Seminário destaca importância da mídia comunitária para mobilização social |
A comunicação comunitária é tema de um encontro realizado no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na zona sul da capital fluminense. É o 1º Seminário Regional de Comunicação Comunitária, que vai até quinta-feira (19). |
Áudios disponíveis: |
Daniel Perini, da Fábrica do Futuro, fala da importância do trabalho colaborativo para a comunicação. - 34 seg. (532 KB) |
A comunidadora popular, Gizele Martins, destacou que a comunicação comunitária tem o papel de mobilizar e valorizar a cultura local. - 37 seg. (589 KB) |
Thiago Ansel reforçou que as mídias comunitárias tem fundamental importância em espaços como as favelas - 57 seg. (889 KB) |
Na mesa de abertura, os
palestrantes introduziram o tema ao responder “O que é comunicação
comunitária?”. A comunidadora popular, Gizele Martins, mediadora da
mesa, destacou que a comunicação comunitária tem o papel de mobilizar
comunidades.
Ela ainda acrescenta que é na comunicação comunitária que manifestações
culturais populares como o funk são analisadas sem serem criminalizadas, como faz mídia tradicional.
Tião
Santos, representante da organização Viva Rio, falou sobre gênese do
movimento de rádios comunitárias no Brasil. Ele contou que em 1995 um
grande encontro definiu os três princípios da radiodifusão comunitária,
são eles: sem fins de lucro, a pluralidade e a gestão democrática e
coletiva.
Sobre a lei 9.612, atual lei da radiodifusão comunitária,
a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Patrícia
Saldanha, ressaltou que ao proibir a formação de redes de rádio, a norma
estaria restringindo o potencial da experiência comunitária.
A
importância das novas tecnologias foi destacada pelo representante do
Obervatório de Favelas, do Rio de Janeiro, Thiago Ansel, que apresentou
um mapeamento de veículos de comunicação em favelas e espaços populares.
Segundo ele, dos 73 veículos mapeados, 46 apareceram na última década, o
que se justificaria pelo surgimento das novas tecnologias.
Thiago ainda reforçou que as mídias comunitárias tem fundamental importância em espaços como as favelas, pois também servem para valorizar as vidas que ali vivem, além de “politizar os debates e demandas” desses locais.
Outro
palestrante, Daniel Perini, da Fábrica do Futura de Cataguases, Minas
Gerais, deu exemplo de projetos de residência criativa com audiovisual.
Além de apresentar experiências de alguns projetos colaborativos, Daniel
ressaltou que para comunicação comunitária é importante o empoderamento
e a autonomia dos participantes.
Segundo ele,
nos processos colaborativos não é possível trabalhar individualmente.
Daniel afirma que para “ gerar um coletivo que se fortaleça é preciso
que haja revezemanto nas funções inclusive no campo da comunicação”.
O
Seminário, que começou ontem (16) vai até quinta-feira e, além das
mesas de debate, contará com espaço de trocas de experiências com a
presença de diversos coletivos, inclusive, a Pulsar Brasil. (pulsar)
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MST - REFORMA AGRÁRIA |
Sem Terrinhas trocam experiências e realizam marcha no Maranhão |
Cerca de 600 crianças Sem Terrinha de todas as regiões do estado do Maranhão participaram do 6° Encontro Estadual dos Sem Terrinha no último final de semana. |
O evento reúne crianças
dos assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST). Algumas das atividades que permearam o encontro foram
estudos sobre a identidade sem terrinha além de problemas dos
acampamentos e assentamentos em que vivem.
O encontro foi realizado entre os dias 12 e 15 de outubro, em São Luís.
Além da participação em diferentes tipos de oficinas, as crianças
puderam trocar informações sobre suas experiências nos acampamentos.
Também
tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a realidade do Povo
Palestino e prestaram solidariedade às crianças desse povo escrevendo
cartas, poesias e desenhos de apoio. Em outro momento receberam a visita
de crianças sem teto, articuladas pelo movimento União de Moradia
Popular.
Para encerrar, os Sem Terrinha realizaram uma mobilização na última segunda-feira (15). Em marcha, as crianças do MST seguiram pelas principais ruas de São Luís e, ao atravessarem o centro histórico, puxando palavras de ordem até o Palácio dos Leões, sede do governo estadual do Maranhão. As crianças denunciaram a situação de violência no campo exigindo segurança nas áreas de conflitos, melhores condições para as escolas e para os assentamentos e desapropriação de terra. (pulsar) |
BELO MONTE - DIREITOS HUMANOS |
Consórcio de Belo Monte se compromete com demandas de indígenas |
A empresa Norte Energia, responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, diz ter concordado com a pauta de reivindicações dos indígenas, após reunião de conciliação realizada nesta terça-feira (16) com as lideranças. |
De acordo com informações da Agência Brasil, a reunião foi coordenada pelo procurador da Fundação Nacional do Índio (Funai) Leandro Santos da Guarda.
Entre
as revindicações estão a construção de escolas, de hospital e de casas.
Segundo a Norte Energia, os indígenas já começaram a sair da área da
ensecadeira, que é uma pequena barragem provisória, ocupada desde o dia 8 de outubro, em uma das frentes da obra na localidade de Pimental.
Quanto aos pescadores e ribeirinhos, que também ocuparam o local e participaram da reunião, a Norte Energia informou que a pauta de reivindicação será discutida hoje (17), em Altamira.
De
acordo com os manifestantes, a ocupação ocorreu em função do completo
descumprimento dos acordos firmados pelo Consórcio Norte Energia depois
da última ocupação da ensecadeira, entre junho e julho passados.
Além do não cumprimento de grande parte das condicionantes,
eles denunciavam a falta de diálogo da empresa e a ameaça concreta de
alagamento de parte de Altamira com o barramento definitivo do Xingu.
Os
manifestantes acusam o empreendimento de fechar o rio sem que tenha
sido solucionada a transposição de barcos de um lado a outro da
ensecadeira, como exige a Licença de Instalação outorgada pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). (pulsar)
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CUBA - MIGRAÇÃO |
Cuba libera viagens ao exterior sem pedidos de autorização |
O governo cubano anunciou que, a partir do próximo 14 de janeiro, os habitantes da Ilha poderão viajar para fora do país sem pedir permissão às autoridades. |
Segundo anunciou do
Ministério de Exteriores cubano, cai também a obrigatoriedade de
apresentar uma carta convite do país de destino. Agora, a população
cubana precisará apenas de um passaporte cubano e do visto.
A
atualização da política migratória cubana é uma das reformas mais
esperadas do governo de Raúl Castro. A recente mudança também estende de
11 para 24 meses o tempo de permanência dos cubanas e cubanos no
exterior.
Essa medida do governo faz parte do
plano aprovado pelo Partido Comunista em abril de 2011. As autoridades
cubanas afirmaram que vão continuar a implementar novas modificações na
legislação em relação à migração.
O jornal cubano Granma destacou que "se manterão medidas para preservar o capital humano criado pela Revolução
frente ao roubo de talentos que aplicam os poderosos", em referência às
ações para que cubanos se mudem para os Estados Unidos.(pulsar)
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