Pesquisadores suíços confirmam efeito letal de toxina Bt sobre joaninhas
de Tecnologia da Suíça (ETH), em
Zurique, confirmaram a descoberta
anterior de que a toxina Bt Cry1Ab
produzida por plantas de milho
transgênico aumenta a mortalidade
de larvas jovens de joaninha de
duas pintas (Adalia bipunctata L.)
em testes de laboratório.
Esses insetos são típicos “organismos
não alvo” que supostamente não
seriam afetados pelo milho transgênico.
Além disso, são insetos benéficos,
que promovem o controle biológico de outras pragas.
estudo original, que foi incluído, juntamente com muitas outras pesquisas, entre
as provas utilizadas pelo governo alemão para justificar o banimento do plantio
comercial de milho transgênico que expressa a toxina testada.
dos transgênicos, que em fevereiro de 2010 publicaram um conjunto de artigos
na revista “Transgenic Research” acusando o estudo de ser baseado em
“pseudo-ciência” e apresentando pesquisas próprias com o objetivo de desmentir
o trabalho de Hilbeck.
de testes complementares que confirmam as descobertas publicadas em 2009.
desmentir as descobertas não puderam repetir os primeiros resultados, e chegaram
a uma simples conclusão: “Mostramos que os protocolos aplicados por
Alvarez-Alfageme et al. 2011 eram significativamente diferentes daqueles
usados em nossos primeiros estudos, e muito menos propensos a detectar efeitos
adversos de toxinas do que o estudo de 2009, assim como dos nossos
experimentos complementares”, explicou Hilbeck. “Quando testamos os protocolos
de Alvarez-Alfageme et al. 2011 com organismos alvo susceptíveis ao Bt, no caso
a lagarta do cartucho, eles também não foram afetados pela toxina Bt – isso
claramente desqualifica o método para avaliar efeitos negativos do Bt
em organismos não alvo”.
apresentam resultados que aparentemente sustentam os argumentos da ausência
de riscos dos transgênicos recebem muito pouco escrutínio, aceitando-se,
comumente, ciência de baixa qualidade. Por exemplo, crítica comparável à que
atacou a pesquisa da Dra. Hilbeck não foi difundida em casos em que o
organismo selecionado para testes foram larvas de Chrysopidae, que sem dúvida
não eram capazes de ingerir a toxina Bt oferecida – portanto, fornecendo resultados
do tipo “falso negativo”.
(EPA, na sigla em inglês) tenha reconhecido há alguns anos a
inadequação da Chrysopidae para experimentos de avaliação de riscos de
lavouras transgênicas, estudos com o inseto ainda constituem a base
para a aprovação de lavouras transgênica Bt e são considerados “ciência rigorosa”
por autoridades europeias.
europeias, após implementarem
a legislação de biossegurança, que é
baseada no Princípio da Precaução
e que demanda pesquisas de avaliação
de risco ecológico cientificamente
robustas e acompanhamento por duas
décadas, ainda se fiem em protocolos
sistematicamente falhos e em dados
produzidos e promovidos pela indústria
de biotecnologia e seus cientistas
colaboradores”, declarou o
Prof. Brian Wynne, do Centro de
Estudos dos Aspectos Econômicos e Sociais da Genômica (Cesagen),
da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.
atenção para a necessidade do estabelecimento de protocolos e de
pesquisas de avaliação de riscos ambientais relevantes. Instamos as
autoridades europeias a superar sua confiança na expertise de apenas
um setor – dominado pela indústria – ao estabelecer padrões para a
aprovação de organismos transgênicos. Além disso, é necessária uma
revisão das autorizações comerciais vigentes para o cultivo de plantas
transgênicas.”, concluiu o Dr. Hartmut Meyer, coordenador da
Rede Europeia de Cientistas para a Responsabilidade Social e
Ambiental (ENSSER).
on young ladybird larvae - Counter-research based on flawed methodology
. ENSSER, 27.02.2012. (Via Genet)
FONTE: Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
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