Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

sábado, 11 de junho de 2011

O Cooperativismo Popular

O Cooperativismo Popular é uma prática que defende um modelo de produção oposto aos princípios do sistema capitalista. Dentro dessa política alternativa é incentivada a criação de novas lideranças que gerem trabalho e renda, especialmente para comunidades carentes e pessoas em situação de instabilidade econômica.

O modelo do Cooperativismo Popular se diferencia de outras espécies de organizações socioeconômicas, exatamente por reunir associados que vivem na exclusão e por possuir um modelo democrático e participativo, voltado mais para o bem comum do que para o lucro. Essas organizações voluntárias aceitam sócios sem restrições, contanto que eles participem ativamente de todas as atividades desenvolvidas pela cooperativa. 

Toda a renda gerada por uma atividade específica de cada cooperativa é democraticamente distribuída entre os membros, sendo que a renda máxima não pode ultrapassar o triplo da renda mínima. 

As chamadas incubadoras são estruturas essenciais para que o Cooperativismo Popular dê certo, pois elas são as responsáveis por orientar e viabilizar a criação das cooperativas. A formação de uma rede de Incubadoras de Cooperativismo Popular é uma forma de criar interação entre essas cooperativas, o que resulta no surgimento de projetos que trabalham a favor da população. 

Uma cooperativa que trabalha com reciclagem, por exemplo, pode se vincular a uma cooperativa que reúne catadores de materiais recicláveis para otimizar seus resultados. Assim, os envolvidos no trabalho de ambas as cooperativas são beneficiados pelo lucro e ao mesmo tempo prestam um serviço de interesse público.

Voltando um pouco no tempo, vamos ver que o Cooperativismo Popular nasceu em 1844 e tem suas raízes em solo inglês. Considerada a primeira cooperativa moderna, a Sociedade dos Probos Pioneiros de “Rockdeiol”, reuniu 28 operários do bairro “Rochdeiol-Manchester” e mostrou ao mundo o que até hoje são os princípios que compõe o autêntico cooperativismo.

A criação, em 1995, da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, da UFRJ, é considerada um marco para o desenvolvimento do modelo econômico no Brasil. A Universidade Federal do Rio de Janeiro se tornou pioneira em implantar o vínculo entre universidade e cooperativa popular. A ITCP foi criada para formar cooperativas, ou seja, criar alternativas de trabalho, renda e cidadania para seus membros. O foco dos empreendimentos da incubadora é atender indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade social e econômica. Ela busca incentivar a cooperação, não somente dentro do grupo, mas também entre a cooperativa e a sociedade à sua volta, promovendo, dessa maneira, a inclusão social.

Mas um trabalho assim não é fácil. Existem diversos fatores que dificultam o desenvolvimento de iniciativas como a ITCP do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador do projeto, Gonçalo Gonçalves, o principal desafio da incubadora está relacionado ao perfil das pessoas com que eles trabalham. "São pessoas que enfrentam dificuldades na sociedade, seja no plano da educação, no acesso a financiamento, a crédito, entre outras coisas".

A Incubadora da UFRJ possui mais de 50 projetos em execução em diversas áreas e atingindo os mais diferentes setores da sociedade. São desenvolvidos projetos ligados à educação, à ciência, à informática e à reciclagem, que são subsidiados por diversas empresas da iniciativa privada e pública. Para quem deseja conhecer um pouco mais sobre o trabalho da ITCP, basta acessar www.itcp.coppe.ufrj.br. 

Em Bauru, a UNESP também possui um projeto semelhante ao da Universidade do Rio de Janeiro. A Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp, também conhecida como INCOP surgiu em 2003 em diversos campi da UNESP. Segundo a técnica do projeto de resíduos da INCOP de Bauru, Juliana Melo Ferreira, o projeto vem se desenvolvendo mais ativamente nos últimos sete meses. 

O projeto atual da Incubadora de Bauru, coordenado por Juliana, é intitulado "Resíduos Sólidos" e funciona em parceria com cooperativas de outras universidades (USP, Unicamp e Ufscar) e outros campi da Unesp (Assis, Presidente Prudente e Ourinhos). “O objetivo do projeto é formar cooperativas de catadores [de lixo reciclável] e ao mesmo tempo uni-los em redes, não só de comercialização, mas também de troca de informações.”, explica ela. Para Juliana, a iniciativa de projetos de extensão como esse é uma obrigação de toda universidade, que exerce seu papel político quando apóia projetos desse gênero.
http://www.vidagua.org.br/

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