As videiras necessitam de aproximadamente 680 milímetros de chuva por ano, e o ideal seria que boa parte caísse durante o inverno e a primavera, quando a vinha está tentando criar brotos e cachos. As uvas gostam de amadurecimento longo e lento, por isso o ideal é uma quantidade mínima de chuva no verão e no outono. Chuva durante o verão em um clima quente, eleva o risco de doenças ligadas ao mofo e ao bolor, e chuva na época da colheita, seja em clima quente ou frio, também é problemática: as uvas cobertas com gotas de chuva produzem um vinho diluído. Mas o clima ideal para a vitivinicultura traz safras excepcionais, e na maioria das vezes, os produtores interferem na produção. Se as condições estiverem muito secas, os produtores podem irrigar as vinhas, embora seja preciso tomar cuidado com a freqüência e a quantidade de água. Quando molhado, um vinhedo produz mais uvas – mas o vinho resultante será mais diluído, uvas insípidas. As vinhas fazem as melhores uvas quando têm de dar duro para produzi-las; água em excesso não encoraja as raízes a se aprofundarem em busca de nutrientes. As raízes de uma vinha têm a tarefa de retirar água e minerais do solo. Uma vinha que cresce em um solo rico e úmido só precisa de raízes rasas para retirar água e nutrientes suficientes, alimentando uma densa formação de folhas e bagos. Uma vinha que cresce em um solo mais seco e pobre tem de lutar para sobreviver, mergulhando suas raízes profundamente em busca de água e minerais, como é o caso das videiras do Douro, Portugal. Até pouco tempo atrás, a irrigação nos vinhedos da Europa era proibida porque as entidades responsáveis pelo controle achavam que a qualidade é mais importante do que a quantidade. Entretanto, na Espanha, Itália e o Vale do Douro, em Portugal, os produtores tiveram sucesso ao lutar para regar seus vinhedos em anos secos. Diferente no Novo Mundo, onde os países produtores não trabalham sob o peso de regulamentação rigorosa e podem irrigar seus vinhedos. Este é o exemplo de países como na Austrália, Nova Zelândia ou Califórnia que irrigam seus vinhedos. O método usado é a irrigação em gotas; um cano corre ao longo da carreira de vinhas, e por um pequeno furo sai água para cada uma delas. A quantidade de água dada a casa planta é literalmente controlada gota a gota e a umidade do solo do vinhedo é medida constantemente para assegurar que as vinhas não recebam água demais. Champagne, a região vinícola francesa mais ao norte, encontra-se no limite onde as temperaturas médias não são suficientemente elevadas para amadurecer as uvas. Em direção à costa do Atlântico, a pluviosidade é demasiada elevada para o cultivo de vinhas. O caráter acídico do Champanhe é determinado por este clima limite. Já no norte da Borgonha, a Chardonnay desenvolve uma expressão mineral incomparável no solo, uma mistura de pedra calcária marinha e barro. Como em outras denominações da Borgonha, chove normalmente tanto que os produtores adotam uma densidade de plantação particularmente elevada para controlar o crescimento das vinhas. Na região de Bordéus, no Mèdoc, a temperatura do clima acomoda o amadurecimento tardio e onde as excelentes e porosas camadas de gravilha evitam que as freqüentes chuvas acabem com as vinhas. |
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Princípios da Agroecologia
Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.
Francisco Roberto Caporal
http://www.aba-agroecologia.org.br/
grãos
Como os lobos mudam rios
Como se processa os animais que comemos
Rio Banabuiu
A VERDADE SOBRE O CANCER
terça-feira, 3 de abril de 2012
Uvas no meu Quintal!
BANIR AGROTÓXICOS.
Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.
A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.
Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.
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