rio se tornou um imenso lixão, mas o povo da região, motivado por um santo, passa a revivê-lo. Em seguida, às 16h30, será exibido “O pesadelo é azul”, de Ângelo Lima. Filmado em 2008, a produção brasileira mostra o que aconteceu depois de 20 anos do acidente radioativo Césio-137, ocorrido em Goiânia, em setembro de 1987. O filme apresenta depoimentos de 11 pessoas envolvidas no episódio, além de declarações de ex-governadores, secretários de saúde e deputados. A Reprise I Cine Gaia acontece quinzenalmente no Centro de Visitantes do Jardim Botânico, Rua Jardim Botânico, 1008. Grátis. Cineclube do Jardim exibe "A cruz dos anos" A trama, de 1937, traz as dificuldades de um casal de idosos que precisa decidir seu destino, após perderem sua casa para a hipoteca. Cada um passa a viver com um filho diferente e sem data para retorno. Mas certo dia, quando têm a oportunidade de se reencontrar, eles resolvem refazer o roteiro de sua lua-de-mel. A exibição faz parte do ciclo “Melodrama” e acontece na próxima terça-feira, 31/5, às 19h, no Centro de Visitantes - Rua Jardim Botânico, 1008. Grátis. |
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Princípios da Agroecologia
Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.
Francisco Roberto Caporal
http://www.aba-agroecologia.org.br/
grãos
Como os lobos mudam rios
Como se processa os animais que comemos
Rio Banabuiu
A VERDADE SOBRE O CANCER
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Seminário "As inter-relações da biodiversidade"
domingo, 29 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Washington Novaes: O terreno difícil dos agrotóxicos
Washington Novaes: O terreno difícil dos agrotóxicos
O terreno difícil dos agrotóxicos27 de maio de 2011 | 0h 00
Washington Novaes – O Estado de S.Paulo
Neste próximo mês de junho entra em vigor resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe (desde janeiro) a produção e a comercialização de agrotóxicos que contenham como ingrediente ativo o metamidofós. O veto à comercialização programado só para junho visou a evitar que houvesse este ano prejuízos para cultivos, com indisponibilidade de substitutos. Mas em junho de 2012 ficará proibido todo e qualquer uso do metamidofós.
Os estudos que levaram à resolução concluíram que esse inseticida – usado no País em lavouras de soja, algodão, feijão, batata, trigo, tomate e amendoim – “não oferece segurança nem para trabalhadores, nem para consumidores, nem para a população em geral” que possa estar exposta a seus resíduos: foi considerado neurotóxico e imunotóxico, com atuação prejudicial aos sistemas endócrino, reprodutor e ao desenvolvimento embriofetal. No Brasil, tem um consumo anual em torno de 8 mil toneladas de ingrediente ativo.
O produto já está proibido em vários países, até mesmo na China. A resolução da Anvisa – que estudava o problema desde 2008 e ficou 75 dias em consulta pública, na qual teve 34 manifestações favoráveis e 22 contrárias – foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Reavaliação Toxicológica (que tem membros da própria Anvisa, do Ibama e do Ministério da Agricultura). E já tivera uma nota técnica, com estudos publicados e literatura científica, avaliada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mas setores da produção e da comercialização, inconformados, continuam a contestá-la. E há uma ação à espera de decisão na Justiça Federal em Brasília.
É uma questão em que se contrapõem fabricantes e produtores agrícolas, de um lado, e cientistas, ambientalistas e sanitaristas, do outro. E não é só aqui. Há poucos dias encerrou-se em Genebra a V Conferência das Partes do Convênio de Estocolmo sobre Contaminantes Orgânicos Persistentes, no âmbito do qual já foram proibidos 21 produtos. Que incluem pesticidas, substâncias industriais e produtos que se propagam pelo solo, pelo ar e pela água, além de se acumularem em tecidos de organismos vivos – incluindo humanos. São, portanto, tóxicos para as pessoas, para a fauna e para a flora. Podem ser transmitidos pelo leite materno, podem causar câncer, problemas reprodutivos e alterações no sistema imunológico.
