Manual inédito orienta a recuperação de áreas degradadas na Caatinga |
A Embrapa Agrobiologia lança nesta quinta-feira o Manual para recuperação de áreas degradadas por extração de piçarra na Caatinga. A publicação apresenta os principais resultados práticos do projeto pioneiro realizado nos últimos quatro anos em parceria com a Petrobras UN-RNCE (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-árido para revegetação destas áreas no estado do Rio Grande do Norte. O projeto utilizou como base a tecnologia de recuperação de solos degradados já desenvolvida pela Embrapa e aplicada com sucesso em outras regiões do país. Divido em quatro capítulos, o manual, inédito, pretende ser um balizador para a recuperação de áreas degradadas na Caatinga. O primeiro capítulo faz uma abordagem sobre os principais aspectos geofisiográficos deste bioma e sua degradação. O segundo aborda em detalhes todo o processo de produção de mudas de espécies florestais com potencial de uso na revegetação dessas áreas. Na sequência, são abordados aspetos práticos para a recuperação de jazidas de extração de piçarra, incluindo o ordenamento e a preparação da área, a aplicação de solo superficial e o plantio de mudas. No quarto e último capitulo, são relatados os principais resultados de um estudo piloto que avaliou, em seis jazidas de piçarra com características distintas, a adaptação e o desenvolvimento de diferentes espécies arbóreas e a adequação da aplicação de solo superficial como possível acelerador do processo de recuperação ambiental dessas áreas. A equipe responsável pelo projeto acredita que serão necessários estudos adicionais para aperfeiçoamento da tecnologia, como, por exemplo, a seleção de novas espécies vegetais. Mas por outro lado, há um consenso de que com o nível de conhecimento atual, já é possível recuperar essas áreas de extração de piçarra na Caatinga com espécies predominantemente nativas da flora desse bioma. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta uma das maiores áreas sujeitas a desertificação no Brasil. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas inapropriadas. Assessoria de Imprensa: Ana Lucia Ferreira (MTB 16913/RJ) Embrapa Agrobiologia Tel:(21) 3441-1596 (21) 9339-1850 Fonte: Assessoria Embrapa Agrobiologia, 16 de março de 2011. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário