Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Relatório mundial sobre bioenergia

Relatório mundial sobre bioenergia e sustentabilidade é apresentado na Fiesp

15 de junho de 2015

Por Samuel Antenor | Agência FAPESP – Os principais pontos do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, lançado em abril na FAPESP, foram apresentados na última quinta-feira (11/06), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.
O relatório é uma iniciativa da FAPESP em conjunto com o Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A apresentação do relatório fez parte do Festival Internacional de Biotecnologia (Biofest), organizado pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), durante a Semana de Meio Ambiente Fiesp/Ciesp.
Participaram da discussão Celso Lafer, presidente da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, Rodrigo Loures, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp, e Eduardo Giacomazzi, coordenador adjunto do Comitê da Cadeia da Bioindústria da Fiesp.
Conduzida por Glaucia Mendes Souza, membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN)  e coeditora da publicação, a apresentação também contou com participação de pesquisadores dos programas FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA)  e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), que elaboraram alguns dos capítulos do relatório.
A versão final da publicação é resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países, ligados a 82 instituições, que trabalharam sob a coordenação dos pesquisadores ligados aos programas da FAPESP. Baseado em mais de 2 mil referências e estudos, o relatório fornece uma análise abrangente tanto das tecnologias quanto das práticas atuais de produção de bioenergia no mundo, incluindo sistemas, mercado e potencial de expansão sustentável para esse setor.
Além de abordar os principais pontos do relatório, a proposta da apresentação na Fiesp foi a de abrir para o setor industrial a discussão sobre como o conhecimento científico e tecnológico voltado para a expansão da produção e do uso da bioenergia pode oferecer contribuições ao desenvolvimento industrial e à bioeconomia.
Para Glaucia Mendes Souza, o relatório mostra a necessidade de que as políticas sejam integradas, para que toda a cadeia da bioenergia possa ser beneficiada nesse processo. Ela ressalta que é preciso ter uma visão coordenada e integrada das várias iniciativas, incluindo a produção de biomassa, onde está a maior parte do custo de produção da bioenergia. Segundo a pesquisadora, as oportunidades para o setor produtivo são abrangentes e bastante significativas.
“Há um grande potencial a ser desenvolvido, passando pela logística de produção, biorrefinarias, tecnologias de conversão, comércio internacional de combustíveis, certificação, além dos aspectos sociais, de governança e dos esforços de financiamento”, observou.
O papel da indústria
As apresentações foram feitas em dois módulos, Cadeias de Abastecimento e Segurança Ambiental e Desenvolvimento Sustentável e Inovação, nos quais foram discutidos aspectos sobre uso da água, emissões de gases do efeito estufa, segurança climática e ambiental, tecnologias de conversão, motores e segurança alimentar, entre outros.
Para Celso Lafer, a elaboração do relatório reflete a maneira como os três programas da FAPESP combinam o avanço do conhecimento e sua aplicação na esfera das políticas públicas. “Esse relatório é fruto do reconhecimento desses programas em nível internacional, que permitiu, no âmbito do Scope, chegar a um relatório significativo, de interesse internacional. Esperamos agora que a Fiesp, ao ter acesso a esse conhecimento, possa colocá-lo em prática, em benefício de São Paulo e do Brasil.”
Rodrigo Loures acredita que a indústria tenha um papel importante nesse processo, que envolve bioenergia, segurança alimentar e produção industrial. “Queremos pensar em colaboração com a comunidade científica e os gestores públicos em como desenvolver novas tecnologias, colocá-las no mercado e transformar esse conhecimento em riqueza e ações que concorram para um mundo melhor, ancorado na questão da sustentabilidade”, disse.
Para aprofundar esse debate, ele anunciou que a Federação está preparando uma conferência internacional sobre bioeconomia, que deverá reunir pesquisadores, gestores e profissionais da indústria no final de 2015, na sede da Fiesp, em São Paulo.
Potencial da Bioenergia
Carlos Henrique de Brito Cruz falou no evento sobre necessidades e obstáculos para o uso sustentável da bioenergia. Segundo ele, há atualmente no mundo um interesse crescente sobre o potencial da bioenergia, do ponto de vista da ciência, mas também da economia.
“Em 2014, 19% de toda a energia usada no Brasil veio da cana-de-açúcar. Isso mostra o quanto é viável reduzir a dependência de petróleo como fonte de energia, não apenas aqui, mas também em outros países que precisam diminuir sua dependência em relação ao petróleo por razões econômicas, políticas e ambientais”, observou.
De acordo com Giacomazzi, a Fiesp quer construir uma agenda para discussão em torno do tema da bioenergia, envolvendo ciência e setor industrial em São Paulo.
Para ele, a economia de base biológica requer que tecnologias, parcerias inovadoras e políticas para uso e expansão da bioenergia sejam definidas com base no conhecimento científico. “Esperamos que esse debate estimule a indústria para uma nova visão, aproveitando as competências científicas para o desenvolvimento regional, mostrando como esse potencial pode se transformar em oportunidades para o setor produtivo.”
Também participaram do debate na Fiesp Maria Victoria Ramos Ballester, do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP); Isaias de Carvalho Macedo, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Estratégico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP; Manoel Regis Leal, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (LNBio); Luiz Augusto Cortez, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp; e Francisco Nigro, da Escola Politécnica da USP, coautores do relatório.
A íntegra do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, com 779 páginas, está disponível online para leitura e download no endereço bioenfapesp.org/scopebioenergy/index.php/chapters.
A próxima apresentação do relatório será feita em Bruxelas, na Bélgica, no dia 17 de junho, quando estarão presentes alguns dos principais tomadores de decisão quanto ao uso da bioenergia nos principais países. Mais informações: www.eusew.eu/component/see_eventview/?view=see_eventdetail&mapType=hlpc&eventid=4514.
  http://agencia.fapesp.br/relatorio_mundial_sobre_bioenergia_e_sustentabilidade_e_apresentado_na_fiesp/21324/