Esse tema dos agrotóxicos precisa de muita discussão no Brasil.
Na China, como informaram alguns jornais, há pouco registrou-se na Província de Jiangsu perda praticamente total da safra de melancias porque, na ânsia de apressar o crescimento e a venda, os produtores usaram agrotóxicos em excesso. E as melancias passaram a explodir nas estufas. No Brasil, o uso de alguns produtos levou a gravíssimos problemas de saúde entre os trabalhadores, principalmente em lavouras de fumo. Num mercado mundial cada vez mais atento a problemas dessa natureza, usos inadequados podem levar até a restrições ou proibições de importação.
E o panorama brasileiro nessa área, como já foi assinalado neste espaço em artigo anterior (18/4), merece muita atenção e cuidado. Já somos os maiores importadores de agrotóxicos do planeta, com um consumo médio anual de 14 litros por hectare cultivado, mais 180 mil toneladas anuais de fertilizantes. A importação aumentou mais de 20% em uma década e chegou a 80% do consumo total (quando era de 20% há 30 anos). Hoje, importamos 74% do nitrogênio, 49% do fósforo, 92% do potássio. Nossa importação total de defensivos chegou a US$ 6,6 bilhões em 2009, quando o total no mundo ficou em US$ 48 bilhões.
O preço médio dos fertilizantes também teve forte alta em 2010, com influência considerável no preço dos produtos, já que dependemos em 81% de fertilizantes importados. Tanto que o relatório do Banco Central de 12 de outubro de 2010 já mencionou que o maior fator de alta no preço de commodities incluía essa questão. O índice de commodities agropecuárias (açúcar, soja, trigo, carne) acusou, em dez meses do ano passado, alta de 46%. Para avaliar essa influência basta lembrar que hoje, no Brasil, as lavouras de cana-de-açúcar usam 6,3 litros de agrotóxicos e insumos químicos por hectare cultivado; as de milho, 6,7 litros; as de soja, 15,4 litros; e as de algodão, 39,2 litros. O consumo total, de quase 1 bilhão de litros por ano, equivale a seis litros por habitante do País.
Quando se retorna às questões de saúde, vale a pena ouvir palavras do professor Wanderlei Pignati, médico e doutor na área de toxicologia, professor na Universidade Federal de Mato Grosso, que, em parceria com a Fiocruz, estuda a questão no município de Lucas do Rio Verde (MT), onde há cinco anos houve um acidente de contaminação tóxica de pessoas por pulverização aérea de defensivos. Ele analisou 62 mulheres que amamentavam bebês. Todas as amostras “revelaram a presença de algum agrotóxico”, inclusive o DDT (diclorodifeniltricloroetano), já banido, e o endossulfan, “proibido há 20 anos na União Europeia”, mas que somente será banido no Brasil em julho de 2013. “O metamidofós”, também encontrado, diz professor Wanderlei Pignati, “é cancerígeno e neurotóxico”.
Segundo o toxicologista, legislação, no Brasil, há: “Mas existem alguns furos. Primeiro, quem está fiscalizando? (…) E os critérios, como a distância de 500 metros de nascentes de água, casas, criação de animais, ninguém respeita.” E acrecenta: “O litro de água que você bebe hoje pode ter 13 tipos de metais pesados, 13 tipos de solventes, 22 tipos de agrotóxicos diferentes, 6 tipos de desinfetantes. Hoje, a questão mais importante na contaminação da água não é mais a bactéria, mas toda essa contaminação química” (Agência Brasil de Fato, 28/4).
Então, é preciso ter políticas adequadas, legislação competente. A agricultura é fundamental para o País. Mas, na área dos agrotóxicos e dos insumos químicos, é preciso muito cuidado, até para não ter, além de problemas internos de saúde, barreiras comerciais externas.
