Segundo Rob Vos, diretor da Divisão de Proteção Social da FAO, a publicação foi desenvolvida, inicialmente, em Mali, onde é amplamente utilizada nas escolas rurais para agricultores e por diversos agentes. Agora, o guia está se expandindo para a Nigéria e outros países africanos.
O informe é uma ferramenta para ensinar camponeses e suas famílias a identificarem e minimizarem os riscos de exposição a substâncias tóxicas nos trabalhos em casa e no campo. A publicação divide-se em três sessões: como as crianças são expostas aos pesticidas; por que as crianças correm mais riscos; o que pode ser feito para reduzir a exposição das crianças aos pesticidas na comunidade.
De acordo com estatísticas da OIT, quase 100 milhões de crianças entre cinco e 17 anos estão submetidas ao trabalho infantil na agricultura. Muitos são expostos diretamente a produtos químicos tóxicos durante as atividades agrícolas e por meio do consumo de água e de alimentos.
Crianças e adultos podem ser expostos a pesticidas através do ar, da boca, da pele e dos olhos. Os efeitos da exposição podem ser muito graves, entre eles: dor de cabeça, tontura, irritação nos olhos, cegueira, dificuldade de concentração, sangramento no nariz, náusea, vômitos, reações alérgicas, dificuldade de respirar, problemas na pele (erupções cutâneas, dermatite e queimaduras).
No longo prazo, os efeitos podem chegar a distúrbios reprodutivos, enfisema e asma, alterações no sangue, problemas neurológicos (paralisia, tremores, mudança de comportamento, danos cerebrais), cirrose, insuficiência renal e até câncer.
O guia está disponível nas versões inglês, francês, português e espanhol. Futuramente contará com uma versão em russo.
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=85360
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