Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

terça-feira, 12 de maio de 2015

Pesquisadores suíços confirmam efeito letal de toxina Bt sobre joaninha

Pesquisadores suíços confirmam efeito letal de toxina Bt sobre joaninhas



Pesquisadores do Instituto Federal
de Tecnologia da Suíça (ETH), em
 Zurique, confirmaram a descoberta
 anterior de que a toxina Bt Cry1Ab
 produzida por plantas de milho
transgênico aumenta a mortalidade
 de larvas jovens de joaninha de
 duas pintas (Adalia bipunctata L.)
 em testes de laboratório.
 Esses insetos são típicos “organismos
 não alvo” que supostamente não
 seriam afetados pelo milho transgênico.
 Além disso, são insetos benéficos,
que promovem o controle biológico de outras pragas.

Em 2009 a equipe de pesquisadores liderados pela Dra. Angelika Hilbeck publicou o
 estudo original, que foi incluído, juntamente com muitas outras pesquisas, entre
as provas utilizadas pelo governo alemão para justificar o banimento do plantio
comercial de milho transgênico que expressa a toxina testada.

Não demorou para que a pesquisa começasse a ser atacada pelos defensores
 dos transgênicos, que em fevereiro de 2010 publicaram um conjunto de artigos
 na revista “Transgenic Research” acusando o estudo de ser baseado em
 “pseudo-ciência” e apresentando pesquisas próprias com o objetivo de desmentir
o trabalho de Hilbeck.

Agora, em 15 de fevereiro de 2012, a equipe da Dra. Hilbeck publicou os resultados
 de testes complementares que confirmam as descobertas publicadas em 2009.

Os pesquisadores suíços também investigaram porque as pesquisas que buscavam
 desmentir as descobertas não puderam repetir os primeiros resultados, e chegaram
a uma simples conclusão: “Mostramos que os protocolos aplicados por
 Alvarez-Alfageme et al. 2011 eram significativamente diferentes daqueles
 usados em nossos primeiros estudos, e muito menos propensos a detectar efeitos
 adversos de toxinas do que o estudo de 2009, assim como dos nossos
experimentos complementares”, explicou Hilbeck. “Quando testamos os protocolos
 de Alvarez-Alfageme et al. 2011 com organismos alvo susceptíveis ao Bt, no caso
 a lagarta do cartucho, eles também não foram afetados pela toxina Bt – isso
claramente desqualifica o método para avaliar efeitos negativos do Bt
em organismos não alvo”.

Os autores da nova pesquisa destacaram ainda que as pesquisas que
 apresentam resultados que aparentemente sustentam os argumentos da ausência
 de riscos dos transgênicos recebem muito pouco escrutínio, aceitando-se,
comumente, ciência de baixa qualidade. Por exemplo, crítica comparável à que
 atacou a pesquisa da Dra. Hilbeck não foi difundida em casos em que o
organismo selecionado para testes foram larvas de Chrysopidae, que sem dúvida
não eram capazes de ingerir a toxina Bt oferecida – portanto, fornecendo resultados
 do tipo “falso negativo”.

Embora o Departamento de Proteção Ambiental do governo dos EUA
(EPA, na sigla em inglês) tenha reconhecido há alguns anos a
inadequação da Chrysopidae para experimentos de avaliação de riscos de
 lavouras transgênicas, estudos com o inseto ainda constituem a base
 para a aprovação de lavouras transgênica Bt e são considerados “ciência rigorosa”
 por autoridades europeias.

“É surpreendente que as autoridades
europeias, após implementarem
 a legislação de biossegurança, que é
baseada no Princípio da Precaução
e que demanda pesquisas de avaliação
 de risco ecológico cientificamente
 robustas e acompanhamento por duas
décadas, ainda se fiem em protocolos
 sistematicamente falhos e em dados
 produzidos e promovidos pela indústria
 de biotecnologia e seus cientistas
 colaboradores”, declarou o
 Prof. Brian Wynne, do Centro de
Estudos dos Aspectos Econômicos e Sociais da Genômica (Cesagen),
da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.

“A inútil controvérsia a respeito dos experimentos com a joaninha chama
atenção para a necessidade do estabelecimento de protocolos e de
 pesquisas de avaliação de riscos ambientais relevantes. Instamos as
 autoridades europeias a superar sua confiança na expertise de apenas
 um setor – dominado pela indústria – ao estabelecer padrões para a
aprovação de organismos transgênicos. Além disso, é necessária uma
revisão das autorizações comerciais vigentes para o cultivo de plantas
 transgênicas.”, concluiu o Dr. Hartmut Meyer, coordenador da
 Rede Europeia de Cientistas para a Responsabilidade Social e
Ambiental (ENSSER).


Extraído de:

Swiss researchers confirm lethal effects of genetically modified Bt toxin
on young ladybird larvae - Counter-research based on flawed methodology
. ENSSER, 27.02.2012. (Via Genet)



FONTE: Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
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