JORNALISTA
E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR
PS do Viomundo: A reportagem do Brasil de Fato a que se refere o autor, aqui, na verdade é reprodução de entrevista publicada por este site, aqui.
Aqui para ler entrevista com a pesquisadora que investigou os agrotóxicos no leite materno.
Aqui para ler entrevista com a pesquisadora que investigou a relação entre agrotóxicos e doenças respiratórias.
E aqui para ler entrevista com a professora Raquel Rigotto, que pesquisa o mesmo tema no Ceará.
Agricultura de Baixo Carbono (ABC),
Também foi aberto hoje o Seminário de Difusão do Programa ABC, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Segundo o presidente da empresa, Pedro Arraes, o programa tem cinco pilares: plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas.
“O Brasil deu uma grande contribuição com propostas na COP-15 e agora dá exemplo de algumas políticas que estão sendo colocadas em prática”, disse Arraes, referindo-se à participação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), ocorrida em Copenhague, em dezembro do ano passado.
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, disse que o programa está voltado à sustentabilidade, o mesmo priorizado pelo governo. Fontelles e Arraes assinaram, no evento, com entidades representativas do plantio direto na palha, florestas plantadas e fixação biológica de nitrogênio, protocolos de intenção para o aperfeiçoamento e difusão das práticas que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa.{repostcontent}
quinta-feira, 26 de maio de 2011
OS JOVENS PROTAGONIZAM...
III EREA- Encontro Regional dos
Estudantes de Agronomia.
de 27 a 31 de maio no Campus do Pici - UFC
Programação do Encontro
27/mai sexta : Histórico da Agricultura
28/mai sábado : Análise de Conjuntura: Educação e Questão Agrária
Formação Profissional: Extensão, CiÊncia e Tecnologia.
Grupos de discussões
PREB - Conjuntura Local 29/mai
29/mai Domingo: Formação Profissional: Matriz Curricular, PL 2824
Campanha Via Campesina : Agrotóxicos
Grupos de discussão
Preparação para o ato
PREB II
30/mai Segunda : Ato Publico
Paineis Paralelos: Cotas, Gênero, Educação do Campo,
Agroecologia etc.
31/mai terça : Reunião das delegações das demais universidades do Nordeste
Plenária Final
A incrição esta custando 20,00 (dará direito a participação dos espaços de
formação, bolsa, caderno de textos, alimentação, culturais ...)Estará
sendo realizada nessa sexta-feira o dia todo no Centro Acadêmico.
Garanta já sua participação.
Acessem o blog e tenham todas as informações necessárias: Inscrições,
Local do Evento , Comissão Organizadora, Contatos, Fotos, Textos
referentes aos temas que serão abordados no encontro, Enquetes, Curso de
Coordenadores etc etc etc...
www.3ereanordeste.blogspot.com
Mais informações: feabfortaleza@yahoo.com.br
(85) 88080980
(85) 87602225
(85) 33669700
Fórum Regional de Agroecologia
Fórum Regional de Agroecologia
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=11196992630963769809
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Embrapa Agrobiologia
A apostila, de 238 páginas, auxilia quem pretende atuar em recuperação de áreas degradadas e conservação do solo e água. O leitor terá a oportunidade de desenvolver pensamento crítico e analítico a respeito dos fatores e processos de degradação dos recursos - solo e água; aprender técnicas para recuperação de áreas degradadas e manejo e conservação da água e do solo, e, discutir e elaborar estratégias de planejamento de recuperação de áreas degradadas e monitoramento ambiental de áreas degradadas.
Segundo o Banco Mundial, os solos agrícolas são degradados a uma taxa de 0,1% ao ano. O que torna esse dado ainda mais grave é que a maioria destes solos está em países menos desenvolvidos. Na América Latina e Caribe, o mau uso de produtos químicos e a erosão degradaram 300 milhões de hectares.