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Escassez hídrica e empobrecimento: fruto da expansão da indústria florestal

Escassez hídrica e empobrecimento: fruto da expansão da indústria florestal
Marcela Belchior
Adital
Dentre as principais causas da baixa disponibilidade de água para consumo humano nas áreas rurais do Chile está a expansão na indústria florestal. Além de contribuir, diretamente, para a escassez dos recursos hídricos em várias regiões chilenas e para o empobrecimento da população, as empresas e instituições públicas ligadas a esta atividade econômica ainda fraudam informações oficiais, na tentativa de negarem sua vinculação aos danos sociais e ambientais.

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Danos causados pela indústria florestal são ambientais e sociais. Foto: Reprodução. 
O problema é discutido no informe "Água para quem? Escassez hídrica e plantações florestais na Província de Arauco”, produzido pela pesquisadora espanhola Marien González-Hidalgo. Ela trabalhou entre agosto e outubro de 2014 em colaboração com a campanha "Água que há de beber” [Agua que has de beber] e a organização não governamental Engenheiros Florestais pelo Bosque Nativo [Ingenieros Forestales por el Bosque Nativo]. Em entrevista ao portal de informação chileno Resumen, Marien detalha a questão.
Segundo ela, os órgãos públicos da região de Bío-Bío, onde se localiza a Província de Arauco, disponibiliza informações apenas sobre os pontos de captação de água, deixando população e especialistas sem saberem a procedência da água e a quantidade disponível desse recurso. "Isso é grave, já que evidencia que o modelo econômico baseado na extração florestal, que predomina em Bío-Bío, se definiu e define dando as costas para as características e informação do território”, alerta Marien.
"Portanto, a ordenação territorial se baseia, unicamente, nas margens dos benefícios que podem ter o Estado ou os capitais privados, mas sem conhecer, entre outras coisas, se as características ecológicas do território podem sustentá-los”, acrescenta a pesquisadora.
Outro dado grave seria o mal uso de dados pluviométricos por parte de representantes governamentais. De acordo com Marien, dados científicos ou ambientais são utilizados com interesses específicos de certos setores e pessoas, sustentando argumentos para a implementação de novas políticas na região.
"Especialmente, em contextos rurais, os dados empíricos que estejam assinados por engenheiros, licenciados etc. (...) costumam dar uma legitimidade em nível local que é difícil de contestar”, explica. "Os dados apoiavam o discurso geral que se pretende [dar] a partir da institucionalidade pública e privada no sul do Chile: a mensagem que se quer dar é ‘se falta água aqui, a culpa é da mudança climática, nós não temos nada a ver’”, aponta a pesquisadora.

