Princípios da Agroecologia

Agricultura sustentável tem que considerar aspectos socioeconômicos e culturais dos grupos sociais implicados. Não basta proteger e melhorar o solo ou a produtividade agrícola se não resulta em melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. Portanto, agricultura sustentável é um conceito que implica aspectos políticos e ideológicos que tem a ver com o conceito de cidadania e libertação dos esquemas de dominação impostos por setores de nossa própria sociedade e por interesses econômicos de grandes grupos, de modo que não se pode abordar o tema reduzindo outra vez as questões técnicas.

Francisco Roberto Caporal

http://www.aba-agroecologia.org.br/

grãos

"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra". provérbio africano

Como os lobos mudam rios

Como se processa os animais que comemos

Rio Banabuiu

https://youtu.be/395C33LYzOg

A VERDADE SOBRE O CANCER

https://go.thetruthaboutcancer.com/?ref=3b668440-7278-4130-8d3c-d3e9f17568c8

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Casas de Farinha

Mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco

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Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)
No dia 10 novembro de 2011, às 13h, dentro da programação do XIII Congresso Nordestino de Ecologia - Sustentabilidade de Empreendimentos Ambientais, no Recife (PE, Brasil) acontecerá a mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco e lançamento da publicação sobre o projeto Corredor da Farinha

Sobre a mostra

A visita a 3 casas de farinha em um dia chuvoso na zona da mata de Pernambuco gerou imagens com luz tão linda quanto de estúdio. A pouca luz dos locais retratados obrigou o uso de baixas velocidades que criaram ambientes quase misteriosos e muito intimistas. O resultado do ensaio levou à ideia de uma publicação e logo depois o convite para a realização desta mostra no Recife. (Anna Paula Diniz - fotógrafa e diretora de arte da DoDesign-s)

Sobre o projeto

*texto da Equipe do Projeto Corredor da Farinha
Era uma vez... na zona da mata de Pernambuco, agricultores e agricultoras que preservavam suas tradições e aceitaram o desafio de aprender novas práticas que os deixariam mais fortalecidos sem se desfazerem de suas raízes.
Apesar da mandioca e da farinha serem fonte de renda e alimento essencial na mesa para milhares de pessoas, muitos problemas do processo produtivo não haviam sido resolvidos, como: a manipueira (líquido resultante da prensagem da mandioca para produção da farinha) que era lançada no solo ou despejada diretamente nos rios, as queimadas, o uso intensivo de adubos e agrotóxicos, que agrediam o solo e a água. Além disso, os problemas existentes no cultivo, como a podridão da raiz da mandioca, e a ausência de assistência técnica e extensão rural, deixavam os agricultores desamparados. Por sua vez, os jovens não tinham como projeto de vida trabalhar nas propriedades onde moravam.
Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)
Como é possível transformar realidades? O amor que os agricultores tem pela terra e sua sabedoria nata sobre os ciclos da vida ajudaram na implantação de novos hábitos e tecnologias.
Hoje, a manipueira, é armazenada em tanques de contenção, serve como adubo orgânico para as lavouras e alimento para as criações de gado. O pesadelo do agricultor, que plantava a mandioca, temendo a podridão da raiz, vem se desfazendo e sendo controlada.
A diversificação de culturas e as práticas agroecológicas foram adotadas pelos agricultores que, agora, plantam feijão, milho, inhame, hortaliças, fruteiras além da mandioca. Assim, garantem a segurança alimentar, além de preservar o meio ambiente e assegurar uma melhor renda e qualidade de vida para todos.
"Meu sítio é minha empresa" - Dona Maria da Massa, agricultora de Feira Nova
Seguindo esta lógica da agricultora, o Corredor da Farinha vem estimulando o empreendedorismo rural, por meio de capacitações sobre gestão de negócios, planejamento da propriedade, comercialização e boas práticas de produção. Além disso, o projeto vem favorecendo ações de apoio à comercialização dos agricultores. Os produtos já são vendidos em restaurantes, lojas e feiras agroecológicas. A empresa Comadre Fulozinha, que faz entregas de produtos orgânicos na região da Grande Recife, através de uma loja virtual, é uma das parceira do projeto. E tem mais: Chefs de Recife e São Paulo estão visitando as comunidades e se tornando parceiros e divulgadores dos encantos gastronômicos da farinha artesanal e dos produtos da agricultura familiar orgânica.
E o que dizer dos jovens do campo? Mãos calejadas, pele queimada pelo sol. Jovens que estão começando a acreditar que podem e devem cuidar e produzir na terra onde se criaram. Sabe-se que há muito o que se fazer para mudar a realidade do agricultor familiar. O desafio não pode ser feito isoladamente. É preciso trabalhar integradamente. A SNE motivou e incentivou mais de mil pessoas, com as quais trabalhou no decorrer dos quatro anos do Corredor da Farinha. Os agricultores acreditaram na proposta e estão participando ativamente no processo. Pode-se dizer que, para enfrentar a mudança, foi construído um caminho de várias vias, numa relação de respeito, harmonia e confiança.
A equipe da SNE está feliz, porque se nutriu de sonhos e de realizações. Plantou e regou sementes (ideias), esperando obter florestas (projetos de vida). Esta é a nossa missão institucional. É a nossa contribuição para um mundo melhor, mais equilibrado e mais ecológico. É assim que entendemos e trabalhamos a tão vistosa e pronunciada palavra - sustentabilidade.
Casa de farinha em Pernambuco (Foto: Anna Paula Diniz/DoDesign-s)

Serviço: Mostra de fotografia das Casas de Farinha Tradicionais de Pernambuco
Data:
 10  e 11 de novembro de 2011 durante o XIII Congresso Nordestino de Ecologia - Sustentabilidade de Empreendimentos Ambientais
Horário:
 13 às 15 horas
Onde: FAFIRE - Av. Conde da Boa Vista, 921 - Boa Vista - Recife - Pernambuco, Brasil.

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