Os autores da obra são os pesquisadores da Embrapa Solos Fabiano Balieiro e Sílvio Tavares, com a colaboração de profissionais da própria Embrapa Solos, Departamento de Recursos Mineirais (DRM), Embrapa Agrobiologia e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
FONTE
Embrapa Solos
Carlos Dias - Jornalista
Telefone: (21) 2179-4578
terça-feira, 24 de maio de 2011
O Código da Economia Florestal Descentralizada
Segue excelente artigo, com excelente abordagem e linguagem simples e direta
sobre esse importantíssimo e urgente assunto.
Saudações
Antonio Vitor / geógrafo - educador ambiental
----- Mensagem encaminhada ----
O Código da Economia Florestal Descentralizada
Marcos Sorrentino
Ainda perplexo diante dos argumentos superficiais e possivelmente levianos,
apresentados por deputados que defendem mudanças no Código Florestal
Brasileiro, propondo eliminar ou alterar radicalmente diversos dos artigos
“conservacionistas”, em nome do aumento da renda do agricultor brasileiro,
sugiro a leitura e repercussão dos textos e estudos daqueles que têm dedicado
suas vidas à melhoria das condições existenciais de todo o povo brasileiro.
Refiro-me aos textos e estudos produzidos por Aziz Nacib Ab’Saber, Paulo Affonso
Leme Machado, Paulo Kageyama, Antonio Donato Nobre, dentre outros,
sistematizados em publicações de sociedades científicas ou divulgados pelos
meios eletrônicos de comunicação, tendo em vista a pouca divulgação dada na
grande imprensa aos argumentos contrários às alterações no Código Florestal.
Estão disponíveis nos seguintes endereços: www.sosflorestas. com.br;
http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/codigo_florestal_e_a_ciencia.pdf;
http://www.oca.esalq.usp.br/wiki/doku.php?id=home.
O foco do presente artigo será o de contribuir para a compreensão sobre a
interdependência entre conservação da natureza e melhoria da qualidade de vida
dos humanos, perspectiva presente no Código Florestal gestado e aprovado no
início dos anos 60, não por ambientalistas, mas por desenvolvimentistas
inteligentes, que sabiam da importância de uma economia florestal
descentralizada, produzindo benefícios a curto, médio e longo prazo.
Economia florestal descentralizada é a principal virtude do Código atual e não
pode ser sacrificada em nome de interesses menores, gananciosos e mesquinhos, de
quem compreende que a propriedade privada é um direito que não se submete ao bem
comum, não os obrigando a conservá-la para os seus descendentes, para as
gerações futuras e para os demais seres vivos e sistemas naturais.
Melhorar a renda do agricultor brasileiro tem sido o argumento central daqueles
que querem alterar a lei que instituiu o Código Florestal. Suas propostas
ignoram a importância da cobertura vegetal nativa para a saúde econômica de cada
propriedade rural, produzindo benefícios econômicos diretos, por meio dos bens
que dela podem ser extraídos e cultivados nas reservas legais, e bens indiretos,
nas áreas de preservação permanentes e também nas reservas legais obrigatórias,
como a manutenção da biodiversidade que garante a diminuição da incidência de
pragas e a conservação dos solos e das águas.
A reposição florestal obrigatória, prevista no Código, prevê a reposição de cada
árvore utilizada como fonte de energia. Isto significa que o legislador já
previa a necessidade de se repor as árvores consumidas, num raio economicamente
viável, em relação à fonte de consumo, para não ser necessário buscá-las em
locais cada vez mais distantes.
Imagine uma pizzaria ou uma padaria, na sua cidade, que tenha forno a lenha. Se
não houver uma legislação que obrigue o seu dono a destinar ao agricultor uma
pequena parte do que recebe de cada um de nós, para o plantio de árvores,
provavelmente as árvores disponíveis para o corte se tornarão cada vez mais
raras e distantes e, portanto, a lenha produzida a partir delas, se tornará mais
cara e nós pagaremos mais pela pizza e pelo pãozinho.