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Pesquisadora Marien González-Hidalgo é autora do informe. Foto: Reprodução.
Por conta do avanço das grandes indústrias extrativistas e da interferência nos ciclos ambientais, a pesquisadora relata que muitas famílias e comunidades camponesas e indígenas, nessa região chilena, são, não raras vezes, forçadas a venderem suas terras de forma direta ou indireta.
"A propriedade florestal no Chile está altamente concentrada em grandes e médios proprietários. A maioria do trabalho é subcontratada e temporária. As comunidades (...) veem comprometido o acesso à água, a produtos florestais não madeireiros, a espaços de relevância espiritual, ritual e territorial; como denunciam várias comunidades mapuche”, conta. "Basta visitar o território e escutar quem os habita para ver que o extrativismo florestal está criando pobreza para muitos e muitas no Chile”, assevera Marien.
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Marcela Belchior

É jornalista da Adital. Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), estuda as relações culturais na América Latina.
E-mail:
marcela@adital.com.br

Guia ensina como prevenir a exposição de crianças aos pesticida

Guia ensina como prevenir a exposição de crianças aos pesticidas

Adital
O novo guia visual da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) informa como prevenir e reduzir a exposição de crianças aos pesticidas. Intitulado "Proteja as crianças dos pesticidas!” ["Protect children from pesticides!”, título em inglês], o guia é voltado para agentes agrícolas, educadores rurais, inspetores do trabalho e organizações de produtores.
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Segundo Rob Vos, diretor da Divisão de Proteção Social da FAO, a publicação foi desenvolvida, inicialmente, em Mali, onde é amplamente utilizada nas escolas rurais para agricultores e por diversos agentes. Agora, o guia está se expandindo para a Nigéria e outros países africanos.
O informe é uma ferramenta para ensinar camponeses e suas famílias a identificarem e minimizarem os riscos de exposição a substâncias tóxicas nos trabalhos em casa e no campo. A publicação divide-se em três sessões: como as crianças são expostas aos pesticidas; por que as crianças correm mais riscos; o que pode ser feito para reduzir a exposição das crianças aos pesticidas na comunidade.
fao De acordo com estatísticas da OIT, quase 100 milhões de crianças entre cinco e 17 anos estão submetidas ao trabalho infantil na agricultura. Muitos são expostos diretamente a produtos químicos tóxicos durante as atividades agrícolas e por meio do consumo de água e de alimentos.
Crianças e adultos podem ser expostos a pesticidas através do ar, da boca, da pele e dos olhos. Os efeitos da exposição podem ser muito graves, entre eles: dor de cabeça, tontura, irritação nos olhos, cegueira, dificuldade de concentração, sangramento no nariz, náusea, vômitos, reações alérgicas, dificuldade de respirar, problemas na pele (erupções cutâneas, dermatite e queimaduras).
fao No longo prazo, os efeitos podem chegar a distúrbios reprodutivos, enfisema e asma, alterações no sangue, problemas neurológicos (paralisia, tremores, mudança de comportamento, danos cerebrais), cirrose, insuficiência renal e até câncer.
O guia está disponível nas versões inglês, francês, português e espanhol. Futuramente contará com uma versão em russo.

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=85360

BANIR AGROTÓXICOS.

Assine o Abaixo-Assinado virtual que pede o banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países do mundo e que circulam livremente no Brasil.

A Campanha tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos dos agrotóxicos, pressionar governos e propor um modelo de agricultura saudável para todas e todos, baseado na agroecologia.

Assine já, pelo banimento dos banidos! Entre no link abaixo.

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