Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Experiência da Asa é analisada em livro

Experiência da Asa é analisada em livro


Publicação reúne outras nove iniciativas inovadoras relacionadas à produção e consumo
Foto: Fred Jordão/ASA
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Tecnologia da cisterna-calçadão permite cultivo de hortaliças no quintal de casa de família no Semiárido

30/05/2011 – Um estudo analítico da experiência da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil) foi publicado no livro “Novos Paradigmas de Produção e Consumo: Experiências Inovadoras”, que reúne outras dez experiências nacionais consideradas inovadoras neste tema.
O texto sobre a ASA, com 34 páginas, conta a história da formação da rede, apresenta a ação da ASA, através da concepção ideológica e da forma de atuação dos seus programas Um Milhão de Cisternas e Uma Terra e Duas Águas, e faz uma análise aprofundada da contribuição da Articulação na formulação de políticas públicas de convivência com o Semiárido.
Através de entrevistas com representantes da ASA e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a autora Maria do Carmo Albuquerque evidencia os avanços e os desafios na relação entre o governo e a sociedade civil.
Neste estudo de caso, a pesquisadora e docente na área de Controle Social e Participação da Sociedade em Políticas Públicas de Direito, também discorre sobre a tensão natural entre Estado e sociedade na execução de políticas públicas e no controle social. Um tema importante no debate atual é a possível redução da ideia de participação e controle social à mera execução de projetos sociais”, ressalta o estudo.
Uma parte do estudo é dedicada à contextualização da importância da agricultura familiar no país. Dados do Censo Agropecuário 2006 são usados para demonstrar em números a força desta forma de produção de alimentos em comparação ao agronegócio.
“O principal debate, no que tange ao impacto da experiência da ASA na construção de novos paradigmas de produção e consumo, parece localizar-se na questão do peso que pode adquirir a agricultura familiar no embate com as formas mais massivas de capitalizadas de agricultura”, escreveu a autora.
Também são feitos questionamentos interessantes sobre a dimensão que a agricultura familiar pode alcançar, inclusive, se este modo de produção pode se igualar ou suplantar a agricultura capitalista.
Um grande valor do estudo é a apresentação, de maneira clara e objetiva, dos componentes do projeto de desenvolvimento para o Semiárido que é defendido pela ASA. Esta plataforma é pautada nos seguintes eixos:
políticas de captação e armazenamento de água de forma descentralizada, a partir de pequenas obras e médias obras hídricas;
democratização da terra para enfrentar a concentração apontada como a principal causa dos males do Semiárido Brasileiro;
políticas de pesquisa e a produção de conhecimento que valorize o saber tradicional das famílias agricultoras;
comercialização apontada pela autora como o “nó ligado ao desafio da escala para a agricultura familiar”;
segurança e educação alimentar, que tem sido a principal linha através da qual vem se “articulando as principais políticas de captação e armazenamento da água, fomento à agroecologia e à agricultura familiar, às feiras e mercados populares e ao próprio PAA [Programa de Aquisição de Alimentos]”;
políticas de crédito e financiamento para estimular a produção da agricultura familiar que apresenta, segundo o Censo Agropecuário de 2006, a produtividade de R$ 677 por hectare por ano, enquanto o agronegócio R$ 358/ha/ano.
jovem que representa uma parcela da população vulnerável ao “chamado das cidades e da produção industrial capitalista”;
apoio à organização popular e ao controle social para fortalecer o papel autônomo da sociedade civil.
O livro, ao qual este estudo pertence, pode ser adquirido por R$ 30,00 por meio do site do Instituto Pólis (www.polis.org.br). Quem quiser baixar a versão digital da obra, no site do Instituto há um link que leva para a sua versão em arquivo PDF.

Por Verônica Pragana
Fonte: Asa (Publicado em 25/05/2011)

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