Uma propriedade rural diversificada, que não seja completamente destinada à
produção de um único bem, é a maior garantia de sobrevivência do próprio
agricultor, que não fica refém da cultura única, que pode não ter preços
vantajosos em determinados períodos ou que pode ser acometida por alguma
dificuldade climática ou biológica. É a maior garantia de que teremos árvores
disponíveis para o pão nosso de cada dia. É também a maior garantia para o
agricultor que depende da árvore para a lenha do seu fogão, para os mourões das
cercas, para as pequenas construções rurais, para o cabo da enxada, ou mesmo
para comercializar o carvão e a lenha daquela pizza que comeremos no final de
semana. Garantia para o agricultor que depende dos frutos das árvores e das
plantas medicinais ou mesmo para o empreendedor que busca compostos e princípios
ativos para remédios, cosméticos e diversos produtos da biotecnologia
comprometida com a segurança e os benefícios compartilhados e não com a
transgenia monopolizadora.
Uma economia florestal descentralizada, construída a partir das reservas legais
(RL) e das áreas de preservação permanente (APP), gera benefícios para a
conservação da biodiversidade, mantendo os fluxos de animais dos mais diversos
tipos, a exemplo das abelhas, aves e minhocas, tão essenciais para a
agricultura. Essas áreas de APP e RL, formam um mosaico interligado de proteção,
que podem ser nomeados como corredores de biodiversidade, por onde transitam
também as sementes e o pólen das plantas, propiciando os fluxos de material
genético, essenciais para o não enfraquecimento das plantas, não deixando-as
vulneráveis ao ataque de espécies oportunistas como insetos, fungos e outros,
para cujo combate, aí sim, serão necessárias altas quantidades de agrotóxicos.
Simultaneamente aos benefícios diretos da biodiversidade, deve-se mencionar a
proteção dos solos e das águas como duas qualidades essenciais das APPs e RLs
garantidas pelo Código Florestal atual, ameaçadas pelo projeto de lei relatado
pelo deputado Aldo Rebelo. Se tal proteção é facilmente percebida como essencial
para a saúde da agricultura e do mundo rural, muitas vezes não é percebida em
sua essencialidade para o mundo urbano.
Os escorregamentos de morros, provocando as tragédias que temos presenciado a
cada estação das chuvas e os transbordamentos dos corpos d água dos mais
diversos tipos, inundando ruas, residências e empresas e causando enormes
prejuízos no dia-a-dia das cidades, são conseqüências diretas do irresponsável
desmatamento de topos e encostas de morro e da área ciliar - a vegetação às
margens de cada rio, córrego, ribeirão, sanca, igarapé, dentre outras
denominações dadas em todo país, para as águas doces superficiais, essenciais
para a manutenção da vida na Terra.
A seqüência “desmatamento/erosão/assoreamento/enchentes” é por todos apreendida
desde os bancos escolares, no entanto insiste-se em mostrar para os estudantes
que somos uma sociedade que não faz o que ensina. Matamos a galinha dos ovos de
ouro, cada vez que um córrego é assoreado, poluído ou canalizado. Numa espécie
de cegueira coletiva, fechamos os olhos e os ouvidos para essas informações.
Promover a compreensão sobre a importância da cobertura vegetal é criar
condições para o mecanismo de pagamento por serviços ambientais ser aceito pelos
contribuintes de todo o Planeta, possibilitando àqueles que queiram mitigar os
impactos do aquecimento global e das mudanças socioambientais, alternativas de
plantio de árvores e de conservação das já existentes. E essa também pode se
constituir em mais uma alternativa de valorização da cobertura vegetal nativa de
cada propriedade.
