Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uvas no meu Quintal!


A água ideal para a videira



O mundo das viti viníferas pela ampelografia

Há cerca de 24 mil nomes para 5 mil variedades 

diferentes de uvas viníferas. Destas, apenas 150
 são plantadas comercialmente em quantidades
 significativas para produção de vinhos. 
A ampelografia serve exatamente para identificar e 
descrever uma videira. Esta ciência estuda e mede 
sarmentos, caules, botões, flores, cachos, sêmenes
 e uvas. Sua ascensão se deu depois que a praga
 filoxera quase exterminou os vinhedos no mundo 
no fim do século XIX.

 O Chile, por exemplo, durante um bom tempo consumiu

 algumas carmenéres pensando que eram merlot. 
Em 1994, o ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot 
notou que algumas cepas dessa variedade demoravam a 
maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram 
que se tratava na realidade da antiga variedade de videiras 
européias de Bordeaux, a carménère, cultivada inadvertidamente
 e julgada extinta desde 1860. Acreditava-se que as videiras carménère foram exterminadas pela filoxera
 (vide glossário www.viticultura.org.br), entretanto foi redescoberta no Chile. Hoje a carménère do Chile 
é exportado para todo o mundo, inclusive para a França.

As videiras necessitam de aproximadamente 680 milímetros de chuva por ano, e o ideal
seria que boa parte caísse durante o inverno e a primavera, quando a vinha está tentando
criar brotos e cachos. As uvas gostam de amadurecimento longo e lento, por isso o ideal
é uma quantidade mínima de chuva no verão e no outono. Chuva durante o verão em um
 clima quente, eleva o risco de doenças ligadas ao mofo e ao bolor, e chuva na época da
 colheita, seja em clima quente ou frio, também é problemática: as uvas cobertas com gotas
de chuva produzem um vinho diluído. Mas o clima ideal para a vitivinicultura traz safras
excepcionais, e na maioria das vezes, os produtores interferem na produção.


Se as condições estiverem muito secas, os produtores podem irrigar as vinhas, embora seja
preciso tomar cuidado com a freqüência e a quantidade de água. Quando molhado,
um vinhedo produz mais uvas – mas o vinho resultante será mais diluído, uvas insípidas.
 As vinhas fazem as melhores uvas quando têm de dar duro para produzi-las; água em
 excesso não encoraja as raízes a se aprofundarem em busca de nutrientes.


As raízes de uma vinha têm a tarefa de retirar água e minerais do solo. Uma vinha que
cresce em um solo rico e úmido só precisa de raízes rasas para retirar água e nutrientes
suficientes, alimentando uma densa formação de folhas e bagos. Uma vinha que cresce em
um solo mais seco e pobre tem de lutar para sobreviver, mergulhando suas raízes
 profundamente em busca de água e minerais, como é o caso das videiras do Douro, Portugal.

Até pouco tempo atrás, a irrigação nos vinhedos da Europa era proibida porque as
entidades responsáveis pelo controle achavam que a qualidade é mais importante do
 que a quantidade. Entretanto, na Espanha, Itália e o Vale do Douro, em Portugal,
os produtores tiveram sucesso ao lutar para regar seus vinhedos em anos secos.
 Diferente no Novo Mundo, onde os países produtores não trabalham sob o peso
de regulamentação rigorosa e podem irrigar seus vinhedos.


Este é o exemplo de países como na Austrália, Nova Zelândia ou Califórnia que irrigam
 seus vinhedos. O método usado é a irrigação em gotas; um cano corre ao longo da carreira
de vinhas, e por um pequeno furo sai água para cada uma delas. A quantidade de água dada
a casa planta é literalmente controlada gota a gota e a umidade do solo do vinhedo é medida
constantemente para assegurar que as vinhas não recebam água demais.


Champagne, a região vinícola francesa mais ao norte, encontra-se no limite onde as
temperaturas médias não são suficientemente elevadas para amadurecer as uvas. Em direção
à costa do Atlântico, a pluviosidade é demasiada elevada para o cultivo de vinhas.
O caráter acídico do Champanhe é determinado por este clima limite. Já no norte da Borgonha,
 a Chardonnay desenvolve uma expressão mineral incomparável no solo, uma mistura de pedra
 calcária marinha e barro. Como em outras denominações da Borgonha, chove normalmente tanto
 que os produtores adotam uma densidade de plantação particularmente elevada para controlar
o crescimento das vinhas. Na região de Bordéus, no Mèdoc, a temperatura do clima acomoda
o amadurecimento tardio e onde as excelentes e porosas camadas de gravilha evitam que as
 freqüentes chuvas acabem com as vinhas.

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