Thereza Dantas e Victoria Almeida
A quarta edição do Encontro da Rede das Culturas Populares ocorrida no último dia 28 no Largo Zumbi dos Palmares (Porto Alegre) estabeleceu mudanças significativas para a articulação do segmento. Durante o encontro, representantes do Ministério da Cultura (MinC), Rede dos Pontos de Cultura, movimentos sociais, e outros circuitos discutiram e definiram o Plano de Trabalho para o biênio 2012/13, reformaram a Carta de Princípios e estabeleceram que a Secretaria Executiva, antiga necessidade do movimento, ficará à cargo do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais. Com o intuito de agregar às culturas populares a diversidade das manifestações tradicionais expressas pelas comunidades quilombolas, ciganos, ribeirinhos, pescadores artesanais, povos de terreiro, dentre outros, foi definida também a mudança de nome da Rede, que, agora, passa a se chamar Rede das Culturas Populares e Tradicionais (RCPT).
Atuante na promoção de ações voltadas para a valorização, divulgação, e articulação dos envolvidos nos circuitos das culturas populares e tradicionais, a Rede conta atualmente com cerca de 5 mil membros em todo o Brasil, integrando também pessoas de países como Portugal, Argentina, Uruguai e Venezuela. Até o momento, as principais ferramentas usadas para o desenvolvimento dos trabalhos são os fóruns de discussão nas principais redes sociais (https://www.facebook.com/groups/culturaspopularesetradicionais/) e, também, via e-mail (culturaspopularesBR@yahoogrupos.com.br).
Com os encaminhamentos estabelecidos no encontro, a Rede passa a trabalhar de forma coletiva na execução direta de projetos. Esta ação será consolidada por meio de parcerias públicas e privadas e sugestões de políticas públicas aos governantes em níveis municipal, estadual e federal e nas instâncias dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
Entre as principais ações previstas para este ano, encontram-se a realização do Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares e Tradicionais e a publicação de uma Cartilha com sugestões de programas em prol das culturas populares e das expressões dos povos e comunidades tradicionais. Essa cartilha tem como objetivo, também, disseminar entre os candidatos a prefeito e a vereador deste ano, conhecimentos e informações sobre como trabalhar projetos e políticas de desenvolvimento sustentável para estes segmentos.
Formalização de participantes
Além da execução de ações previstas no Plano de Trabalho, a RCPT estará, a partir de agora, formalizando a adesão dos membros já integrados e de novos interessados em participar da Rede. Por meio do envio do Termo de Adesão à Secretaria Executiva de forma escrita ou oral, pessoas físicas e jurídicas, ONGs, empresas, coletivos informais e outros segmentos podem fazer parte da Rede. As propostas de adesão serão avaliadas preliminarmente pela Secretaria Executiva, que encaminhará o ingresso definitivo dos novos membros à Assembleia Geral, instância máxima de operação da Rede.
Rede das Culturas Populares e Tradicionais
Fundada no ano de 2007 durante a realização do II Seminário Nacional de Políticas Publicas para as Culturas Populares ocorrido em Brasília, constam entre as principais conquistas da Rede a formação dos colegiados setoriais de culturas populares e culturas indígenas que, hoje, fazem parte da estrutura do Conselho Nacional de Políticas Culturais.
O 4º encontro da RCPT contou com as presenças de Marcelo Manzatti (Famaliá), Thereza Dantas (Revista Raiz); Marly Cuesta (Rede dos Pontos de Cultura do RS); Raoni Machado e Ricardo Batista (SCC/MinC); Alexandre Fraga (Colegiado Setorial de Culturas Populares do RS); Sandro Santos (Secretaria de Estado da Cultura do RS); Antônio Matos (Ponto de Cultura Campo da Tuca e Movimento Negro Unificado); Nina Rodrigues (Mocambos RS), dentre outros(as).
Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas também por telefone: (61) 3964-0661 ou (61) 9325-8037.
Enviada por Marcelo Manzatti para a lista superiorindigena.
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