A interligação entre todos os sistemas de sustentação da vida na Terra nunca foi
tão estudada e conhecida. Hoje, mais do que nunca, sabe-se da importância das
árvores para a manutenção de dois importantes e tão pouco conhecidos mares de
água doce: os aqüíferos subterrâneos e as correntes aéreas de água.
As folhas das árvores evaporam gotículas de água e elementos químicos
minúsculos, os aerossóis, que possibilitam a formação de verdadeiros rios aéreos
e das chuvas em diversas partes do planeta. Estudos sobre isto mostram que a
floresta amazônica, por exemplo, evapora a mesma quantidade de água que o rio
Amazonas lança no mar, todos os dias. E são essas águas as principais
responsáveis por boa parte das chuvas que irrigam o continente sul americano.
Da mesma forma, são elas, as plantas, que permitem que as águas que penetram no
solo, sejam filtradas e liberadas em fluxos contínuos e regulares, abastecendo
nossos rios superficiais e subterrâneos, essenciais para o abastecimento humano
e para a manutenção de todas as formas de vida.
Enfim, ao invés de ficarmos cobiçando as APPs e RLs onde está a maior garantia
para a sobrevivência da humanidade, vamos dialogar sobre as políticas agrícolas
e agrárias, que permitam melhor utilizarem-se os 200 milhões de hectares
destinados a pecuária, com simples aperfeiçoamentos tecnológicos, que podem
liberar metade dessas áreas para outras modalidades de cultivo agrícola,
preferencialmente para assentamentos de reforma agrária que garantam alimentos e
bens nas mesas e no cotidiano de todos os brasileiros, contribuindo para
diminuir a pressão das massas humanas que migram para os grandes centros urbanos
em busca de trabalho e acesso aos equipamentos sociais.
Necessita-se também de um efetivo plano de safra, com mecanismos de
financiamento e comercialização. De políticas sociais para o campo e acima de
tudo de uma política de extensão rural e conservacionista que não seja apenas a
da aplicação das punições previstas na lei.
Não devemos seguir o caminho temerário de buscar-se a resolução de um problema,
criando outros e não focando nas verdadeiras causas que têm dificultado a plena
realização do espírito da Lei que instituiu o Código Florestal – o de árvores,
florestas e outras formas de vegetação que tornem as paisagens urbanas e rurais
um verdadeiro jardim produtivo, sob os cuidados de jardineiros capazes de se
encantar com a biodiversidade e produzir riquezas para toda a humanidade.
Marcos Sorrentino
Professor de Educação e Política Ambiental
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ/USP
16/05/2011
domingo, 22 de maio de 2011
Linha de crédito para projetos sustentáveis
Linha de crédito para projetos sustentáveis na agricultura tem R$ 2 bi, mas produtores desconhecem
A pouca divulgação do programa – o governo está preparando uma campanha publicitária – é apontada como uma das causas da falta de demanda pelos recursos. Há ainda a burocracia: é preciso – para que o governo tenha controle do uso efetivo do recurso e da obtenção das metas – um projeto técnico. E o fato de existirem linhas de financiamento mais antigas, mais conhecidas (e com juros mais altos), voltadas para a mesma finalidade, como o Produza e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), também pode reduzir a demanda pelo ABC.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento afirma que está fazendo sua parte: divulgando o programa por meio do treinamento de técnicos e da criação de comissões estaduais que conduzirão o programa localmente – além da futura campanha publicitária. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) diz, por meio da assessoria de imprensa, que é o produtor quem não está procurando o programa. Para José Carlos Vaz, diretor de agronegócios do Banco do Brasil, são diversos os fatores, inclusive o cultural, que estão afetando o ABC. “As tecnologias abrangidas pelo programa são relativamente novas e os itens financiáveis vinham sendo apoiados financeiramente pelas diversas linhas de crédito de investimento já disponíveis anteriormente.” Ele também acredita que alguns produtores esperam a definição do novo Código Florestal, em trâmite no Congresso Nacional, e que os empresários precisam ter evidência da relação custo-benefício para assumir o risco do investimento.
“A maioria dos produtores não conhece essas linhas de crédito e, além disso, quando o ABC foi lançado, muitas instituições não sabiam como operacionalizar”, diz Maria Eloá de Souza Rigolin, diretora da consultoria Produzoo, especializada em projetos de integração lavoura-pecuária-floresta.
Vaz explica que podem acessar a linha produtores rurais, tanto pessoa física quanto jurídica, e suas cooperativas. Os recursos devem ser usados em investimentos como georreferenciamento e regularização ambiental, aplicação e incorporação de corretivos agrícolas, adubação verde e plantio de cultura de cobertura do solo, aquisição de sementes e mudas para formação de pastagens, culturas e florestas, construção e modernização de benfeitorias e de instalações, entre outros.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Encontro do Movimento e Grupos de Agroecologia
O Grupo de Consumidores Responsáveis do Benfica convida-os a participar do Encontro do Movimento e Grupos de Agroecologia durante a Feira Agroecológica do Benfica, dia 21 de maio, com diversos círculo de diálogos. O objetivo é unir movimentos e socialização experiências em grupos e comunidades, encerrando com uma ManifestAção Coletiv@ em prol de toda forma de Vida. Você é importante na construção desse processo! E, acredite na força de pequenas ações. A esperança na ação transforma a realidade! Com amor,
O Grupo
Mais informações:
João Lucas ( 86249661 ou 99881448)
http://consumidoresresponsaveis.blogspot.com/
Essa ação é parte de ações descentralizadas, EM MAIO (mês escolhido pela Rede de grupos de agroecologia como mês de mobilização), a fim de tomar praças, quintais, locais de aprendizagem com oficinas, mobilizacoes e o que + emergir
No dia 20, às 18h, exibição de vídeo na Gentilândia \o/
No dia 21, após a Feira, a movimentação continua com: visita a experiencia de agroecologia urbana da okupação Toren (bairro de fátima) e, a noite, culminaremos com uma bicicletada na Praça da Cura (www.acuradopalenta.org.br) para celebrarmos a Vida com muita música e intervenções ecoartisticas.
http://consumidoresresponsaveis.blogspot.com/
quarta-feira, 18 de maio de 2011
A FALTA DE CONTATO COM A NATUREZA
A importância da Educação Ambiental com atividades interativas na natureza para evitar este problema
Transtorno da falta de contato com a Natureza (Nature Deficit Disorder), é um termo criado por Richard Louv em seu livro, Last Child in the Woods (Tradução: A Última Criança nas Florestas) e refere-se à alegada tendência de as crianças terem cada vez menos contato com a natureza, resultando em uma ampla gama de problemas de comportamento.
Louv afirma que estudos realizados com estudantes na Califórnia e na maior parte dos Estados Unidos mostraram que as escolas que utilizam as salas de aula ao ar livre e outras formas de educação utilizando experiências com a natureza, seus estudantes apresentaram significativamente melhor desempenho em estudos sociais, ciências, artes, linguagem e matemática.
Veja o artigo completo sobre os estudos das conseqüências para as crianças deste problema e a importância da educação ambiental com atividades interativas na natureza para evitá-lo
http://ra-bugio.blogspot.com/2011/05/transtorno-da-falta-de-contato-com.html
Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Jaraguá do Sul – SC
http://www.ra-bugio.org.br/
Acompanhe nosso trabalho de Educação Ambiental nas escolas públicas para salvar a MATA ATLÂNTICA
http://www.ra-bugio.org.br/projetosemandamento.php
e também na nossa página no FACEBOOK
http://www.facebook.com/pages/Ra-bugio-Salve-a-Natureza/139773049407363
terça-feira, 17 de maio de 2011
PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOLOGIA DA UFV
BANIR AGROTÓXICOS.
Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.
A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.
Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.